Jorge Brito, empresário e banqueiro, foi fundador do Banco Macro e um dos homens mais ricos da Argentina

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Banqueiro mais poderoso da Argentina

 

 

Jorge Horacio Brito (Buenos Aires, 23 de julho de 1952 – província de Salta, no norte da Argentina, em 20 de novembro de 2020), empresário e banqueiro, foi fundador do Banco Macro e um dos homens mais ricos da Argentina.

 

Brito, começou no mundo das finanças nos anos setenta, quando criou a empresa Hamburgo junto com o cunhado Delfín Jorge Ezequiel Carballo, com um investimento inicial de 10.000 dólares. Uma década depois, fundou o Banco Macro, que presidiu durante três décadas e o catapultou à elite financeira do país sul-americano.

 

A expansão do Banco Macro começou durante a presidência de Carlos Menem (1989-1999) com a compra de bancos regionais e se acelerou depois da crise do corralito. Entre 2003 e 2016 Brito ocupou a presidência da Associação de Bancos Privados de Capital Argentinos (ADEBA) e também esteve à frente da Federação Latino-Americana de Bancos (FELABAN) entre 2012 e 2014.

 

Considerado o banqueiro mais influente da Argentina, Brito liderava o lobby empresarial contra o imposto sobre as grandes fortunas, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados esta semana e será tratado no Senado na próxima. “Só criará uma rebelião fiscal como nunca se viu e possivelmente não arrecadará nada ou pouco e apenas midiatizará novamente uma guerra entre o Governo e os empresários”, disse em entrevista ao portal Infobae.

 

Apesar de sua rejeição ao imposto extraordinário criado pelo Governo de Alberto Fernández, o banqueiro manteve laços estreitos com o kirchnerismo durante anos. Entre 2003 e 2015, sob os mandatos de Néstor Kirchner e Cristina Fernández, os lucros do Banco Macro foram superiores a 600%.

 

Apesar de sua rejeição do imposto extraordinário criado pelo governo de Alberto Fernández, o banqueiro manteve laços estreitos com o kirchnerismo durante anos. Entre 2003 e 2015, sob os mandatos de Néstor Kirchner e Cristina Fernández, os lucros do Banco Macro multiplicaram-se por seis, até se tornar a maior instituição financeira privada de capital nacional do país. Brito optou por uma rede de clientes de baixa e média renda, até então negligenciada pela maioria das empresas privadas.

 

“O capital mais covarde é o dos grandes investidores, por isso com a crise mexicana [1995] perdemos 82% dos depósitos. Nos tornamos uma entidade de varejo com uma estratégia diferente da que os bancos na Argentina tinham até aquele momento. Colocamos todo o nosso interesse no interior do país e no atendimento aos clientes dos setores médio, baixo e PMEs “, disse Brito em entrevista ao EL PAÍS em 2016.

 

Sua rede financeira cresceu especialmente nas províncias do norte da Argentina, como Salta, Jujuy e Tucumán, onde adquiriu bancos que não resistiram ao impacto do “efeito tequila”. A presença da Macro no varejo até superou a dos bancos públicos em algumas dessas regiões.

 

Com a consolidação do banco, Brito se aventurou em outros negócios, com importantes investimentos nos setores agrícola e de energia. Em 2006, o Banco Macro pousou em Wall Street. Onze anos depois, sua avaliação atingiu 10 bilhões de dólares. Desde então, em decorrência da crise financeira iniciada durante o governo de Mauricio Macri e da declaração de inadimplemento da dívida externa, o valor atual do Macro foi reduzido para 1,8 bilhão.

 

Segundo vazamentos do WikiLeaks divulgados pelo jornal argentino La Nación em 2011, diplomatas norte-americanos em Buenos Aires consideravam Brito o “banqueiro de Kirchner” e um dos principais assessores financeiros da Casa Rosada. O triunfo de Mauricio Macri em 2015 o afastou da linha de frente, mas sem perder influência. Brito sempre manteve laços estreitos com líderes políticos de todos os partidos, bem como com poderosos sindicalistas e lideranças sociais. De acordo com o último ranking da revista Forbes, os ativos do banqueiro em 2019 totalizaram 360 milhões de dólares.

Jorge Brito faleceu em 20 de novembro, aos 68 anos em um acidente de helicóptero na província de Salta, no norte do país. O aparelho, no qual viajavam Brito e o piloto, caiu na represa de Cabra Corral, cerca de 70 quilômetros ao sul da capital da província.

Fontes da Segurança provincial afirmaram que o acidente aconteceu quando o helicóptero bateu em um cabo de metal usado para tirolesa. Horas antes Brito havia almoçado com o governador da província, Gustavo Sáenz, e se dirigia para a cidade de Joaquín V. González, onde tem propriedades, segundo a imprensa local.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios – DINHEIRO / ECONOMIA E NEGÓCIOS / por Mar Centenera ,Federico Rivas Molina – 20/11/2020)

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