Alan Ladd Jr., foi um dos executivos mais influentes de Hollywood, responsável por lançar ‘Star Wars’ e ‘Coração Valente’

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Alan Ladd Jr. (1937–2022), produtor de ‘Coração Valente’ e ‘Star Wars’, ‘Alien’, ‘Braveheart’ e outros clássicos

 

Alan Walbridge Ladd Jr. (Los Angeles, Califórnia, 22 de outubro de 1937 – Los Angeles, Califórnia, 2 de março de 2022), executivo de cinema e produtor de ‘Coração Valente’ e ‘Star Wars’, vencedor do Oscar.

 

O conhecido produtor vencedor do Oscar, foi um dos executivos mais influentes de Hollywood, responsável por lançar ‘Star Wars’ e vários blockbusters que ganham continuações.

 

Alan, começou por ser agente de estrelas e passou para a produção no início da década de 1970, numa carreira em que os filmes que ajudou a lançar ganharam 50 Óscares, incluindo dois Melhor Filme.

 

Dentro da Twentieth Century Fox, foi subindo na hierarquia até chegar a presidente do estúdio em 1976. Foi ele que, depois de ver o ainda inédito “American Graffiti: Nova Geração” (1973), se encontrou com o seu realizador e lhe perguntou se tinha ideias para outro filme: George Lucas descreveu-lhe um épico de ficção científica. Intrigado pela ideia, o executivo encarregou-o de escrever e deu luz verde ao que viria a ser “Star Wars”.

 

Durante o seu tempo no estúdio, Ladd deu luz verde ou patrocinou o desenvolvimento de filmes como “A Torre do Inferno” (1974), “Frankenstein Júnior” (1974), “Festival Rocky de Terror” (1975), “O Génio do Mal” (1976), “O Expresso de Chicago” (1976), “Alien, O Oitavo Passageiro” (1979), “All That Jazz – O Espectáculo Vai Começar” (1979), “A Rosa” (1979) e “Norma Rae”, além, claro, das sequelas de “Star Wars”.

Após sair da Fox em 1979, regressou à produção e criou a The Ladd Company, lançando logo a Palma de Ouro do Festival de Cannes “Kagemusha – A Sombra do Guerreiro” (1980) e o Óscar de Melhor Filme “Momentos de Glória” (1981). Seguiram-se filmes como “Turno da Noite” (1982), “Blade Runner – Perigo Iminente” (1982), “Os Eleitos” (1983), “Era Uma Vez na América” (1984) e até a popular saga “Academia de Polícia”.

Ao entrar para a MGM/United Artists em 1985, conseguiu um sucesso logo com “Rocky IV (1985) e a seguir tornou possível filmes como “O Feitiço da Lua” (1987), “A Mais Louca Odisseia no Espaço” (1987), “Um peixe Chamado Wanda” (1988), “Willow – Na Terra da Magia” (1988) e “Thelma & Louise” (1991).

 

Filho do lendário Alan Ladd (“Aluga-se Esta Arma”, “Shane”), ator de clássicos dos anos 1940 e 1950 como “Alma Torturada” e “Os Brutos Também Amam”, o produtor foi um dos executivos mais influentes de Hollywood, responsável por lançar “Star Wars” e vários blockbusters que ganham continuações até hoje.

 

Ladd Jr. raramente falava de seu pai, que morreu de aparente suicídio aos 50 anos, e foi criado por sua mãe longe de Hollywood. Seu primeiro emprego foi na imobiliária de seu padrasto. Mas sempre foi cinéfilo e, numa viagem a Londres, encontrou abertura para investir em produções independentes, lançado filmes britânicos no começo dos anos 1970: “O Preço de Amar”, “O Vilão”, “Amantes Infieis” e “Os que Chegam com a Noite”, estrelado por Marlon Brando, que fez sucesso nos EUA e o levou a Los Angeles.

 

Em 1973, ele ingressou na 20th Century Fox como vice-presidente de produção, chegando a chefe de produção em 1974 e a presidente do estúdio em 1976. Embora a ascensão tenha sido rápida, ela se deu por meio de escolhas decisivas para a empresa, como o investimento em projetos controversos como “A Profecia”, “O Jovem Frankenstein”, “A Última Loucura de Mel Brooks” e “Guerra nas Estrelas”. Só este último filme rendeu US$ 500 milhões em seu lançamento, uma quantia nunca antes vista, fazendo com que, em cinco anos, Ladd quadruplicasse a receita e os lucros líquidos da Fox – de 1974 até sua saída em 1979.

O detalhe é que ele foi considerado louco por bancar a visão do cineasta George Lucas. Ladd precisou colocar subalternos em seus lugares e contrariar o mercado cinematográfico inteiro para aprovar a produção de “Guerra nas Estrelas”, que, com orçamento de US$ 10 milhões, tinha sido recusado por todos os outros estúdios por ser considerado caro demais para valer o risco.

A História mostrou quem tinha razão. O lançamento do filme em 1977 criou a era dos blockbusters modernos e dividiu o cinema em antes e depois de “Star Wars”.

 

Ele chegou a surpreender a indústria ao abandonar seu emprego de US$ 2 milhões por ano como chefe da 20th Century Fox porque sua equipe não estava sendo compensada o suficiente pelo sucesso de blockbusters como “Star Wars” e “Alien”.

 

Poucos lembram, mas “Alien” também foi uma batalha pessoal de Ladd, que entendeu a importância de transformar Ripley (personagem masculino no roteiro original) em mulher, atendendo uma mudança solicitada pelo diretor Ridley Scott. Interpretada por Sigourney Weaver, a personagem foi a primeira heroína de ação moderna, inovando os blockbusters americanos.

 

Após sair da Fox, o estúdio afundou com vários fracassos consecutivos, só voltando a se recuperar no final dos anos 1980.

 

Já Ladd fundou sua própria produtora, a Ladd Co., que se tornou pioneira das produtoras “boutique”, empresas de cinema que atuam de forma independente, mas em aliança contratual com grandes estúdios – em seu caso, em parceria com a Warner Bros.

 

Entre os diversos lançamentos históricos da Ladd Co., encontram-se filmes como “Corpos Ardentes”, “Era uma vez na América”, “Os Eleitos”, “Blade Runner”, “Loucademia de Polícia” e “Carruagens de Fogo”, que surpreendeu expectativas ao vencer o Oscar de Melhor Filme em 1981.

 

Mas muitos de seus filmes de prestígio acabaram dando prejuízo. Hoje cultuadíssimo, “Blade Runner” de Ridley Scott foi um fracasso caríssimo em 1982.

 

Isso fez com que ele voltasse aos grandes estúdios em meados dos anos 1980, virando presidente da MGM, por onde lançou “Feitiço da Lua”, que rendeu o Oscar para Cher, “Um Peixe Chamado Wanda” e “Rain Man”, vencedor do Oscar em 1989. Mas Ladd não ficou muito tempo à frente da MGM, saindo antes de conquistar o Oscar por “Rain Man”, quando o estúdio foi vendido.

 

Em nova incursão independente, o produtor mostrou que continuava atento às novas tendências, lançando o hit “Thelma e Louise”, nova parceria com Ridley Scott, que revigorou o cinema de ação feminista em 1991 e o ajudou a reformar a Ladd Co, por onde produziu “Coração Valente”, épico estrelado e dirigido por Mel Gibson, que venceu o Oscar em 1996.

 

Ladd se aposentou com o lançamento de “Medo da Verdade” em 2007, suspense que inaugurou a carreira de Ben Affleck como diretor.

 

Alan Ladd Jr. desistiu de ser executivo em 1993, recuperou a The Ladd Company e ganhou finalmente o Óscar ao apostar na produção do segundo filme de Mel Gibson como realizador, “Braveheart: O Desafio do Guerreiro” (1995).

Os seus últimos títulos como produtor foram “Uma Vida Inacabada” (2005), de Lasse Hallstrom, e o primeiro filme de Ben Affleck como realizador, “Vista Pela Última Vez…” (2007).

Um documentário sobre a sua carreira, “Laddie: The Man Behind the Movies”, foi lançado em 2017, dirigido pela filha, Amanda Ladd-Jones.

Alan Ladd Jr. faleceu em 2 de março de 2022 aos 84 anos.

O Instagram oficial da Lucasfilm reconheceu a importância do produtor para a franquia numa homenagem póstuma, destacando que o “amigo querido” “ficou do lado de George [Lucas] naqueles dias iniciais, e seu impacto em ‘Star Wars’ não pode ser subestimado”.

Carinhosamente conhecido na indústria como Laddie, Alan Ladd Jr. era respeitado por muitos e desdenhado por outros ao utilizar seu gosto como fator para fechar contratos, investir em projetos visionários e manter um perfil discreto e cordial em meio às suas conquistas, o que o distinguia do estilo extravagante, falastrão e processado por assédio que se tornou padrão em Hollywood nos últimos anos.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA / NOTÍCIAS / ENTRETENIMENTO / por PIPOCA MODERNA – 02/03/2022)

(Fonte: https://cinepop.com.br – NOTÍCIAS / Por Wilker Medeiros -3 de março de 2022)

(Fonte: https://mag.sapo.pt/cinema/atualidade-cinema/artigos – CINEMA / por L.S. – 3 MAR 2022)

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