Nelson Pereira dos Santos, cineasta paulista, foi um dos nomes mais importantes do cinema nacional, é diretor de mais de 20 filmes, entre eles clássicos como “Vidas Secas” (1963), baseado no livro de Graciliano Ramos; e “Rio 40 graus” (1955), considerada obra inspiradora do Cinema Novo

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Cineasta Nelson Pereira dos Santos, diretor de ‘Vidas Secas’, era considerado um dos percussores do movimento do Cinema Novo.

 

 

Nelson Pereira dos Santos na década de 70 (Foto: José Paulo Lacerda/Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

O artista foi nome-chave do Cinema Novo

 

O cineasta brasileiro Nelson Pereira dos Santos, no Rio de Janeiro, na década de 70 (Foto: Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

Um ícone do Cinema Novo

Nelson Pereira dos Santos (São Paulo, 22 de outubro de 1928 – Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018), cineasta paulista, diretor de cinema, foi um dos nomes importantes do Cinema Novo.

Um dos nomes mais importantes do cinema nacional, é diretor de mais de 20 filmes, entre eles clássicos como “Vidas Secas” (1963), baseado no livro de Graciliano Ramos; e “Rio 40 graus” (1955), considerada obra inspiradora do Cinema Novo.

Um dos principais expoentes do Cinema Novo, Nelson foi responsável por alguns dos filmes mais importantes da sétima arte nacional, como Rio, 40 Graus, Vidas Secas,  Memórias do Cárcere (1984) e Rio, Zona Norte. Seus últimos trabalhos no cinema foram os documentários A Música Segundo Tom Jobim e A Luz do Tom, ambos lançados em 2012.

 

O cineasta Nelson Pereira dos Santos – (Foto: Camilla Maia / Infoglobo)

 

Vencedor do Prêmio FIPRESCI por  Memórias do Cárcere e também do Prêmio OCIC, por Vidas Secas, ambos concedidos após participações no Festival de Cannes, Nelson marcou presença também no Festival de Berlim, onde competiu por quatro vezes ao Urso de Ouro, com Fome de Amor, Como Era Gostoso o Meu Francês,  Tenda dos Milagres e A Terceira Margem do Rio. Ainda em Cannes, ele concorreu à Palma de Ouro por Vidas Secas, Azyllo Muito Louco e O Amuleto de Ogum.

O cineasta era considerado um dos percussores do movimento do Cinema Novo e autor do filme Vidas Secas. Nelson Pereira dos Santos foi diretor, produtor, roteirista, montador, ator e professor. Ele ocupava a sétima cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), desde 2006. O roteirista foi o primeiro cineasta brasileiro a se tornar membro da ABL, em reconhecimento à importância de seu trabalho como cineasta.

 

 

O cineasta Nelson Pereira dos Santos recebe espadim das mãos do senador José Sarney (e), ao tomar posse como membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), na sede da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Foto de julho de 2006 (Foto: Tasso Marcelo/Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

 

 

Diretor de filmes fundamentais da história do cinema brasileiro, como Rio, 40 graus (1955) e Vidas Secas (1963), ele realizou os últimos longas em 2012, os documentários musicais A Música Segundo Tom Jobim e A Luz do Tom. Além de dirigir, era também roteirista de seus filmes.

Nelson nasceu dia 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Formou-se advogado em 1952, na USP. A partir dos anos 1940, trabalhou como revisor e repórter de jornais como o “Diário da Noite” e “O Tempo”, em São Paulo.

Nos anos 1950, no Rio de Janeiro, trabalhou também no “Diário Carioca” e no “Jornal do Brasil”. Mais tarde, seria professor da Universidade Federal Fluminense, de cujo curso de graduação em cinema foi fundador.

Em 2006, Nelson foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, na sucessão do diplomata Sergio Corrêa da Costa. Passou a frequentar a Casa de Machado com assiduidade. Atuava na programação cultural da instituição.

 

 

Ana de Hollanda, irmã do cantor e compositor Chico Buarque, o cineasta Nelson Pereira dos Santos e a cantora Miucha, durante encontro na Petrobras, no centro do Rio de Janeiro. Foto de março de 2004 (Foto: Alaor Filho/Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

A seguir, alguns dos principais títulos em sua carreira:

 

Cinema

 

Rio 40 Graus – 1955

Rio Zona Norte – 1957

Boca De Ouro – 1962

Vidas Secas – 1963

El Justiceiro – 1966

Fome De Amor – 1967/8

Azyllo Muito Louco – 1969

Como Era Gostoso O Meu Francês – 1970

Quem É Beta? – 1972

Amuleto De Ogum – 1974

Tenda Dos Milagres – 1975/6

Estrada Da Vida – 1981

Memórias Do Cárcere – 1984

Jubiabá – 1987

A Terceira Margem Do Rio -1994

Cinema De Lágrimas – 1995

Meu Compadre Zé Ketti – 2001

Raízes Do Brasil – Uma Cinebiografia De Sergio Buarque De Hollanda – 2003

A Música Segundo Tom Jobim – 2011

A Luz Do Tom – 2013

Televisão

 

Mundo Mágico – 1983

Na Passarela Do Samba – 1984

A Música Segundo Tom Jobim – 1984

Capiba – 1984

Eu Sou O Samba – 1985

Bahia De Todos Os Santos – 1985

Casa Grande; Senzala – 2001/02

Português, A Língua Do Brasil

 

Nelson Pereira dos Santos, de 89 anos, morreu em 21 de abril de 2018 no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Ele estava ótimo, não estava doente. Foi internado com uma pneumonia, na semana passada, que cedeu. Estava lúcido, mas cansado. Morreu sem dor, uma morte tranquila, com toda a família reunida”, disse a publicitária Mila Chaseliov, sua neta.

(Fonte: http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2018/04 – Jornal do Brasil – CULTURA – 21/04/2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE – NOTÍCIA / Por G1 Rio – 21/04/2018)

(Fonte: Correio do Povo – ANO 123 – Nº 205 – ARTE & AGENDA – 23/04/2018 – Pág: 15)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes – CULTURA / FILMES / POR O GLOBO – 21/04/2018)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/adorocinema – DIVERSÃO – CINEMA / ADORO CINEMA / Por Francisco Russo – 21/04/2018)

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