Vera Amado Clouzot, atriz de cinema de (As Diabólicas, e O Salário do Medo).

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Nascida no Rio de Janeiro – Brasil, em 30 de dezembro de 1913 e falecida na França aos 47 anos de idade, isto em 15 de dezembro de 1960, Vera Gibson Amado foi filha de Gilberto Amado e de Alice do Rego Barros Gibson, esta filha de Alfred, neta do Henry.

Seu pai, sergipano de nascimento, estudou Direito em Recife onde conheceu Alice, sua esposa. Gilberto Amado foi um famoso intelectual brasileiro que atuou como advogado, diplomata, jornalista, escritor e deputado no Estado Novo de Getulio Vargas. Na ONU foi ex-presidente do Comitê de Direito Internacional.

Um dos primos de Vera, Jorge Amado, se tornou um dos maiores romancistas do Brasil do século 20.

Em 1941, Vera casou-se com Leo Laparé, artista francês membro da Companhia de Teatro Louis Jouvet que encontrava-se em turnê no Rio de Janeiro. Juntando-se à Companhia, Vera fez uma turnê pela América do Sul que durou cerca de 04 anos. Finda a Segunda Guerra Mundial, a Companhia voltou para a França e Vera estabeleceu-se em Paris, atuando no Teatro Ateneu.

Em 1947, Laparé atuou em um filme do mestre do suspense francês, o diretor Henri-Georges Clouzot. Quando Vera conheceu o diretor no set de filmagem, historiadores relatam que foi um “coup de foudre”, ou seja, amor à primeira vista. Ele contratou-a como roteirista de seu próximo filme “Miquette et sa simples / Miquette e sua mãe (1949)”. Em seguida, Vera divorciou-se de Laparé e em 15 de janeiro de 1950, casou-se com Clouzot.

O casal esteve no Brasil durante a lua de mel e Clouzot ficou fascinado pelo nosso País, tendo escrito um livro, “Le Cheval des Dieux” , baseado na região. Seu próximo filme, “The Wages of Fear (1953)”, também sofreu forte influência das paisagens tropicais brasileiras.

O primeiro filme da Vera foi justamente este, em que ela atuou ao lado de Charles Vanel e Yves Montand. Foi o primeiro sucesso internacional de Clouzot, mas não o maior deles, e trouxe para Vera o reconhecimento e a fama internacional. Em sua curta carreira, Vera Clouzot só atuou em filmes dirigidos por Henri-Georges, seu marido, sendo o mais famoso deles, sem dúvida, o “Les Diaboliques (1955)”, sucesso mundial de público e de crítica. Apesar do papel principal ter sido dado a Simone Signoret, foi este filme que consagrou definitivamente a Vera.

Além de atriz Vera foi também roteirista, tendo sido seu último trabalho o roteiro para o filme “La Vérité (1960)”, que também foi dirigido por seu marido, Henri-Georges Clouzot.

Para que se tenha ideia da importância de Clouzot, vários filmes do Hitchcock foram inspirados nos de Clouzot, tendo Hitchcock usado técnicas e efeitos de filmagem criados por Clouzot. Ambos eram mestres do suspense e disputavam a supremacia.

Outro marco na vida deste diretor foi o filme “O Mistério de Picasso (1956)”. O filme registrou o trabalho de Picasso, pintando em uma tela semi-transparente. Picasso usou uma técnica na qual a imagem permite claramente a visão do outro lado. Clouzot filmou todo este processo, após o qual Picasso destruiu todas as telas, tornando o filme em si, a arte. O resultado foi declarado tesouro nacional pelo governo francês em 1984.

A vida imita a arte e tal como a sua personagem do “Les Diaboliques (1955)”, Vera faleceu precocemente aos 47 anos, em Paris, vitima de um ataque cardíaco e está sepultada no Cemitério de Montmartre, repouso final dos famosos na França.

(Fonte: http://www.familiagibson.org/2011/10 – Família Gibson/ Por Gustavo Gibson)

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