Ronald Levinsohn, atuou nos ramos financeiro, imobiliário, educacional e do agronegócio. Foi dono da Delfin, caderneta de poupança que quebrou em 1983

0
Powered by Rock Convert

Empresário foi o fundador do Grupo Delfin

 

Foi proprietário do Colinas Shopping em São José dos Campos (SP)

 

No mercado financeiro, atuou a frente da Delfin, caderneta de poupança que quebrou em 1983.

 

 

Ronald Guimarães Levinsohn (Rio Grande, no Rio Grande do Sul, em 1935 – 26 de janeiro de 2020), empresário, foi proprietário do Colinas Shopping em São José dos Campos (SP). Nascido em Rio Grande (RS), ele atuou nos ramos financeiro, imobiliário, educacional e do agronegócio. Foi dono da Delfin, caderneta de poupança que quebrou em 1983.

 

Foi um dos mais poderosos nomes do mercado financeiro brasileiro na década de 70. Era dono da Delfin, a maior caderneta de poupança no Brasil, que quebrou em 1983.

 

Nos anos 90, Levinsohn foi controlador da UniverCidade – Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro. Abrigou nos quadros da universidade o escritor Olavo de Carvalho, de quem era próximo.

Em 1975 ele esteve a frente do empreendimento imobiliário Cidade Vista Verde, na região leste de São José dos Campos. Na cidade também foi responsável pelos empreendimentos do Jardim Colinas e Jardim do Golfe.
Levinsohn também foi presidente do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro (UniverCidade). A instituição chegou a ser a terceira maior universidade privada do Rio de Janeiro.

O início de 1983 foi marcado por filas imensas nas agências do Grupo Delfin, onde mais de 3 milhões de brasileiros tinham depósitos em cadernetas de poupanças. Na época, a instituição financeira só perdia para a Caixa Econômica Federal na atração de recursos de um crescente número de pessoas físicas que conseguiram amealhar riquezas na esteira do milagre econômico dos anos 70.

 

Apesar do tamanho do negócio, tudo virou pó em questão de semanas. Reportagens publicadas em dezembro de 1982 mostraram inconsistências nos valores das garantias dadas pelo Grupo Delfin a empréstimos tomados junto ao extinto BNH, o banco estatal de financiamentos imobiliários que viria a ser incorporado pela Caixa Econômica Federal mais tarde.

 

O escândalo do Grupo Delfin, como o caso ficou conhecido, levou correntistas ao pânico. Em 21 de janeiro de 1983, o Banco Central decretou a intervenção na Delfin para resguardar os interesses de clientes, que tiveram suas contas migradas para a Caixa. No ano seguinte, o BC liquidou a empresa sob a alegação de que mais de 6 bilhões de cruzeiros – quase 5% do valor depositado pelos correntistas – haviam sido desviados dos poupadores em transações bancárias irregulares.

 

Por trás do escândalo estava o empresário Ronald Levinsohn, que fundou o Delfin em 1969 e passou as décadas seguintes dizendo-se vítima de uma perseguição por parte do BC. Em 1991 o empresário concordou em pagar a dívida com o BC em 13 anos, mas os valores nunca chegaram a ser depositados. Em 2006 o Superior Tribunal de Justiça encerrou o caso mediante a venda de dois terrenos de Levinsohn.

 

 

Nascido em 9 de outubro de 1935, na cidade portuária de Rio Grande (RS), filho de um pai judeu inglês e mãe argentina, Levinsohn foi aos 17 anos para os Estados Unidos estudar finanças. Os primeiros investimentos foram na Bolsa de Valores de Nova York. Ao retornar ao Brasil, investiu nos mercados financeiro e imobiliário.

 

 

Em 1975, associou-se à Rodman Rockefeller, filho do bilionário americano Nelson Rockefeller, para investir num bairro de alto padrão e empreendimentos comerciais em São José dos Campos (SP).

 

 

Para além dos investimentos financeiros e imobiliários, Levinsohn foi presidente e dono do Centro Universitário da Cidade do Rio de Janeiro, instituição educacional, fundada em 1969, e que chegou a ser a terceira maior universidade privada do Rio, com 35 mil alunos. Em 2014, foi descredenciada pelo Ministério da Educação devido a problemas financeiros.

 

Ele ainda atuou no agronegócio em Formosa do Rio Preto (BA) e escreveu o livro “Formosa do Rio Preto – Ontem e Hoje”.

Levinsohn faleceu em 26 de janeiro de 2020, de fibrose pulmonar, doença que vinha lutando há alguns anos.

Powered by Rock Convert
Share.