Jorge Oteiza, um dos escultores mais respeitados da Espanha

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Um dos escultores mais respeitados da Espanha

Jorge Oteiza

Jorge Oteiza

Jorge Oteiza (Orio, Guipúzcoa, 21 de outubro de 1908 – San Sebastian, Espanha, 9 de abril de 2003), artista foi considerado um dos grandes escultores espanhóis do século 20. O escultor basco, a quem o arquiteto americano Frank Ghery chamou de Picasso da escultura moderna. Considerado o pai da escultura abstrata basca, a obra de Oteiza se caracteriza por suas formas largas e angulares. Uma de suas esculturas figurativas mais admiradas é a da basílica de Aranzazu, no norte da Espanha.

Oteiza provocou um grande impacto no mundo artístico entre as décadas de 1940 e 50. Depois de estudar e fazer seus primeiros trabalhos na Espanha, Oteiza viveu de 1935 a 1948 na Argentina, onde deu aulas na Escola Nacional de Cerâmica. Mais tarde, ele também deu aulas em Bogotá. 

De passagem pelo Brasil em 1957, quando conheceu Franz Weissmann, o artista recebeu o Grande Prêmio Internacional de Escultura da 4a. Bienal de São Paulo. Ele venceu o Concurso Internacional de Escultura de Montevidéu em 1969 e o prêmio da 11ª Trienal de Milão, em 1951.

Visto por muitos como o patriarca da arte basca, ao lado de Eduardo Chillida (que também morreu recentemente), Oteiza nasceu no povoado basco em Orio, Guipúzcoa, em outubro de 1908.

Rebelde, prolífico e donos de múltiplos talentos, Oteiza doou seus trabalhos à região de Navarra, onde em 1996 foi criada a fundação que hoje leva seu nome, com sede em Alzuza, cidade na qual está exposta praticamente toda sua obra.

Com Eduardo Chillida (1924-2002), Oteiza era considerado um dos grandes artistas espanhóis do século 20. Foram suas esculturas em pedra que tematizavam o espaço, o tempo, Deus e o fluir da vida que o fizeram conhecido também nos EUA, Argentina e Chile. O escultor também escrevia versos e costumava dizer que “os artistas são mortos que tentam voltar à vida pela poesia”.

Ultrapassando nossas fronteiras, Oteiza e sua obra influíram sobre as vanguardas artísticas da segunda metade do século, valendo a ele a reputação de artista engajado com a experimentação e o papel transformador da arte na sociedade.

Nos últimos anos de sua trajetória, o trabalho do escultor se aproximou da arquitetura. Mas ele começou por adotar as normas dos construtivistas russos. Entre suas obras mais representativas figuram “La ola”, que está no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, e “Piedad”, instalada numa rua de San Sebastián. A Fundação Príncipe de Astúrias, que concedeu seu prêmio a Oteiza em 1988, lamentou a morte de “um artista singular”, fiel à linguagem de vanguarda.

“Por sua escultura, seus ensaios de arte, estética e antropologia, sua obra poética e sua busca constante por novas perspectivas para a integração e a redefinição das artes, a vida de Oteiza é um exemplo de paixão criativa”, assinalou a fundação, em comunicado à imprensa. Além do Príncipe de Astúrias, Oteiza recebeu vários outros prêmios, entre eles a Medalha de Ouro das Belas Artes, em 1988. 

Jorge Oteiza morreu em 9 de abril de 2003, aos 94 anos numa clínica de San Sebastián, de pneumonia. Ele sofria de problemas respiratórios graves e, antes de morrer, entrou em coma.

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – 20030409p3551 – CULTURA – AGENCIA ESTADO – 9 de abril de 2003)

(Fonte: http://www.24horasnews.com.br/esportes – Reuters – 09/04/2003)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1004200324 – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA – PANORÂMICA – ARTES PLÁSTICAS – 10 de abril de 2003)

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