Mário Rigatto, médico pneumologista gaúcho que foi um dos pioneiros na luta contra o tabagismo

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Médico Mário Rigatto, um dos precursores da luta contra o tabagismo no Brasil

 

Mário Rigatto (Porto Alegre (RS), 12 de janeiro de 1930 – Porto Alegre (RS), 17 de janeiro de 2000), médico pneumologista gaúcho que foi um dos pioneiros na luta contra o tabagismo, era professor titular de medicina interna na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

 

Rigatto era professor e vice-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde se destacou pela luta contra o fumo no Brasil.

 

Especialista na área cardiopulmonar, Rigatto era portador de amiloidase, uma doença cardíaca rara que o obrigou a se submeter a um transplante de coração.

 

Nasceu em 12 de janeiro de 1930, em Porto Alegre (RS). Filho de Arthur Rigatto e Anna Luiza Pillmann Rigatto.

 

Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, na chamada turma cinquentenária, em 1953. Pós-graduação em Fisiopatologia Cardiorrespiratória pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estagiou na Universidade de Cornell na área de Medicina Interna (1958) e, nos dois anos seguintes, na Universidade Columbia. Médico da 29ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

 

Sua carreira de pesquisador iniciou-se formalmente em 1960, com dedicação em tempo integral à vida universitária, tendo sido o primeiro da Faculdade de Medicina da UFRGS no ciclo clínico, através do Laboratório Cardiopulmonar da Santa Casa de Porto Alegre, patrocinado pela Fundação Rockfeller.

 

Em 1966, foi Professor-Visitante na Universidade de Londres (Hospital Hammersmith) e, a seguir, na Universidade de Estocolmo (Hospital Karolinska). Em 1991, foi Professor-Visitante nas Universidades de Pennsylvania (Hospital Pennsylvania), na Philadelphia e McMaster (Hospital McMaster), em Hamilton, Canadá.

 

Uma de suas obras mais importantes é o livro “Fisiopatologia da Circulação Pulmonar”, editado em 1973, e que apresenta reflexões importantes sobre corações acessórios.

 

Foi um dos introdutores da Residência Médica no Sul do Brasil em 1960, além de um ativista em favor da qualificação do ensino médico. A organização, em 1971, e a coordenação de 1972 a 1978 do Curso de Mestrado em Pneumologia da UFRGS, o primeiro curso de Pós-Graduação implantado na região Sul do Brasil, são serviços seus, sendo também Professor Responsável por cinco disciplinas nesse curso e de outras em outros cursos de pós-graduação.

 

Além disso, foi Vice-Reitor da UFRGS, em 1981. Sua atuação no campo da educação médica o levou a grandes alturas nacionais e internacionais.

 

Possui centenas de trabalhos publicados no país e no exterior entre artigos médicos, resumos, teses feitas ou orientadas, dois livros, capítulos de livros e ensaios. Fez mais de duas mil comunicações em congressos médicos nacionais ou internacionais de cunho científico ou médico-social.

 

Livre-Docente em 1961, e Professor Titular de Medicina Interna em 1986, aprovado com média 10.

 

Exerceu liderança na AMRIGS por inúmeras vezes, foi Presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul e Membro da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina. Fellow do American College of Physicians (USA) e da Medical Research Society. Exerceu também importantes cargos em órgãos ligados à Associação Médica Brasileira e à Sociedade Brasileira de Cardiologia. Fundador e primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, de 1978 a 1980, além de muitas outras atividades societárias nacionais e internacionais.

 

Sob a égide da AMRIGS, em1966, organizou a Primeira Campanha contra o Tabagismo no Brasil. Continuou sendo um dos líderes dessa luta no Estado, no país e na América do Sul. Outro tema de Saúde Pública que mereceu sua especial atenção foi a velhice, sobretudo a partir de 1980.

 

Membro de Comissões Organizadoras e Presidente de conclaves médicos de caráter estadual e nacional em dezenas de vezes. Fundador e Presidente do Conselho Superior da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Assessor Técnico do CNPq, da CAPES e do Ministério da Saúde.

 

Recebeu o Prêmio Nacional de Cardiologia (1968); de Ciências Médicas (1969) e, por duas vezes, o Prêmio Academia Nacional de Medicina (1966 e 1971). Foi agraciado com a Ordem do Mérito Médico, pelo Ministério da Saúde, em 1988. Obteve um Special Citation Award da American Cancer Society.

 

Mário Rigatto faleceu em 17 de janeiro de 2000, aos 71 anos, devido a problemas cardíacos, em Porto Alegre. Estava internado desde o dia 23 de dezembro no Instituto de Cardiologia de Porto Alegre, onde convalescia de um transplante de coração.

(Fonte: Academia Nacional de Medicina – Mario Rigatto – Cadeira No. 15)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/25/tributo – Edição 25 / TRIBUTO – 24 de janeiro de 2000)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano – FOLHA DE S.PAULO / COTIDIANO / da Agência Folha – São Paulo, 18 de Janeiro de 2000)

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