Zarah Leander, foi a maior estrela do cinema nazista

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Atriz e cantora Zarah Leander

Zarah Leander, atriz sueca, era querida por Joseph Goebbels

Zarah Leander (1940)

Zarah Leander (1940)

 

 

Zarah Leander (Karlstad, Suécia, 15 de março de 1907 – Estocolmo, Suécia, 23 de junho de 1981), foi a maior estrela do cinema nazista. Além de atriz, ela cantava, como aparece no filme “Die 4 Gesellen”, estrelado pela sua compatriota Ingrid Bergman (1915-1982). Leander foi “descoberta” por Goebbels quando era cantora. Pouco depois, em 1937, assinou um contrato com a UFA para rodar filmes em Babelsberg.

Em 15 de março de 1907 nascia Zarah Leander, marca registrada do filme alemão, usada pelo regime de Hitler para propaganda nazista.

A estrela mais brilhante da época de Hitler, verdadeira marca registrada do filme alemão, foi uma sueca: Zarah Leander. Ninguém teve tanta fama, tanto sucesso, ninguém ganhava cachês tão altos quanto a diva com grave e sensual voz de contralto.

Zarah Leander (seu nome de batismo foi Sara Stina Hedberg) nasceu em 15 de março de 1907 na sueca Karlstad. Iniciou a carreira artística no teatro de revista, ainda na Suécia, onde participou de seu primeiro filme. Mas só chamou a atenção do grande público depois da mudança para a Áustria. O sucesso como protagonista no policial Première, em 1936, lhe valeu um contrato da Universum Film AG (UFA), que tinha a intenção de fazer dela uma concorrente de Marlene Dietrich e Greta Garbo.

Logo a estrela passou a servir à máquina de propaganda de Joseph Goebbels, embora seu tipo de mulher não correspondesse ao idealizado pelos nazistas. Ela interpretava canções frívolas com sua voz rouca: “O amor pode ser pecado?”, “Por que uma mulher não pode ter um caso?”, questionava. Representava a mulher forte, independente, e que por isso mesmo não tinha um destino fácil.

Artista alheia à política

 

Ela já havia completado 30 anos quando veio a consagração definitiva, com o lançamento, em 18 de dezembro de 1937, do filme La Habanera, de Douglas Sirk, no qual interpreta uma sueca em Porto Rico.

Sem ser nazista, Zarah Leander serviu ao regime, com seus filmes melodramáticos e as canções que transmitiam esperança em meio ao desespero da guerra. Durante certo tempo, ela manteve a confiança de ser vista apenas como artista, alheia à política. Mas, em 1943, recusou a nacionalidade alemã que lhe queriam impor, rompeu com a UFA e voltou para a Suécia.

Turnê pela América do Sul

Seguiram-se anos em que esteve proibida de se apresentar nos palcos de sua pátria, da Alemanha e da Áustria. Realizou sua primeira turnê após a guerra só em 1949, interpretou papéis de menor importância, retornou à Alemanha em 1957. Uma turnê por várias partes do mundo, em 1960, levou-a também à América do Sul.

A popularidade de Zarah Leander na Alemanha, nas décadas seguintes, baseava-se ainda no sucesso das décadas de 30 e 40. Suas apresentações nos palcos internacionais nunca mais alcançaram o mesmo êxito de então.

Quando a diva morreu, em 23 de junho de 1981, em Estocolmo, um crítico escreveu a seu respeito: “O leitmotiv de sua vida foi a sujeição à força do destino. Uma heroína da renúncia, uma deusa da submissão…”

Zarah Leander

Zarah Leander

As crianças de Hitler

Com um cachê de 500 mil marcos por ano, ela era a mais bem paga da Europa. Quando a Segunda Guerra explodiu, os filmes de Leander eram exibidos também para os soldados da Wehrmacht no front. Um dos filmes conta a história de uma mulher que se sacrifica pela pátria, mandando o seu amado para a guerra. Leander continuou fazendo carreira depois da guerra, até a sua morte, em junho de 1981.

Não é por coincidência que as atrizes preferidas de Goebbels eram suecas. Os nazistas amavam os escandinavos porque julgavam que os habitantes dos países nórdicos tinham uma “raça boa”. Enquanto os alemães que tinham filhos com eslavos eram punidos, na Noruega foram criados estabelecimentos para abrigar as crianças “produzidas” pelos soldados alemães com as norueguesas.

O projeto, chamado “Lebensborn”, tinha filiais em países ocupados. A central ficava em um casarão de Munique onde tinha residido o escritor Thomas Mann com sua mulher judia, Katia.

Enquanto as crianças, até recém-nascidos judeus, eram mortas nas câmaras de gás, o programa investia nas “crianças de raça valiosa” para o Führer.

Depois da guerra, cerca de oito mil crianças estavam sem mãe e pai porque tinham nascido como as crianças de Hitler. Na Noruega, ainda hoje há associações de ajuda a essas pessoas. Muitas ficaram traumatizadas ao tomar conhecimento da sua origem.

(Fonte: http://www.dw.com/pt-br – Deutsche Welle – CALENDÁRIO HISTÓRICO / POR Jens Teschke – 15 de março)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/ela/gente – GENTE / POR GRAÇA MAGALHÃES-RUETHER – 16/03/2013)
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