Richard Posner, influente jurista e escritor, um intelectual público ‘preeminente’, um dos principais expoentes da chamada “escola de análise econômica do direito”, que revolucionou vários campos da disciplina – da legislação antitruste ao direito penal

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Richard Posner e a tradição da análise econômica do Direito

Richard Allen Posner (Brooklyn, Nova York, 11 de janeiro de 1939), influente jurista e escritor, um intelectual público ‘preeminente’, não apenas por causa do grande número de menções na mídia e na universidade que seu nome recebe.

Desde os anos 70, Posner ocupa um lugar importante no pensamento jurídico americano. Ele é um dos principais expoentes da chamada “escola de análise econômica do direito”, que revolucionou vários campos da disciplina – da legislação antitruste ao direito penal.

A teoria de democracia de Posner inspira-se no trabalho do economista austríaco Joseph Schumpeter (1883-1950).

Nomeado em 1981 para um dos principais tribunais de recursos dos Estados Unidos pelo ex-presidente Ronald Reagan, ele se tornou também uma figura influente no Judiciário americano.

Tanto assim que, em 1999, acabou escolhido para servir de mediador num dos casos de maior repercussão pública dos últimos tempos: o processo de monopólio enfrentado pela Microsoft, a empresa gigante do bilionário Bill Gates.

Mas não é só no campo das leis que Posner exerce o direito de opinar. Sua bibliografia ostenta mais de trinta livros, sobre temas que vão da filosofia à literatura, do sexo à velhice, do caso Monica Lewinsky ao impasse na eleição presidencial de 2001, que elegeu o 43.º presidente nos Estados Unidos.

Seus adversários gostam de descrevê-lo como conservador, daqueles da direita brava. Posner prefere descrever-se como “libertário”, sem dúvida muito mais charmoso. A verdade é que se trata de um personagem difícil de classificar – uma boa palavra para descrevê-lo talvez seja mesmo iconoclasta.

O jurista americano publicou o polêmico livro “Public Intellectuals”, uma lista de quem é quem no mundo dos intelectuais públicos, provocando a maior polêmica por um detalhe fatídico: um de seus capítulos está recheado de listas. Uma delas traz os 100 intelectuais “mais preeminentes” nos Estados Unidos, segundo seu número de menções na mídia.

Outra organiza os nomes de acordo com as citações nas esferas acadêmicas. Recorrendo a categorias do pensamento econômico, ele procura descrever o mundo dos intelectuais públicos como se fosse um mercado. E um mercado que não funciona bem.

(Fonte: Veja, 13 de março de 2002 – ANO 35 – Nº 10 – Edição 1742 – Livros/ Por Carlos Graieb – Pág: 122/123)

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