Aaron Douglas (Topeka, Kansas, 26 de maio de 1899 – Nashville General Hospital, Nashville, Tennessee, 2 de fevereiro de 1979), foi um importante pintor durante o Harlem Renaissance da década de 1920, que foi chamado de “o pai da arte negra americana”.

 

Ele fundou e por 29 anos foi presidente do departamento de arte da Fisk University em Nashville.

 

Aaron Douglas veio do Meio-Oeste — Topeka, Kansas — para assumir a liderança entre os artistas negros nos anos 20 e 30, numa época em que decisões conceituais críticas estavam sendo tomadas por artistas, escritores e filósofos negros. Como resultado de suas decisões artísticas e sua manifestação em suas telas e murais, o Dr. David Drikskell (1931-2020), professor de história da arte na Universidade de Maryland, chamou o Sr. Douglas de “o pai da arte negra americana”.

 

A perspectiva veio dele

 

 

“Sua teoria era que as artes ancestrais da África eram relevantes, significativas e, acima de tudo, parte de nossa herança, e devemos usá-las para nos projetar.”

 

O Sr. Douglas recebeu o título de Bacharel em Artes pela Universidade de Nebraska em 1922 e Bacharel em Belas Artes pela Universidade de Kansas no ano seguinte. Ele desistiu como professor do ensino médio em Kansas City para ir para Nova York, e continuou estudando banho lá e em Paris. Como aluno de Winold Reiss (1886-1953), disse a Dra. Jacqueline Bontemps, historiadora de arte da Illinois State University, Douglas aprendeu a buscar e aceitar sua própria herança cultural.

 

Isso foi crítico para todos os artistas negros nesse período porque, até então, “o preconceito fazia o negro ficar meio envergonhado de si mesmo, e assuntos raciais costumavam ser evitados ou tratados com cautela em transições nórdicas de pedal suave”, disse Alain Locke em seu livro. livro “Arte Negra: Passado e Presente.

 

Obras mais conhecidas

 

As obras mais conhecidas do Sr. Douglas foram suas ilustrações para o livro do poeta Countee Cullen, “Caroling Dusk”; quatro telas na Countee Cullen Branch Library na West 136th Street: África, Escravidão, Reconstrução e Metrópole, sob o título do grupo “Idílio do Passado Negro”; murais na biblioteca da Fisk University e na Harlem Young Men’s Christian Association, e ilustrações para o livro de James Weldon Johnson (1871-1938) “God’s Trombones”.

 

 

O Sr. Douglas e sua esposa, Alta Douglas, uma professora que morreu em 1958, eram conhecidos pela fama de seus convidados e pelos eventos intelectuais e sociais que aconteciam em sua casa no endereço mais prestigioso do Harlem – 409 Edgecombe Avenue. No círculo estavam o Sr. Johnson, o Sr. Cullen, Langston Hughes, o escritor; Alain Locke, o filósofo, e WEB Dubois, o sociólogo.

 

Aaron Douglas faleceu em 2 de fevereiro. O Sr. Douglas, que tinha 79 anos, morreu de embolia pulmonar no Hospital Hubbard do Meharry Medical College, Nashville. Ele continuou a viver em Nashville após sua aposentadoria da universidade em 1966.

(Fonte: https://www.nytimes.com/1979/02/22/archives – New York Times Company / ARQUIVOS / Os arquivos do New York Times / por Carl Van Vechten – 22 de fevereiro de 1979)