Pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil

0
Powered by Rock Convert

Pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil

MOTOR A ÁLCOOL PARA AVIAÇÃO
O uso do álcool como combustível já existia de forma experimental, inclusive em aviões. No Rio de Janeiro, em 1923, foi realizada uma corrida de automóveis movidos a álcool. Henry Ford projetou o seu Ford T para trabalhar com álcool. Os alemães irmãos Otto, criadores do motor a explosão, preferiam o álcool como combustível. Na Segunda Guerra Mundial, os japoneses o utilizaram nos aviões Zero e os alemães usavam o produzido a partir de batatas e beterrabas nas bombas V-2.

Urbano Ernesto Stumpf, pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil, iniciou estudos no (ITA), em 1950. Criador e incentivador do carro a álcool, cientista e pesquisador que deu ao Brasil a liderança mundial na área de energia renovável. Desde o começo de sua carreira, o Professor Stumpf abraçou uma idéia que marcou a sua vida: a viabilidade do álcool como combustível. Em 1951, no ITA, o Professor Stumpf deu início às pesquisas que culminaram no desenvolvimento do motor a álcool. Desde essa data, até 1980, quando a Fiat lançou o primeiro modelo de série movido a álcool combustível, o caminho foi árduo. O Professor Stumpf trabalhou incansavelmente como pesquisador; foram cerca de 30 mil horas de ensaios com quase todos os tipos de motores disponíveis, quanto como “relações públicas”, ministrando palestras no Brasil e no exterior, Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, França, Estados Unidos, somente na Áustria e Nova Zelândia fez 19 palestras, sempre a convite desses países, para convencer as pessoas da exeqüibilidade do projeto. Professor Urbano Ernesto Stumpf, o “Pai do Motor a Álcool no Brasil”, ilustre cientista brasileiro, realizou em prol da ciência e da tecnologia. Trinta anos após ter desenvolvido o motor a álcool para carros, o CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroesopacial), em São José dos Campos (SP), retomou pesquisas visando um novo sistema de motor a álcool para aviões, que serviu de base à Neiva, subsidiária da Embraer, desenvolver o mesmo modelo para o avião agrícola Ipanema, que foi certificado em 2004. O desenvolvimento do motor aeronaútico flex integra o projeto de conversão de motores iniciado em 2004 para a frota de 100 aeronaves de treinamento T-25, da FAB.

(Fonte: Especial Terra Viva – Ano 2 – Editora Lua – MAPA 150 anos de história – Pág; 39)
(Fonte: Silva, Ozires e FISCHETTI, Décio. Etanol – A Revolução Verde e Amarela)

Powered by Rock Convert
Share.