Primeira produção de TV estrangeira a ser exibida na China

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Rubens de Falco (1931-2008), nascido na capital paulista em 19 de outubro, iniciou sua carreira no teatro. Considerado um ícone da história da TV, o artista fez história na teledramaturgia brasileira. Em 1963 atuou na montagem original de “Os Ossos do Barão”. Mas foi nas novelas que seu talento ganhou destaque.
Especialistas em dramaturgia concordam que um bom vilão é responsável por metade do sucesso de uma peça e, Rubens de Falco foi o grande artífice do maior sucesso da história brasileira. Encarnando o vilão Leôncio Almeida, tornou a vida de Lucélia Santos um inferno digno de ser exportado para centenas de países desde 1976, quando estreou a primeira versão de Escrava Isaura.
Adaptada do romance de Bernardo Guimarães, Escrava Isaura abriu as portas para a teledramaturgia brasileira. Além de revelar o talento de Lucélia Santos, a obra de Gilberto Braga detêm números até hoje impressionantes. Foi a primeira produção de TV estrangeira a ser exibida na China, e um sucesso sem tamanho no leste europeu – a ponto de ser reprisada várias vezes na Rússia e na Polônia. O drama da escrava branca chegou a ser passado cinco vezes no Brasil. Graças, em boa parte, à interpretação irrepreensível de de Falco como um antagonista que se tornou uma referência em telenovela.
Fez sucesso também em outro folhetim de época. Em Sinhá Moça, de 1986, voltou a vestir botas e chapéu para viver o Coronel Ferreira. O autor da trama, Benedito Ruy Barbosa, não poupou elogios ao ator, considerando-o extremamente profissional e responsável. Também participou de Gabriela (1975) e A Sucessora (1978).
Apesar de ter conseguido projeção internacional atuando em novelas, começou sua carreira no teatro, nos anos 50, quando integrouo elenco de Ralé, de Gorki, pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Na sétima arte, seu primeiro filme foi Apassionata, de Fernando de Barros, de 1952. Em 1981, provou o gosto dos aplausos estrangeiros com o longa Pixote – A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, seu papel mais importante registrado em película. Seu último trabalho na tela grande ainda está inédito. Trata-se de Fim da Linha, de Gustavo Steinberg, comédia na qual vive um deputado que foge após ser premiado milhares de vezes na loteria. Morreu no dia 22 de fevereiro de 2008, aos 76 anos, em São Paulo, após sofrer uma parada cardíaca.

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