Stephen Hawking, cientista foi responsável por popularizar a física teórica para um público leigo, foi autor de best-sellers como Uma Breve História do Tempo e O Universo numa Casca de Noz

0
Powered by Rock Convert

Stephen Hawking, o físico britânico que revolucionou a Ciência e nossa maneira de entender o Universo

 

Ilustração em homenagem a Stephen Hawking (Foto: Flickr/Charis Tsevis)

 

Hawking se converteu em uma das figuras mais influentes do mundo da ciência por seu papel, não só como teórico e astrofísico, mas também como divulgador.

O prestigiado cientista britânico revolucionou o estudo dos buracos negros e deu-nos novas perspectivas sobre o tempo e sobre a origem do Universo.

 

O físico Stephen Hawking em imagem de abril de 2016. (Foto: Lucas Jackson / Arquivo / Reuters)

 

Stephen William Hawking (Oxford, Reino Unido, 8 de janeiro de 1942 – Cambridge, 14 de março de 2018), físico teórico e matemático britânico, um dos mais prestigiados nomes da ciência, revolucionou os estudos sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo, além de um dos cientistas mais conhecidos do mundo e também um dos divulgadores da ciência mais populares das últimas décadas.

Considerada uma das mentes mais brilhantes da história da ciência, ele fez grandes contribuições à comunidade científica, com teorias como a do espaço-tempo e do funcionamento dos buracos negros, a partir das quais conseguiu aproximar o público de temas que poderiam parecer complexos para muitos.

Autor de best-sellers como Uma Breve História do Tempo e O Universo numa Casca de Noz, o cientista foi responsável por popularizar a física teórica para um público leigo.

Formado em Física na Universidade de Oxford, tornou-se pesquisador da Universidade de Cambridge, em cosmologia – a ciência que estuda o Universo em sua totalidade, envolvendo sua origem e sua evolução.

 

O físico e pesquisador britânico Stephen Hawking se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo ao abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo. Também foi um exemplo de determinação por resistir muitos anos à esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa.

 

No final da década de 1960, Stephen Hawking ganhou fama com sua teoria da singularidade do espaço-tempo, aplicando a lógica dos buracos negros a todo o universo. Ele detalharia o tema ao público em geral no livro “Uma breve história do tempo”, best-seller lançado em 1988.

 

Autor de grande parte das descobertas da astrofísica moderna, Hawking que depois de desafiar a atrofia muscular progressiva desde os 21 anos, o matemático desafiou a física com a mesma determinação e, graças a ele, os buracos negros deixaram de ser uma hipótese fantasiosa. Além disso, viu em outra de suas mais fortes convicções, a teoria do espaço-tempo, a esperança de sobrevivência da humanidade.

Hawking era considerado um dos cientistas mais influentes do mundo desde Albert Einstein (1879-1955), não só por suas decisivas contribuições para o progresso da ciência, como também por sua constante preocupação em aproximar a ciência do público e por sua coragem de enfrentar a doença degenerativa de que sofria e que o deixou em uma cadeira de rodas e sem capacidade para falar de maneira natural.

Nascido em Oxford em 8 de janeiro de 1942, exatamente 300 anos após a morte de Galileu Galilei (1564-1642), como ele sempre disse, Hawking sempre se descreveu como um filho desordenado e desprevenido, tanto que aprendeu a ler somente aos 8 anos.

No entanto, as coisas seguiram um rumo diferente quando ele foi diagnosticado com a doença. Naquele momento “tudo mudou”.

“Quando você enfrenta a possibilidade de uma morte precoce, você percebe todas as coisas que você gostaria de fazer e que a vida deve ser vivida na íntegra”, disse ele.

Hawking usava um sintetizador eletrônico para poder falar, mas a voz robótica produzida pelo aparelho para expressar suas ideias acabou se tornando não só uma de suas marcas registradas como foi constantemente ouvida e respeitada no mundo todo.

Para produzir sua “fala”, o físico usava formava as palavras em uma tela com o movimentos dos olhos, também usado para movimentar sua cadeira de rodas.

Trajetória

 

Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, na Inglaterra. Quando fez 8 anos de idade, se mudou para St. Albans, cidade localizada a cerca de 30 km de Londres, capital do país.

Estudou na University College, de Oxford, que também foi a faculdade de seu pai. Stephen queria estudar matemática, enquanto sua família queria que ele estudasse medicina. Como matemática não estava disponível na grade da universidade, ele escolheu física e se formou em 1962.

Três anos depois, Stephen Hawking recebeu sua primeira premiação na classe de licenciatura em Ciências Naturais. Ele saiu de Oxford e foi para Cambridge fazer uma pesquisa na área de cosmologia, já que não havia essa área na universidade em que estudava.

Tornou-se doutor em cosmologia e trabalhou como professor de matemática na Universidade de Cambridge, onde era professor lucasiano emérito – mesmo cargo ocupado por grandes cientistas como Charles Babbage, Isaac Newton e Paul Dirac.

Ele também foi diretor do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da mesma universidade. Suas principais áreas de especialidade foram cosmologia teórica e gravidade quântica.

Hawking escreveu 14 livros, entre eles “O universo em uma casca de noz” e “Uma breve história do tempo”.

Casamento e diagnóstico

 

Hawking e sua nova noiva Elaine Mason logo cerimônia de casamento, em setembro de 1995 (Foto: Russell Boyce / Arquivo / Reuters)

 

Filho de um biólogo que decidiu tirar sua família de Londres para deixá-los a salvo dos bombardeios alemães durante a Segunda Guerra Mundial, Hawking cresceu na cidade de St. Albans.

Como estudante, não tardou em demonstrar seu valor. Formou-se com honras em Física em Oxford, e mais tarde se pós-graduou em Astronomia pela Universidade de Cambridge.

 

 

Stephen Hawking

Hawking defendia que o universo era regido por leis estabelecidas. (Foto: PA / BBCBrasil.com)

 

 

O jovem Hawking gostava de montar a cavalo e de remar.

Mas aos 21 anos tudo mudou. Ele começou a notar que seus movimentos eram cada vez mais desajeitados e foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neuromotora.

Os médicos disseram que ele não viveria mais do que dois anos.

Quando foi diagnosticado, planejava seu casamento com Jane Wilde, sua primeira mulher.

“O compromisso me salvou a vida, me deu uma razão para viver”, contou o físico anos mais tarde.

O casal teve dois filhos.

Hawking desafiou todos os prognósticos e a doença avançou mais lentamente do que o previsto, mas com os anos acabou o deixando somente com movimento em dois dedos e em alguns músculos faciais.

Isso não impediu que seguisse trabalhando em suas teorias, divulgadas em livros e eventos públicos.

Em 1988 ele havia completado sua obra “Breve História do Tempo”, que se converteu em um sucesso absoluto no mundo todo, com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

Encontro de Nelson Mandela e Stephen Hawking em Johanesburgo, em 2008 (Foto: Denis Farrell / AFP Photo)

Suas teorias

 

Hawking havia demonstrado que a paixão à qual dedicou toda sua vida, estudar as leis que governam o universo, também poderia ser atraente para o grande público.

 

Ele conseguiu que sua deficiência se convertesse em uma das chaves de sua obra científica. Quando perdeu a mobilidade dos braços, se empenhou em ser capaz de resolver os cálculos científicos mais complexos somente com a mente, sem anotar equações.

 

Logo começou a propor teses revolucionárias que questionavam os cânones estabelecidos.

 

Uma de suas afirmações mais ousadas foi a de considerar que a Teoria Geral da Relatividade formulada por Einstein implicava que o espaço e o tempo tivessem um princípio no Big Bang e um fim nos buracos negros.

 

Em 1976, seguindo os enunciados da física quântica, Hawking concluiu em sua “Teoria da Radiação” que os buracos negros – as regiões no espaço com tamanha força de gravidade que nem a luz pode escapar delas – eram capazes de emitir energia e perder matéria.

 

Em 2004 revisou sua própria teoria e chegou à conclusão de que os buracos negros não absorvem tudo.

 

Stephen William Hawking

O cientista britânico Stephen Hawking (Foto: Celebrity Insider / Reprodução)

 

“O buraco negro só aparece em uma silhueta e depois se abre e revela informações sobre tudo o que havia caído dentro dele. Isso nos permite verificarmos o passado e prever o futuro”, disse o cientista.

 

 

Ainda mais breve…

 

Hawking teve um papel fundamental na difusão da Astronomia em termos fáceis de compreender para o público geral.

 

Consciente de que seu livro havia vendido muito, mas lido inteiro por poucos, devido à sua complexidade, Hawking publicou uma versão mais curta e de leitura mais fácil da já “Breve História do Tempo”.

 

O físico tentou por todos os meios que as pessoas comuns se aproximassem dos mistérios do universo, e em busca desse objetivo não duvidou em recorrer ao humor.

 

Em uma aparição que ficou famosa no desenho de televisão “Os Simpsons”, o cientista advertia Homer de que roubaria sua ideia de que o universo tem forma de rosca.

 

Outra mostra de sua relação com a ironia está presente em sua própria página na internet, com piadas contadas por ele mesmo.

 

“Quando tive que dar uma conferência no Japão, me pediram que não fizesse menção ao possível colapso do universo, porque isso poderia afetar as bolsas de valores”, escreveu.

“Porém , posso assegurar a qualquer um que esteja preocupado com seus investimentos de que é um pouco cedo para vender. Ainda que o Universo acabe, isso não deve ocorrer dentro de ao menos 20 bilhões de anos”, concluiu.

 

A ciência de Hawking

 

O universo sempre exerceu um enorme fascínio sobre Hawking e, em 1963, essa paixão o trouxe para a Universidade de Cambridge, onde obteve seu doutorado em Física Teórica e Cosmologia.

Os anos entre 1965 e 1975 foram cientificamente entre os mais produtivos de sua vida. Após conseguir seu doutorado, Hawking se dedicou à pesquisa e ao ensino na faculdade de Gonville e Caius.

Em 1988, ele escreveu seu livro mais famoso: “Uma Breve História do Tempo”. Já em 1997, ele ingressou no Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica de Cambridge, onde foi professor de Fisica Gravitacional. Três anos depois, conquistou a titularidade da cátedra Lucasiana de Matemática Aplicada e Física Teórica, que foi ocupada por Isaac Newton em 1663.

Sua pesquisa sobre buracos negros permitiu confirmar a teoria do Big Bang, a explosão da qual o universo nasceu. A partir dos anos 1970, ele começou a trabalhar sobre a possibilidade de integrar as duas grandes teorias da física contemporânea : a teoria da relatividade de Einstein e a mecânica quântica.

Ele sonhava com todas reunidas na “teoria de tudo”, que em 2014 inspirou o filme dirigido por James Marsh, dedicado a Hawking. O longa rendeu o Oscar de melhor ator ao inglês Eddie Redmayne.

 

 

O ator Eddie Redmayne como Stephen Hawking no filme A Teoria de Tudo (Foto: Divulgação)

 

 

Stephen Hawking com os atores Felicity Jones e Eddie Redmayne na estreia do filme ‘A teoria de tudo’ em Londres, em 2014 (Foto: Justin Tallis / AFP Photo)

 

 

O físico se tornou um dos cientistas mais conhecidos do mundo ao abordar temas como a natureza da gravidade e a origem do universo. Uma das mais recentes teorias que formulou prevê que o universo não teve um começo e história únicos, mas uma infinidade de origens e histórias diferentes. A maioria desses mundos alternativos, no entanto, teria desaparecido muito cedo, depois do Big Bang, deixando espaço para o universo que é conhecido.

Hawking revolucionou a história com as suas teorias do espaço-tempo, o Big Bang e a radiação dos buracos negros, resumidos em “Uma Breve História do Tempo”. A publicação teve mais de 25 milhões de exemplares vendidos em todo o planeta.

A obra resultou em uma série de televisão da rede “BBC”, chamada Into the Universe with Stephen Hawking (“Dentro do Universo com Stephen Hawking”).

 

Stephen Hawking recebe a Medalha Presidencial da Liberdade do então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca (Foto: Jewel Samad / AFP Photo)

 

Conheça seu legado

 

Separamos oito reflexões a partir das quais é possível ter uma visão mais profunda da linha de pensamento — e das contribuições científicas do cosmólogo:

“Deus pode existir, mas a ciência consegue explicar o universo sem a necessidade de um criador.”
Em múltiplas ocasiões, Hawking afirmou ser ateu. Neste caso, Deus seria uma espécie de limitação, ou seja, as pessoas só saberiam aquilo que Ele sabe. A diferença entre a religião e a ciência, de acordo com Hawking, é que a primeira é baseada em uma autoridade, enquanto a segunda funciona a partir da observação e da razão. “Eu acredito que o universo é regido pelas leis da ciência”, explicava. “A ciência triunfará porque ela funciona.”

“Acredito que a vida se desenvolve de forma espontânea na Terra, então deve ser possível para ela se desenvolver em outros planetas.”
Hawking acreditava que formas inteligentes, não apenas microbianas, de vida existem em outros lugares do universo. Tanto que lançou um programa de 100 milhões de dólares cujo objetivo era buscar uma civilização extraterrestre.

A segunda parte da missão consistiria em compilar uma mensagem para ser enviada para essas formas de vida. “Não há questão maior. Está na hora de nos comprometermos a achar a resposta, a procurar vida fora da Terra. Estamos vivos. Somos inteligentes. Precisamos saber”, disse o físico.

“O desenvolvimento da inteligência artificial pode ser o fim da raça humana.”
Por sofrer de esclerose lateral amiotrófica, que compromete o funcionamento do sistema nervoso, o cosmólogo contava com a tecnologia para se comunicar. Especialistas da Intel e da Swiftkey criaram um sistema que, por meio do teclado de um aplicativo no smartphone, aprendia como Hawking pensava e sugeria palavras que ele queria usar em seguida. O desenvolvimento dessa tecnologia envolveu inteligência artificial, o que impressionava e assustava o cientista ao mesmo tempo.

Para ele, era necessário ter cautela para não criar uma espécie de Skynet que ultrapassaria a inteligência humana e substituiria as pessoas. Essa preocupação se estendia principalmente ao desenvolvimento de armas autônomas. Em carta aberta, Hawking e centenas de outros cientistas se posicionaram em relação às consequência desse tipo de tecnologia.

“A tecnologia relacionada a inteligência artificial chegou a um ponto no qual a disposição desses sistemas é possível em questão de anos, não décadas, e as expectativas são altas: as armas autônomas foram descritas como a terceira revolução para as guerras, após a pólvora e as armas nucleares”, diz o documento.

“A pergunta chave para a humanidade hoje é se devemos dar início a uma corrida de armas feitas com inteligência artificial ou se devemos prevenir que ela sequer comece. É só uma questão de tempo até que elas apareçam no mercado negro ou nas mãos de terroristas e ditadores que querem controlar suas populações, ou déspotas que desejam fazer ‘uma limpeza’ étnica em seus territórios.”

“A ideia de viagem no tempo não é tão louca quanto parece.”
Em artigo escrito para o Daily Mail em 2010, Hawking revelou que, por muito tempo, evitou falar sobre viagem no tempo por receio de ser rotulado de louco. Mas com o passar dos anos, deixou essa abordagem de lado. “Eu sou obcecado com o tempo. Se eu tivesse uma máquina do tempo, eu visitaria Marilyn Monroe em seus dias de glória ou iria atrás de Galileu enquanto ele construia seu telescópio. Talvez eu até viajasse para o fim do universo para descobrir como a nossa histórica cósmica termina”, escreveu.

O físico sugeria a existência de uma quarta dimensão. Haveria, além da altura e do comprimento, um outro tipo de comprimento: o do tempo. “Tudo tem um comprimento no tempo, bem como no espaço”, explicou. Logo, viajar no tempo seria viajar pela quarta dimensão, uma espécie de portal com o nome de “buraco de minhoca”.

“Os buracos de minhoca estão por toda parte do nosso redor, mas eles são muito pequenos para que consigamos vê-los. Eles ocorrem em fendas e cantos do espaço e do tempo. Alguns cientistas acreditam que talvez seja possível aumentá-los o suficiente para que humanos ou naves espaciais possam utilizá-los.”

“As coisas podem escapar de um buraco negro, tanto para o lado de fora, como também possivelmente em um outro universo.”
Em 1974, Hawking argumentou que os buracos negros, supostamente campos gravitacionais impossíveis de se escapar, emitem um tipo de radiação térmica por conta de efeitos quânticos. Chamada de radiação Hawking, quando emitida em grande quantidade, teoricamente, pode fazer com que o buraco negro desapareça e que, com isso, a informação sobre o estado físico de um objeto que cai no buraco negro seja destruída.

Isso aconteceria de acordo com a relatividade geral. Já sob o ponto de vista da mecânica quântica, essa mesma informação não poderia se perder. Esse paradoxo tem perdurado pelos últimos 40 anos.

Em 2004, o cientista mudou de ideia, afirmando que a informação poderia sobreviver. No fim de agosto de 2015, ao falar da radiação Hawking, o cosmólogo sugeriu uma nova abordagem que pode mudar para sempre a forma como buracos negros são vistos e discutidos. “Eu proponho que a informação não é armazenada no interior do buraco negro, como é de se esperar, mas sim em seu limite, o horizonte de eventos”, disse o cientista.

Basicamente, ao ser sugada pelo buraco negro, a informação passaria por um processo de tradução, criando um holograma da informação que sobreveviria e escaparia pelo horizonte de eventos. “Os buracos negros não são tão negros como os fizemos parecer. Eles não são as prisões eternas que já foram considerados uma vez”, explicou Hawking.

“Você tem que ter uma atitude positiva e tirar o melhor da situação na qual se encontra.”
O cosmólogo foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica quando tinha 21 anos. Na época, a previsão dos médicos era de que Hawking teria apenas mais três anos de vida. Ele lidava com a doença se focando em atividades relacionadas com a física teórica, que não exigiam seu esforço físico. “A ciência é uma área boa para pessoas deficientes porque ela precisa principalmente da mente”, afirmou.

“Manter alguém vivo contra a sua vontade é uma grande indignidade.”
O suicídio assistido deveria ser um direito dos pacientes de doenças terminais, de acordo com Hawking. O cientista afirmou, durante um programa da BBC, em junho de 2015, que consideraria dar um fim à própria vida se sentisse ser um fardo para outras pessoas e não tivesse mais contribuições a fazer. No entanto, ele admitiu que ainda tinha muito a oferecer à sociedade. “Nem pensem que eu vou morrer antes de desvendar mais segredos do universo”, declarou.

“Nós somos uma espécie avançada de macacos em um planeta menor de uma estrela mediana. Mas nós conseguimos entender o Universo. E isso nos torna muito especiais.”
O objetivo de Hawking era obter a compreensão total do Universo, como os motivos de ele ser como é e a razão de ele existir. A dica do cientista para as pessoas era olhar para as estrelas e não para baixo, para os próprios pés. “Tente encontrar sentido no que você vê, e se pergunte sobre o que faz o Universo existir”, dizia. “Seja curioso.”

 

 

 

Em novembro de 2017, o físico teve um encontro com o papa Francisco durante um evento promovido pela Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano. “Existem inúmeros sinais encorajadores de uma humanidade que quer reagir, escolher o bem comum e regenerar-se com responsabilidade e solidariedade”, disse o Papa na ocasião.

 

– Homenagens:

A primeira-ministra britânica, Theresa May, lamentou a morte do cientista, que descreveu como uma “mente brilhante e extraordinária”.

“O professor Stephen Hawking era uma mente brilhante e extraordinária, um dos grandes cientistas de sua geração. Sua coragem, humor e seu empenho em aproveitar a vida ao máximo foram uma inspiração”, escreveu em sua conta no Twitter. Segundo ela, o legado de Hawking não será esquecido.

Por sua vez, o ator vencedor do Oscar por interpretar o físico também lamentou a morte de Hawking. Em comunicado, Red Redmayne afirmou que “era o homem mais divertido” que ele já conheceu.

“Nós perdemos uma mente verdadeiramente linda, um surpreendente cientista e o homem mais divertido que eu tive o prazer de conhecer”, destacou o ator na nota.

A Universidade de Cambrigde, onde ele realizou boa parte de suas contribuições, enfatizou que Hawking era uma “inspiração para milhões” de pessoas e deixa ao mundo “um legado indelével”.

Stephen Hawking nasceu em Oxford a 8 de janeiro de 1942 – precisamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, como gostava de mencionar – e morreu a 14 de março de 2018 – no dia do nascimento de Albert Einstein, que é também o dia do Pi (3,14).

Stephen Hawking morreu em 14 de março de 2018, aos 76 anos de idade, em sua casa em Cambridge,

Hawking sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença degenerativa que o imobilizou e o fez se comunicar por meio de um sintetizador de voz.

(Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/14/ciencia/noticia – CIÊNCIA – NOTÍCIA – FÍSICA / Por Claudia Carvalho Silva – 14 de Março de 2018)

(Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2018/03 – CIÊNCIA – ESPAÇO – NOTÍCIA / por Redação Galileu – 14/03/2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia – CIÊNCIA E SAÚDE – NOTÍCIA / Por G1 – )

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo – NOTÍCIAS – CIÊNCIA – 14 MAR 2018)

BBC BRASIL.com – Todos os direitos reservados.

Powered by Rock Convert
Share.