Cineasta Nelson Pereira dos Santos, diretor de ‘Vidas Secas’, era considerado um dos percussores do movimento do Cinema Novo.
O artista foi nome-chave do Cinema Novo
Um ícone do Cinema Novo
Nelson Pereira dos Santos (São Paulo, 22 de outubro de 1928 – Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018), cineasta paulista, diretor de cinema, foi um dos nomes importantes do Cinema Novo.
Um dos nomes mais importantes do cinema nacional, é diretor de mais de 20 filmes, entre eles clássicos como “Vidas Secas” (1963), baseado no livro de Graciliano Ramos; e “Rio 40 graus” (1955), considerada obra inspiradora do Cinema Novo.
Um dos principais expoentes do Cinema Novo, Nelson foi responsável por alguns dos filmes mais importantes da sétima arte nacional, como Rio, 40 Graus, Vidas Secas, Memórias do Cárcere (1984) e Rio, Zona Norte. Seus últimos trabalhos no cinema foram os documentários A Música Segundo Tom Jobim e A Luz do Tom, ambos lançados em 2012.
Vencedor do Prêmio FIPRESCI por Memórias do Cárcere e também do Prêmio OCIC, por Vidas Secas, ambos concedidos após participações no Festival de Cannes, Nelson marcou presença também no Festival de Berlim, onde competiu por quatro vezes ao Urso de Ouro, com Fome de Amor, Como Era Gostoso o Meu Francês, Tenda dos Milagres e A Terceira Margem do Rio. Ainda em Cannes, ele concorreu à Palma de Ouro por Vidas Secas, Azyllo Muito Louco e O Amuleto de Ogum.
O cineasta era considerado um dos percussores do movimento do Cinema Novo e autor do filme Vidas Secas. Nelson Pereira dos Santos foi diretor, produtor, roteirista, montador, ator e professor. Ele ocupava a sétima cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde 2006. O roteirista foi o primeiro cineasta brasileiro a se tornar membro da ABL, em reconhecimento à importância de seu trabalho como cineasta.
Diretor de filmes fundamentais da história do cinema brasileiro, como Rio, 40 graus (1955) e Vidas Secas (1963), ele realizou os últimos longas em 2012, os documentários musicais A Música Segundo Tom Jobim e A Luz do Tom. Além de dirigir, era também roteirista de seus filmes.
Nelson nasceu dia 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Formou-se advogado em 1952, na USP. A partir dos anos 1940, trabalhou como revisor e repórter de jornais como o “Diário da Noite” e “O Tempo”, em São Paulo.
Nos anos 1950, no Rio de Janeiro, trabalhou também no “Diário Carioca” e no “Jornal do Brasil”. Mais tarde, seria professor da Universidade Federal Fluminense, de cujo curso de graduação em cinema foi fundador.
Em 2006, Nelson foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na sucessão do diplomata Sergio Corrêa da Costa. Passou a frequentar a Casa de Machado com assiduidade. Atuava na programação cultural da instituição.
A seguir, alguns dos principais títulos em sua carreira:
Cinema
Rio 40 Graus – 1955
Rio Zona Norte – 1957
Boca De Ouro – 1962
Vidas Secas – 1963
El Justiceiro – 1966
Fome De Amor – 1967/8
Azyllo Muito Louco – 1969
Como Era Gostoso O Meu Francês – 1970
Quem É Beta? – 1972
Amuleto De Ogum – 1974
Tenda Dos Milagres – 1975/6
Estrada Da Vida – 1981
Memórias Do Cárcere – 1984
Jubiabá – 1987
A Terceira Margem Do Rio -1994
Cinema De Lágrimas – 1995
Meu Compadre Zé Ketti – 2001
Raízes Do Brasil – Uma Cinebiografia De Sergio Buarque De Hollanda – 2003
A Música Segundo Tom Jobim – 2011
A Luz Do Tom – 2013
Televisão
Mundo Mágico – 1983
Na Passarela Do Samba – 1984
A Música Segundo Tom Jobim – 1984
Capiba – 1984
Eu Sou O Samba – 1985
Bahia De Todos Os Santos – 1985
Casa Grande; Senzala – 2001/02
Português, A Língua Do Brasil
Nelson Pereira dos Santos, de 89 anos, morreu em 21 de abril de 2018 no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
“Ele estava ótimo, não estava doente. Foi internado com uma pneumonia, na semana passada, que cedeu. Estava lúcido, mas cansado. Morreu sem dor, uma morte tranquila, com toda a família reunida”, disse a publicitária Mila Chaseliov, sua neta.
(Fonte: http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2018/04 – Jornal do Brasil – CULTURA – 21/04/2018)
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE – NOTÍCIA / Por G1 Rio – 21/04/2018)
(Fonte: Correio do Povo – ANO 123 – Nº 205 – ARTE & AGENDA – 23/04/2018 – Pág: 15)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes – CULTURA / FILMES / POR O GLOBO – 21/04/2018)
(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/adorocinema – DIVERSÃO – CINEMA / ADORO CINEMA / Por Francisco Russo – 21/04/2018)