Infográfico: história da Bolsa de Valores de São Paulo
Bovespa completa 120 anos
Linha do tempo da Bovespa
Confira a história da Bolsa de Valores de São Paulo.
1890 Fundação da Bolsa Livre, no dia 23 de agosto, por Emilio Pestana. Bolsa é fechada em 1891 após surto especulativo com a negociação de ações de empresas fantasma. Negócios ocorriam das 14 horas às 14h30.
1895 Fundação da Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo. A negociação de títulos públicos e ações era registrada em quadros-negros.
1929 A crise na Bolsa de Nova York abala a economia americana, levando a Grande Depressão dos anos 1930. A Bolsa brasileira sofre o impacto apenas meses depois da crash americano.
1934 Bolsa muda para o Palácio do Café, no Pátio do Colégio (Centro de São Paulo), onde recebeu o nome de Bolsa Oficial de Valor de São Paulo. Negócios eram feitos na corbeille, um círculo no qual os corretores se sentavam em cadeiras com seus nomes gravados e uma mesa redonda no centro.
Até as reformas do sistema financeiro e do mercado de capitais feitas pelo governo federal no biênio 1965-1966, as bolsas de valores brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público.
1967 A clássica corbeille abre espaço para um conjunto de balcões de aço inox no formato de um avião. Principais cleintes eram pessoas físicas e fundos de investimento.
Surgem as sociedades corretoras e o operador. A Bolsa adota o nome Bovespa. No ano seguinte é criado o índice que representa as negociações, o Ibovespa.
1970 O boleto é substituído por cartões perfurados, com registro eletrônico. Começa o ciclo de automação da Bolsa.
1971 Quebra da Bolsa
Com grande volume de recursos após incentivos fiscais criados pelo governo federal, houve um rápido crescimento da demanda por ações pelos investidores. Essa situação desencadeou o boom da Bolsa do Rio de Janeiro.
Após alcançar o seu ponto máximo em julho de 1971, iniciou-se um processo de realização de lucros pelos investidores. O movimento especulativo teve curta duração, mas suas conseqüências resultaram em vários anos de mercado deprimido, pois algumas ofertas de ações de companhias extremamente frágeis geraram grandes prejuízos e mancharam de forma duradoura a reputação do mercado acionário.
1983 Operadores passam a usar telefones sem fio que os conectam às mesas.
1989 A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a maior até então, quebra depois de uma disputa que envolveu o investidor Naji Nahas. Com isso, a Bolsa paulista passa a liderar as negociações com açõe no Brasil.
1990 Com a estabilidade nos preços depois do Plano Real em 1994, as ações na Bovespa passam a ter uma grande valorização até a crise asiática, ocorrida em 1997, quando no segundo semestre a bolsa recuou 44%. Foi a primeira vez em que se adotou o circuit breaker, que paralisa as negociações quando o índice cai mais de 10% num único dia.
1999 Nasce o home broker, a negociação direta entre investidor e o computador.
2005 Termina o pregão viva-voz.
2007 Bovespa deixa de ser uma entidade sem fins lucrativos para se transformar em empresa. No processo, a bolsa abre o capital via lançamento de ações, captando R$ 6,6 bilhões.
2008 A Bovespa se une à Bolsa de Mercadorias & Futuros, criando a BM&F Bovespa. No ano seguinte, termina o pregão viva-voz da BM&F. Em 1º de julho, as transações passaram a ser eletrônicas.
2010 Em julho, o número de pessoas físicas que compram e vendem ações atinge o recorde de 598 mil. A meta é chegar a 5 milhões de CPFs cadastrados até o fim de 2014. Atualmente, a Bolsa de Valores brasileira é a terceira maior do mundo em valor de mercado, atrás da Bolsa de Honh Kong e da Bolsa de Chicago (CME).
(Fonte: economia.ig.com.br Economia – Mercado de Capitais – IG São Paulo/ Por Aline Cury Zampieri – 23/08/2010)