Wladyslaw Bartoszewski, ativista polonês e sobrevivente de Auschwitz, e duas vezes ministro das Relações Exteriores polonês

0
Powered by Rock Convert

Um sobrevivente de Auschwitz e duas vezes ministro das Relações Exteriores polonês

Wladyslaw Bartoszewski, ativista polonês e sobrevivente de Auschwitz (Foto: Do Portal DW)

Wladyslaw Bartoszewski, ativista polonês e sobrevivente de Auschwitz (Foto: Do Portal DW)

HERÓI POLONÊS QUE SALVOU JUDEUS

Wladyslaw Bartoszewski (Varsóvia, 19 de fevereiro de 1922 – Varsóvia, 24 de abril de 2015), ativista polonês e sobrevivente de Auschwitz, e antigo membro da resistência polonesa durante a Segunda Guerra

Considerado uma autoridade moral na Polônia, ele passou toda sua vida tentando derrubar as terríveis divisões entre judeus, poloneses e alemães que a Segunda Guerra Mundial tinha criado.

Político que sobreviveu a Auschwitz, ajudou judeus a escapar da perseguição nazista e passou sete anos preso durante regime soviético sob falsas acusações.

Bartoszewski ajudou judeus durante a Segunda Guerra Mundial, pelo qual recebeu a honra do título de Justo entre as Nações, uma condecoração concedida pelo Yad Vashem Holocaust Memorial para os não-judeus que arriscaram suas vidas para salvar judeus durante o Holocausto.

Ele foi mantido prisioneiro no campo de extermínio de Auschwitz por causa de sua resistência durante a guerra e lutou contra os nazistas durante a malfadada Insurreição de Varsóvia, de 1944, um dos episódios mais sangrentos da guerra.

Mais tarde, ele foi preso pelo regime comunista do pós-guerra da Polônia antes de se tornar o principal diplomata do país, após o colapso da União Soviética.

O sobrevivente de Auschwitz e antigo membro da resistência polonesa durante a Segunda Guerra Wladyslaw Bartoszewski, começou a carreira diplomática aos 68 anos. Ele foi embaixador polonês na Áustria e duas vezes ministro do Exterior, em 1995 e entre 2000 e 2001.

Figura pública respeitada em seu país, Bartoszewski era ativista político e publicou livros sobre a Segunda Guerra. Ele dedicou boa parte de sua vida trabalhando pela reconciliação entre seu país e a Alemanha, fazendo do assunto tema frequente em seus discursos em polonês e alemão.

Nascido em 1922 em Varsóvia, o então adolescente Bartoszewski, que cresceu em um bairro judeu, lutou contra a invasão nazista a seu país, em 1939. Em 1940 foi enviado para Auschwitz. Ele foi liberado um ano depois, graças aos esforços da Cruz Vermelha polonesa, onde trabalhou antes de ser preso. Bartoszewski aliou-se a unidades de resistência à ocupação alemã e de salvamento de judeus.

Após a guerra, ele foi perseguido pelo regime comunista soviético e passou quase sete anos na prisão, sob acusações de espionagem, que foram posteriormente consideradas falsas por um tribunal.

Bartoszewski faleceu em 24 de abril de 2015, aos 93 anos, em um hospital em Varsóvia.

Diversas autoridades polonesas lamentaram a morte do  Wladyslaw Bartoszewski.

A informação foi confirmada por seu amigo e biógrafo, Michal Komar e diversos políticos poloneses. “Esta foi uma grande perda, um grande polonês nos deixou”, publicou o presidente da Polônia, Bronislav Komorowski, em seu Twitter.

Rabino-chefe da Polônia, Michael Schudrich, que participou do funeral ao lado de sacerdotes católicos e protestantes, recitou a oração do Kaddish antes do enterro do Bartoszewski.

“Um ex-prisioneiro de Auschwitz e prisões stalinistas, ele transmitiu a verdade sobre crimes realizados pelo totalitário Hitler e pelos regimes stalinistas”, disse o presidente polonês Bronislaw Komorowski 

O ex-primeiro-ministro polonês e atual presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que Bartoszewski “nunca será substituído”. Durante a gestão de Tusk, o ex-prisioneiro do regime nazista ocupou o cargo de vice-ministro responsável pelo diálogo internacional, especialmente com a Alemanha e Israel.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, lamentou a morte do ativista polonês. “Nós agradecemos pela contribuição e humanidade deste grande homem”, disse Merkel em um telegrama enviado à primeira-ministra polonesa, Ewa Kopacz.

A imprensa polonesa também prestou homenagens a Bartoszewski citando algumas de suas notáveis frases, entre elas: “vale a pena ser honesto, ainda que nem sempre você seja reembolsado por isso. Você pode receber por ser desonesto, mas não vale a pena”.

(Fonte: http://jornalggn.com.br/noticia – NOTÍCIA – POLÍTICA/ por Mara L. Baraúna – 26/04/2015)

(Fonte: https://herancajudaica.wordpress.com/2015/05/18 – 26/04/2015)

Fonte: Rua Judaica 08/05/2015

Powered by Rock Convert
Share.