Primeiro acidente de transito

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O primeiro acidente…
O Rio de Janeiro só conheceu o automóvel em 1897, graças ao abolicionista, José do Patrocínio, dono de um modelo francês, também a vapor. Se não foi pioneira na novidade, coube à capital federal registrar do primeiro acidente sobre quatro rodas do país.
A vítima ilustre foi o poeta Olavo Bilac, que resolveu tomar lições da “difícil arte de dirigir” com o amigo abolicionista. Na estrada velha da Tijuca, o poeta perdeu o controle do automóvel, “atropelou uma árvore” e espatifou seu veículo. Por sorte, a dupla escapou ilesa da colisão.
As primeiras leis de trânsito…
Em 1903, seis carros já circulavam pelas ruas da cidade de São Paulo. A prefeitura por sua vez, tornou obrigatória a inspeção dos veículos para fornecer uma placa de identificação que seria obrigatoriamente afixada na parte traseira do “carro”.
Com receio de uma evolução desenfreada, o visinário prefeito da época procurou regulamentar a velocidade desenvolvida por aquelas “máquinas malucas”. Em lugares e em situações de grande movimento de pedestres, liam-se placas com os dizeres: Nos lugares estreitos ou onde haja acumulação de pessoas, a velocidade será de um homem a passo. Em nenhum caso a velocidade poderá ultrapassar a 30 Km por hora.
Buracos e mais buracos…
Como visível mau humor, Henrique Santos-Dumont irritava-se ao transitar com seu automóvel pelas ruas esburacadas de São Paulo, já naquele ano de 1901. Resolveu, então, pedir ao prefeito Antônio Prado que o isentasse da recém instituída taxa de “automobiles” pois, não se justificava tal cobrança com as vias em estado deplorável…
(Muitos anos se passaram, mas algumas situações não mudam. Haja visto a situação das nossas rodovias estaduais e federais).
Dessa vez, quem se irritou foi a Prefeitura, que cassou sua licença. Por essa razão, Henrique perdeu a tão cobiçada placa P1, que foi parar no carro do conde Francisco Matarazzo. Ele, por sinal, gostou muito…Coisas da aristocracia da época.
Com os carros, vieram as corridas…
A primeira corrida automobilística do país aconteceu em São Paulo, no dia 26 de julho de 1908, organizada pelo recém-criado Automóvel Club da cidade. O circuito de Itapecerica da Serra tinha um percurso de 70 quilômetros, distribuía medalhas e objetos de arte aos melhores colocados e era dividido em categorias de acordo com a potencia dos motores: classe A (motocicletas); classe B (baratinhas e até 20cv); classe C (20 a 30cv); classe D (35 a 45cv) e classe E (acima de 45cv).
Para assistir à chegada da prova, uma multidão pagou 2 mil réis e se acotovelou nas proximidades do Parque Antarctica. Depois de 1 hora, 30 minutos e 5 segundos, com velocidade média de 50 km/h, o paulistano Silvio Penteado cruzou à frente dos adversários, a bordo de seu possante Fiat 40cv.

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