Participou na criação do primeiro Parque Nacional Marinho do país

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Ibsen de Gusmão Câmara (Rio de Janeiro, 19 de dezembro de 1923 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, 30 de julho de 2014), ambientalista, almirante que teve sua história de vida voltada às causas socioambientais, foi um dos pioneiros do ambientalismo nacional

Ibsen foi um dos mais significativos defensores do meio ambiente no Brasil. Com o olhar de quem veio do mar, ele lutou contra a caça de baleias no Brasil até conseguir proibi-la, o que permitiu que hoje populações de baleias jubate, por exemplo, estejam em processo de recuperação. Câmara também ajudou a criar diversas Unidades de Conservação, entre elas os Parque Nacionais de Fernando de Noronha e Abrolhos e a Reserva Biológica de Atol das Rocas. Recentemente era presidente honorário da Rede Pró-Unidades de Conservação e era membro do Conselho da Fundação Boticário.

O almirante presidiu a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza, participou do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e foi conselheiro de inúmeras organizações socioambientais. Ele também é considerado um dos fundadores do conservacionismo no Brasil.

Muito respeitado, ele liderou a campanha contra a caça de baleias no Brasil e também foi um grande defensor das Unidades de Conservação, com papel de destaque na criação de parques e reservas na Amazônia. A participação de Ibsen foi fundamental também na criação de Unidades de Conservação marinhas, como a Reserva Biológica Atol das Rocas, em 1979, o primeiro Parque Nacional Marinho do país.

 

Seu interesse e luta contra o desmatamento começou na juventude, quando comandou um flotilha de navios no rio Amazonas como militar da Marinha. Durante suas patrulhas pela região ele percebeu o avançado nível de desmatamento nas áreas por onde navegou. Desde então, passou a manter contato com organizações conservacionistas.

 

No livro “Água mole em pedra dura: dez histórias da luta pelo meio ambiente”, de 2006, Marcos Sá Corrêa conta a história do almirante, que atuou também por Abrolhos, em 1983, e por Fernando de Noronha. Em dezembro de 2013 ele recebeu do Ministério do Meio Ambiente uma homenagem especial por sua dedicação às causas ambientais.

Ibsen de Gusmão Câmara morreu em 30 de julho de 2014, no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca, em consequência a uma hematoma cerebral que sofreu após duas quedas.

O ambientalista André Ilha lamentou a morte do almirante:

– Ele era um dos dinossauros da conservação da natureza no país, junto com outros nomes como Alceo Magnanini, Adelmar Coimbra Filho, Vanderbilt Duarte de Barros e Maria Tereza Jorge Pádua, uma geração que foi muito justamente celebrada no livro “Saudades do Matão” por seu trabalho em prol da biodiversidade e dos ecossistemas brasileiros. A melhor forma de reconhecermos a sua importância é levar adiante as suas bandeiras com o máximo empenho.

A jornalista e ambientalista Paula Saldanha também acredita que o legado do almirante não deve ser esquecido.

– É triste a perda do almirante Ibsen, grande batalhador das causas ambientais em nosso país, durante décadas. Seu exemplo de ambientalista ficará, com certeza, para todos nós – comentou Paula.

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/rio-13444764#ixzz3953MnipL – RIO DE JANEIRO / por Paulo Roberto Araújo / Waleska Borges – 31/07/2014)

(Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2014/07/31 – BRASIL – São Paulo – 31/07/2014)

 

 

 

 

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