Hélio Eichbauer, foi um dos maiores cenógrafos do Brasil, produzia cenários para espetáculos teatrais e shows

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Um dos mais importantes de sua área, Eichbauer produzia cenários para espetáculos teatrais e shows

 

Hélio Eichbauer

O cenógrafo Helio Eichbauer – (Ricardo Moraes/Folhapress)

 

 

Hélio Eichbauer, importante cenógrafo da MPB

 

 

Capa do álbum ‘Estrangeiro’ (1989), de Caetano Veloso (Foto: Arte de Helio Eichabuer)

 

 

Hélio assinou as cenografias dos shows “Ofertório”, de Caetano com os filhos, e “Caravanas”, de Chico

 

Cenógrafo deixa marca modernista na música do Brasil ao sair de cena

 

Hélio Eichbauer (Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1941 – Rio de Janeiro, 21 de julho de 2018), cenógrafo de ‘O Rei da Vela’, artista, de extrema importância e contribuição com seus cenários para a cultura brasileira.

 

Medalha de ouro na Quadrienal de Praga, o maior evento da cenografia mundial, e pupilo do checo Josef Svoboda, Eichbauer deixou o curso de filosofia na Faculdade Nacional e embarcou para a então Checoslováquia para estudar cenografia no ateliê do novo mestre.

Por quatro anos construiu maquetes, fez exercícios de composição gráfica, desenho e escultura, criou repertório até estrear profissionalmente e passar por França, Itália e Alemanha, no Berliner Ensemble, de Brecht, e voltar ao Brasil para consolidar sua carreira no teatro, cinema e música.

 

Hélio era professor de cenografia da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. São dele as cenografias dos shows “Ofertório”, de Caetano com os filhos, e “Caravanas”, de Chico. Também trabalhou com outros nomes como Gal Costa, Marisa Monte Diogo Nogueira e Adriana Calcanhoto. Eichbauer era casado com Dedé Gadelha Veloso, primeira esposa de Caetano e mãe de Moreno Veloso.

 

Um dos mais importantes cenógrafos do Brasil, Eichbauer foi responsável, dentre outras produção, pelo cenário da montagem histórica de 1967 do Teatro Oficina para O Rei da Vela, peça de Oswald de Andrade. Quando a peça reestreou, em 2017, foi ele que reconstruiu os cenários da primeira versão.

 

O criador da visualidade de O Rei da Vela, de 1967, tem reconhecida contribuição na arte brasileira e na parceria com artistas como Glauber Rocha, Zé Celso, Caetano Veloso e Chico Buarque.

 

Medalha de ouro na Quadrienal de Praga, o maior evento da cenografia mundial, e pupilo do checo Josef Svoboda, Eichbauer deixou o curso de filosofia na Faculdade Nacional e embarcou para a então Checoslováquia para estudar cenografia no ateliê do novo mestre.

Por quatro anos construiu maquetes, fez exercícios de composição gráfica, desenho e escultura, criou repertório até estrear profissionalmente e passar por França, Itália e Alemanha, no Berliner Ensemble, de Brecht, e voltar ao Brasil para consolidar sua carreira no teatro, cinema e música.

 

 

Hélio Eichbauer em sua exposição no Centro Cultural dos Correios, no centro do Rio de Janeiro, em 2006, para comemorar seus 40 anos de carreira. Ele posa com um fundo que foi do show “O Estrangeiro”, de Caetano Veloso, nos anos 80, baseado no cenário que ele havia feito para a peça “O Rei da Vela”, nos anos 60. (Foto: Alaor Filho / Estadão Conteúdo)

 

 

Hélio Eichbauer em sua exposição no Centro Cultural dos Correios, no centro do Rio de Janeiro, em 2006, para comemorar seus 40 anos de carreira. Ele posa com um fundo que foi do show “O Estrangeiro”, de Caetano Veloso, nos anos 80, baseado no cenário que ele havia feito para a peça “O Rei da Vela”, nos anos 60.

 

 

Trajetória

 

Nascido no Rio em 1941, Helio estudou e trabalhou pelo mundo antes de voltar para deixar sua marca na arte brasileira. No início dos anos 60, morou em Praga, na atual República Tcheca, onde foi orientado por Josef Svodoba, referência da cenografia mundial.

 

Depois, ele estagiou na Berliner Ensemble e na Ópera de Berlim, e fez outros trabalhos na França e na Itália e em Cuba.

Além do Teatro Oficina, ele fez cenários de teatro do Grupo Opinião e outras montagens marcantes como “Os Veranistas”, do diretor Sergio Britto, em 1978 e “Calabar” (1980), de Chico Buarque e Ruy Guerra.

Ele também teve trabalho importante no cinema, em filmes como “Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, de Glauber Rocha.

Entre os outros filmes em que ele trabalhou estão “Tudo Bem”, de Arnaldo Jabor, “O Homem do Pau-Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade, “Gabriela”, de Bruno Barreto e “Kuarup”, de Ruy Guerra.

Na música, além de Chico e Caetano, ele colaborou com artistas como Gal Costa e Marisa Monte.

Helio era professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Berlim e Cuba

 

Eichbauer foi um dos principais renovadores da cenografia moderna no Brasil. Em vez de descrições ou ilustrações, ele usava da metáfora e da livre interpretação em seus projetos. Segundo o crítico Sábato Magaldi (1927-2016), sua cenografia “não cria apenas um ambiente, mas funciona como um órgão vivo, que projeta, ilustra e até contradiz a ação dramática.

 

Ele estudou cenografia e arquitetura cênica em Praga, de 1962 a 1966, sob orientação de Josef Svoboda, então um dos maiores profissionais da área do mundo. Eichbauer depois estagiou no Berline Esemble e na Ópera de Berlim, além de trabalhar na França e na Itália.

 

Em Cuba, em 1967, trabalha com o célebre diretor Vicente Revuelta no Teatro Studio de Havana. É em parte nessa experiência que ele se inspirou na cenografia de O Rei da Vela.

 

Também participou de filmes como “Tudo Bem” (1928), de Arnaldo Jabor, “Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” (1969), de Glauber Rocha, e “Kuarup” (1989), de Ruy Guerra.

 

Por contribuição ao longo de 50 anos pela renovação da cenografia teatral brasileira, ele foi o grande homenageado da edição de 2017 do Prêmio Shell no Rio de Janeiro.

Além do trabalho no teatro, Eichbauer produzia cenários para shows e tinha como parceiros Chico Buarque e Caetano Veloso.

O cenógrafo Hélio Eichbauer morreu em 21 de julho de 2018, aos 76 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um enfarte.

(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.149 – 25 de julho de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 35)

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2535 – ENTRETENIMENTO – CULTURA / Por Estadão Conteúdo – 21/07/18)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/07 – ARTES CÊNICAS – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – ILUSTRADA – 21/07/2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/07/22 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / Por G1 Rio – 

 

 

 

 

 

 

 

Não por acaso, os atuais shows dos cantores Caetano Veloso (Ofertório, apresentado desde outubro de 2017 com os filhos Moreno Veloso, Tom Veloso e Zeca Veloso) e Chico Buarque (Caravanas, em turnê nacional desde dezembro) têm cenários criados por Eichbauer,

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