A primeira mulher africana a vencer o Prêmio Luís de Camões de Literatura e foi a primeira escritora moçambicana a publicar um romance

0
Powered by Rock Convert

Paulina Chiziane é a primeira mulher africana a vencer o Prêmio Luís de Camões de Literatura

Moçambicana é autora de “Niketche” e “O Alegre Canto da Perdiz”, ambos publicados no Brasil

Escritora moçambicana Paulina Chiziane é a primeira africana a vencer o Prêmio Luís de Camões. (Crédito da fotografia: Reprodução / YouTube Sinpro Minas)

 

A escritora moçambicana Paulina Chiziane foi a vencedora do 33º Prêmio Luís de Camões, a mais importante distinção mundial da literatura em língua portuguesa. O anúncio foi feito no início da tarde da quarta-feira (20).

O júri destacou o “reconhecimento acadêmico e institucional” que a obra de Chiziane tem recebido, a preocupação de seus livros com “os problemas da mulher moçambicana e africana” e a “construção de pontes entre a literatura e outras artes”. A escritora recebeu um prêmio de 100 mil euros, divididos entre os governos do Brasil e de Portugal.

Paulina foi a primeira escritora moçambicana a publicar um romance e é uma das autoras africanas mais conhecidas internacionalmente. No Brasil, ela tem livros publicados pela Companhia das Letras (Niketche) e pela Dublinense (O Alegre Canto da Perdiz).

— Não contava com isso. Recebi a notícia e disse: “Meu Deus! Eu já não contava com essas coisas bonitas!” É muito bom. Esse prêmio é resultado de muita luta. Não foi fácil começar a publicar sendo mulher e negra — disse ela, que é a primeira mulher africana a ganhar o Camões, ao jornal O Globo. — Depois de tantas lutas, quando achei que já estava tudo acabado, vem esse prêmio. O que eu posso dizer? É uma grande alegria.

Paulina foi a escolhida por uma comissão julgadora composta por seis membros (sendo dois de Portugal, dois do Brasil e dois representantes de países africanos de língua oficial portuguesa), que se reuniram no final da manhã desta quarta para anunciar o resultado.

Os dois jurados brasileiros presentes na comissão foram Jorge Alves de Lima e Raul Cesar Gouveia Fernandes. Além deles, em 2021, fazem parte da comissão: Carlos Mendes de Souza, Ana Maria Martinho, pela parte portuguesa; o escritor Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa Manjate (Moçambique) pela parte dos países africanos de língua portuguesa.

Em 2020, o prêmio foi atribuído ao acadêmico português Vítor Manuel Aguiar e Silva, que coordenou o Dicionário de Luís de Camões. Em 2019, o eleito foi Chico Buarque.

(Crédito: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/livros/noticia/2021/10 – CULTURA E LAZER/ LIVROS/ DISTINÇÃO/ NOTÍCIA/ por ESTADÃO CONTEÚDO E GZH – 20/10/2021)

(Crédito:  https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/04 – Folha de S.Paulo/ ILUSTRADA/ LIVROS / por Walter Porto – 23 abril 2023)

Empresa Folha da Manhã S.A. – Grupo Folha – Copyright Folha de S.Paulo (1921 – 2023)

Powered by Rock Convert
Share.