Gérson de Abreu, ator e apresentador que na TV, afinava com o público infanto-juvenil (“Bambalalão” e “X-Tudo”)

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Gérson Ribeiro de Abreu Júnior (Iguape, 11 de agosto de 1964 – Iguape, 18 de julho de 2002), ator e apresentador. Entre seus trabalhos destacam-se o programa de tevê X-Tudo, exibido pela TV Cultura de 1991 a 1994, e as peças Almanaque Brasil Acordes Celestinos.

Abreu somava 20 anos de carreira. Fez parte da geração de comediantes que surgiu na cena paulista nos anos 80. Na TV, afinava com o público infanto-juvenil (“Bambalalão” e “X-Tudo”). Seu último trabalho na TV foi em “Aquarela do Brasil” (Globo).

Irreverente, o ex-vendedor de móveis teve sua primeira aparição na TV no extinto É Proibido Colar, na Cultura. Ele se destacou na plateia e acabou chamando a atenção da direção da emissora, que o convidou para trabalhar na casa, como repórter do programa Tempo de Verão. Depois veio o Caleidoscópio e também Sábado Vivo.
Pai de três filhos, Théo, de 7 anos, Paula, de 8, e Fernanda, de 11, ele encontrou, justamente com as crianças, a sintonia perfeita de sua carreira na TV. No terreno infantil começou manipulando bonecos no Bambalalão, da Cultura, onde permaneceu por 6 anos. Mas foi o X- Tudo, entre 1991 e 1994, que lhe deu espaço e reconhecimento na TV. Contracenando com bonecos, Gerson ensinava experiências e receitas à criançada, sempre com bom humor e muita paciência.
A paixão pelo universo infantil fez o ator cursar faculdade de pedagogia e psicologia. Costumava brincar que trabalharia para as crianças até quando perdesse o ritmo delas – “Tenho medo de virar o tio babaca da TV”, dizia. Em abril de 1995, foi parar na Record, estrelando o infantil Agente G. Foram dois anos no comando de um programa infantil de qualidade.
Em 98, na mesma Record, fez Vila Esperança. Ele era o Ti Du, o proprietário de uma mercearia e que gostava de falar de cinema, teatro, fotografia e literatura. Por falta de patrocínio, o programa encerrou carreira após um ano e meio de exibição.
Fissurado por TV, o ator tinha um projeto de um novo programa, o Condomínio da Alegria, que estava sendo negociado com a TV a cabo. Teatro – Decidido a interpretar o cantor Vicente Celestino, na peça Acorde Celestinos, de Carlos Alberto Soffredini, o ator paulista chegou a se internar no spa Sorocaba. Estava disposto a emagrecer 50 quilos dos seus atuais 150.
Um de seu maiores sucessos nos palcos foi Almanaque Brasil, em 94, em que revivia a era de ouro do rádio no Brasil. A última peça de Gerson foi Gato Preto, com Rosi Campos, que esteve em cartaz até junho e tinha a previsão de voltar em agosto. A comédia musical recriava o clima dos cabarés do fim do século 19 e início do 20, com roteiro do próprio grupo. O sucesso com musicais lhe rendeu um papel de radialista na minissérie Aquarela do Brasil, na TV Globo.

O diretor Fernando Gomes, de Ilha Rá-Tim-Bum, era amigo de Gerson de Abreu desde 1986 e contracenou com o ator em Bambalalão e X-Tudo. “Trabalhar com ele sempre foi muito divertido”, disse. “Com ele, não havia mau humor nem cansaço. Era tudo muito fácil.”

Gerson de Abreu, morreu em 18 de julho de 2002, na cidade de Iguape, no litoral de São Paulo, vítima de um enfarte.

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/157/aconteceu – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 29/07/2002)

(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL / CULTURA  / Por Agencia Estado18 Julho 2002)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO / ILUSTRADA / PERSONALIDADE /DA REPORTAGEM LOCAL – São Paulo, 19 de julho de 2002)

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Gérson de Abreu começou sua carreira na TV Cultura. A sua primeira participação foi em 1982. A escola em que o ator estudava participou do programa É Proibido Colar, apresentado por Antonio Fagundes e Clarice Abujamra. Ele interpretou um cozinheiro e foi tão bem que a emissora o convidou para fazer um teste na emissora.

Dois anos depois, quando estava com dezoito anos, foi contratado como repórter do programa Tempo de Verão. Em seguida, apresentou vários programas da emissora. Caleidoscópio, Bambalalão e Som Pop, entre outros. Em 1992 estreou o programa infanto-juvenil X-Tudo, programa que revelou o seu enorme talento de se comunicar com as crianças.

O gordo, como era chamado por todos, se orgulhava muito em divertir e ensinar “sem precisar vender sandalinhas e e queijinhos.” Depois de dois anos de muito prestígio e audiência com o programa X-Tudo foi para a Record apresentar o programa Agente G (1995) e Vila Esperança (1998).

Com formação no Teatro-Escola Helena, Gérson de Abreu atuou nas peças do GrupoOrnitorrinco (Ubu-Rei, Teledeum). Em 1993, com o Grupo Circo Grafitti apresentou a peça Almanaque Brasil, ao lado de Rosi Campos, Helen Helene e Roney Facchini. Outras grandes atuações: a peça Você Vai Ver o que Você Vai Ver, com direção de Gabriel Villella e Aquarela do Brasil, Rede Globo.

Sua última peça em cartaz, apresentada até final de março, foi Gato Preto, apresentada no TUSP. O ator estava viajando com a peça pelo Brasil e, neste próximo final de semana, o ator e Rosi Campos se apresentariam em Santos (SP).

(Fonte: https://www.terra.com.br/exclusivo/noticias – EXCLUSIVO / NOTÍCIAS – gente & tv – 18 de julho de 2002)

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