Nikolaus Harnoncourt, maestro austríaco, referência da música clássica da Europa há décadas

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Mundialmente prestigiado, regente austríaco foi pioneiro em projetos experimentais em obras clássicas renascentistas e barrocas

Maestro Nikolaus Harnoncourt. Na imagem, ele participa de um concerto em 2003, na Áustria. (Foto: Leonhard Foeger/Reuters)

Maestro Nikolaus Harnoncourt. Na imagem, ele participa de um concerto em janeiro de 2003, na Orquestra filarmônica de Viena na Áustria. (Foto: Leonhard Foeger/Reuters)

Entre as regências mais famosas (e disputadas) de Nikolaus Harnoncourt estão os concertos de Ano Novo da Filarmônica de Viena – eternamente no ranking das melhores orquestras do mundo.

Nikolaus Harnoncourt (Berlim, 6 de dezembro de 1929 – Viena, 5 de março de 2016), maestro, referência da música clássica da Europa há décadas, um dos últimos expoentes da música clássica do século 20.

Conhecido por milhões de performances, incluindo o concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmônica de Viena, o músico nascido em Berlim e criado em Graz havia se aposentado em 2015.

Violoncelista famoso por reger tanto obras orquestrais como de ópera nas capitais musicais da Europa, Harnoncourt também colecionou instrumentos históricos e escreveu extensivamente sobre música antiga.

O conde Nikolaus de la Fontaine und d’Harnoncourt-Unverzagt nasceu em Berlim em dezembro de 1929, mas passou a sua infância na cidade austríaca de Graz, onde anos depois criou o festival Styriate, que se realiza anualmente. Ele foi violoncelista da Orquestra Sinfônica de Viena e professor de Interpretação na Universidade Mozarteum, de Salzburgo.

O maestro austríaco  Nikolaus Harnoncourt,  em foto de 2012 (Foto: Barbara Gindl/AFP)

O maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt, em foto de 2012 (Foto: Barbara Gindl/AFP)

O Concentus Musicus Wien, criado por Harnoncourt em 1953 quando tocava violoncelo naquela orquestra, dedicou-se à interpretação de música renascentista e barroca europeia usando instrumentos de época. A partir de numerosos projetos de investigação, principalmente de obras de Johan Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven e Joseph Haydn, ajudou a revolucionar a interpretação desta música.

Harnoncourt deixou a Orquestra Sinfônica de Viena em 1969, depois de causar incômodos com seu questionamento das normas estabelecidas na cena da música clássica.

Como maestro, Harnoncourt trabalhou com os principais solistas e as grandes orquestras europeias e o seu trabalho discográfico engloba óperas, oratórios e obras sinfônicas dos séculos 18 e 19. Em 2001, ele recebeu um prêmio Grammy pela gravação da obra “Paixão Segundo São Mateus”, do compositor alemão Bach.

Nikolaus Harnoncourt morreu em Viena, em 5 de março de 2016, aos 86 anos.

“Nikolaus Harnoncourt faleceu em paz, cercado por sua família. Há grande luto e gratidão. Foi uma colaboração maravilhosa”, disse uma mensagem postada em seu site no domingo por sua esposa e parceira artística Alice Harnoncourt e sua família.

“A morte de Nikolaus Harnoncourt é uma insubstituível perda para vida musical austríaca e internacional”, declarou o presidente da Áustria, Heinz Fischer, que está em visita de Estado à Colômbia.

Thomas Angyan, diretor da famosa sala de concertos Musikverein de Viena, da qual Harnocourt era membro de honra, expressou a consternação do mundo da música.

“Uma era chegou ao fim”, lamentou. “Nunca esperei que entre a sua aposentadoria do mundo dos concertos e a sua morte houvesse um período tão curto. Ele era o original do seu original […]. Devemos continuar o legado musical que nos deixa.”

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/03 – POP & ARTE – Da Reuters – 06/03/2016)

(Fonte: http://www.dw.com/pt – a-19097830 – CULTURA – 06.03.2016)

(Fonte:http://diversao.terra.com.br – 33e9cc3a8ce448243de8f2003306505b2gy3kq95 – ENTRETENIMENTO – 6 MAR 2016)

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