Albert P. Sloan (New Haven, 23 de maio de 1875 – 17 de fevereiro de 1966), engenheiro elétrico. Líder visionário, que revolucionou o mundo empresarial americano como nenhum outro antes dele. Assumiu a Presidência da General Motors em 1923 e permaneceu como seu líder durante quase 30 anos e inventou a noção de empresa descentralizada e multidivisional.
Mentor do sucesso da GM, fundada, em 1908, por William Durant (1861-1947), um sujeito de família rica que não chegou a terminar o ensino médio. Sloan tinha uma genialidade administrativa. Suas inovações permitiriam, anos depois, o surgimento das megacorporações transnacionais.
É o único autor que ganhou a designação de guru ao escrever apenas um livro: My Years With General Motors (1986), para mais uma autobiografia. Sloan começou por estudar Engenharia Elétrica e licenciou-se no MIT, onde financiou a Sloan School of Management.
A partir de abordagens inovadoras sobre liderança por consenso, estimulando discussões, empregando fatos e lidando com consumidores, ele não apenas criou a poderosa General Motors (GM), durante sua gestão de 30 anos, como também influenciou a visão estratégica. Tudo por conta de um estilo de comando e disciplina operacional jamais vistas.
Antes de Sloan, ninguém sabia como gerenciar uma empresa gigante. No seu tempo, fábricas da GM paravam de funcionar porque, subitamente, faltava matéria-prima ou se descobria que havia superprodução de determinado modelo de carro. Era uma fábrica já enorme, mas administrada como uma borracharia de beira de estrada.
Foi Sloan quem teve a ideia de implantar controles financeiros e de produção. Ele dividiu a empresa em departamentos, com cada área cuidando de seu quinhão. Inventou o planejamento anual. Planejou até obsolescência, com a produção de um novo carro a cada ano envelhecendo o do ano anterior.
Com as divisões para cada marca da GM, Sloan venceu Henry Ford, então líder de mercado. Ford tinha olhos somente para o preço. Seu Modelo T era barato, mas sempre igual e sempre preto. Sloan queria carros para todos os gostos e bolsos. Os Chevrolet eram acessíveis. Os Pontiac e Oldsmobile eram mais elaborados. Os Buick eram sofisticados. Os Cadillac, o supremo luxo. Antes, automóveis eram produtos utilitários, como uma tesoura ou uma lanterna.
Depois, viraram símbolos de status, juventude, poder. Projetados e desenhados para encantar o consumidor, ficaram longos, ganharam rabos de peixe, frisos cromados, duas cores e aquelas nadadeiras sensacionais, que pareciam prontas para transformar o carro num foguete espacial. Sob a gestão de Albert Sloan, nunca mais um carro foi apenas um carro.
Na sua idade de ouro, entre as décadas de 50 e 60, quando ainda não eram sinônimo de isolamento, sedentarismo e poluição, os automóveis da GM eram preciosidades ambulantes que saíam da fábrica com a capacidade de definir o estilo de vida, a classe social e as aspirações de seu dono. Os aventureiros e românticos andavam num Corvette conversível.
Os milionários e chiques dirigiam um Cadillac. Os arrojados e modernos preferiam um Camaro. Imortalizados em centenas de canções e filmes, seus automóveis foram, durante anos, a mais completa metáfora do sonho americano de liberdade e riqueza. O mentor do sucesso da GM chegou à empresa em 1923. Chamava-se Albert Sloan.
Parte da saga de Sloan à frente da GM foi contada em seu livro Minha Vida na General Motors.
(Fonte: Veja, 10 de junho, 2009 - N° 23 - Ano 42 - Edição 2116 – Economia/Por André Petry - Pág; 92/94)
(Fonte: http://www.administradores.com.br/shopping/livros/a-lideranca-genial-de-alfred-p-sloan/3159 – SHOPPING – LIVROS/ Por – Liderança)