A. B. Yehoshua, escritor israelense e veterano ativista pela paz
Abraham B. Yehoshua (Jerusalém, 9 de dezembro de 1936 – Tel Aviv, 14 de junho de 2022), escritor e figura importante da esquerda israelense contrária à ocupação, foi um escritor que explorou a identidade nacional judaica enquanto defendia a coabitação com os palestinos.
Conhecido profissionalmente por suas duas primeiras iniciais, Yehoshua, nascido em Jerusalém, foi um proeminente autor israelense celebrado por seu domínio da língua hebraica e um importante ativista da paz, ganhou aclamação internacional por romances muitas vezes sensualistas como “O Amante”.
Abraham Yehoshua nasceu em Jerusalém em dezembro de 1936, filho de pais de origem grega e marroquina. Ele publicou os primeiros contos em 1963 e desde então seus romances e peças de teatro foram traduzidos do hebraico para mais de 30 idiomas.
Seu trabalho foi amplamente traduzido e adaptado para cinema e teatro. Seu primeiro livro, “The Death of the Old Man”, foi publicado em 1962, e seu trabalho mais recente, uma novela intitulada “The Third Temple”, foi publicado no início deste ano. Seus outros trabalhos incluem “The Lover”, “A Late Divorce” e ” Mr. Mani “.
Em 1995, ele recebeu o prêmio de Israel das Letras, o maior reconhecimento cultural do país, e o Médicis na França.
Yehoshua é autor de romances como O Amante, Viagem ao Fim do Milênio e O Túnel. No Brasil, sua obra está no catálogo de editoras como a Companhia das Letras e DBA.
Defensor dos direitos dos palestinos, Yehoshua foi membro da B’Tselem, organização israelense de direitos humanos que rejeita a ocupação israelense.
Ex-paraquedista, ele se tornaria uma figura proeminente no grupo israelense de direitos humanos B’Tselem e no partido liberal Meretz. Sua promoção de um sionismo secular ocasionalmente levantou obstáculos entre os judeus estrangeiros ou ultra-religiosos.
Sua escrita ganhou inúmeros prêmios literários, incluindo o Prêmio Israel de Literatura em 1995.
Além de sua obra literária, Yehoshua foi uma das principais vozes do movimento pela paz israelense, juntando-se aos colegas autores Amoz Oz e David Grossman para pedir uma solução negociada para o conflito com os palestinos que levaria à criação de um estado palestino independente.
Avraham faleceu aos 85 anos, no Hospital Ichilov de Tel Aviv.
“Foi o maior autor de Israel”, afirmou Nitza Ben-Dov, professora de Literatura da Universidade de Haifa.
“Ele passou de histórias surreais e oníricas, desconectadas do tempo e do espaço, para obras enraizadas na cultura israelense e no presente”, disse à AFP. Suas obras posteriores foram influenciadas pela Psicologia, em parte por sua esposa psicanalista, segundo Ben-Dov.
A organização prestou homenagem a um homem que “dedicou seu tempo e energia à igualdade, à paz e aos direitos humanos para todos”.
O presidente israelense, Isaac Herzog, também prestou homenagem.
A obra do escritor “foi inspirada por nossa pátria e tesouros culturais de nosso povo, retratando-nos com uma imagem bela, fiel, de compaixão e às vezes dolorosa de nós mesmos”, afirmou em um comunicado.
“Evocou em nós um mosaico de sentimentos profundos”, acrescentou.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL/ por ESTADÃO CONTEÚDO – 14/06/22)
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/famosos – ENTRETENIMENTO / FAMOSOS / Por Dan Williams / JERUSALÉM (Reuters) – ISTOÉ GENTE – 14/06/22)
(Fonte: https://www.latimes.com/arts/story/2022-06-14 – Los Angeles Times / ARTES / IMPRENSA ASSOCIADA / JERUSALÉM — 14 DE JUNHO DE 2022)
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