A primeira mulher a integrar chapa presidencial nos Estados Unidos

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Geraldine: a primeira vice

A primeira mulher a integrar chapa presidencial nos EUA

Ela foi companheira de chapa de Walter Mondale em 1984.

Geraldine Ferraro (26 de agosto de 1935 – Boston, 26 de março de 2011), congressista democrata que se tornou a primeira mulher a compor uma chapa para eleição presidencial em um dos grandes partidos dos EUA.

Ferraro foi uma enérgica e articulada deputada por três mandatos, com grande reputação liberal quando Mondale escolheu-a em meio a uma Câmara de Deputados dominada pelos homens.

A presença de Ferraro na chapa democrata gerou grande entusiasmo na campanha eleitoral, especialmente entre as mulheres.

No entanto, no dia da eleição, o presidente republicano Ronald Reagan e o vice-presidente George W. Bush venceram de maneira esmagadora, obtendo a maioria de votos em todos os Estados, exceto em Minnesota, terra natal de Mondale.

Geraldine morreu dia 26 de março de 2011, aos 75 anos de idade, no Massachusetts General Hospital em Boston, após 12 anos enfrentando um câncer no sangue.

“Sua coragem e generosidade de espírito ao longo de sua vida travando batalhas grandes e pequenas, públicas e privadas, nunca será esquecida e fará muita falta”, disse o comunicado.

(Fonte: www.g1.globo.com/mundo – MUNDO – 26/03/2011)

 

 

 

 

Geraldine Ferraro foi a primeira mulher a tentar ingressar na Casa Branca, como vice de Walter Mondale

Feminista, moderada e católica, conhecida por sua grande capacidade de conciliação, Geraldine se alinhava com a ala moderada do partido. Aos 8 anos perdeu seu pai, o imigrante italiano Domenico Ferraro, dono de um restaurante de massas e uma loja de armarinhos em Newburgh, no Estado de Nova York.

Com a mãe, Antonetta Ferraro,  e dois irmãos, ela foi para o bairro do Bronx, em Nova York, e ali iniciou uma dura batalha pela sobrevivência.

Geraldine custeou seus estudos no colégio de Marymount vendendo lenços na célebre loja de departamentos Bloomingdale’s enquanto a mãe trabalhava fazendo crochê numa fábrica de confecções para sustentar a família.

Geraldine manteve o sobrenome em homenagem à mãe, depois que se casou, em 1960, com o corretor de imóveis John Zaccaro, com quem teve três filhos.

Em 1974 ela começou a trabalhar como promotora-assistente de Justiça no bairro de Queens, sempre em  Nova York, onde atendia diariamente, na seção de vítimas especiais, casos de crimes sexuais e violência contra crianças e idosos.

Em 1978, ela colecionou sozinha um número bem superior às  1 500 assinaturas necessárias para disputar as eleições para deputado pelo Partido Democrata. Ganhou – e desde então foi facilmente reeleita duas vezes.

Em Washington, ela galgou discretamente postos de confiança na máquina democrata, sob a proteção do líder da Câmara dos Deputados, Thomas O’Neill.

Feminista, ela era favorável ao aborto – que, como católica, não aprova pessoalmente. Ela votou contra a política econômica de Reagan, se opõe à intervenção dos Estados Unidos na América Central, apoiava o congelamento de armas nucleares e respondia em grande parte pela apresentação de projetos de interesse das mulheres no Congresso.

 

(Fonte: Veja, 18 de julho de 1984 – Edição 828 – INTERNACIONAL – Pág: 32/34)

 

 

 

 

 

 

 

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