Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto, escritor influente e que ganhou o Prêmio Nobel da Paz na década de 1980

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Elie Wiesel, sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz

Elie Wiesel (Foto: Reuters / Gary Cameron)

Elie Wiesel (Foto: Reuters / Gary Cameron)

Também escritor, Wiesel, foi vencedor do Nobel em 1986.

Elie Wiesel (Sighet, Romênia, 30 de setembro de 1928 – Nova Iorque, 2 de julho de 2016), sobrevivente do Holocausto, que se tornou um escritor influente e que ganhou o Prêmio Nobel da Paz na década de 1980

Wiesel era um dos escritores judeus mais conhecidos e um defensor da memória do Holocausto, através da educação.

Eliezer Wiesel, autor de mais de 30 ensaios e romances, nasceu, a 30 de setembro de 1928, na localidade húngara de Sighet, atual Romênia, mas é cidadão norte-americano desde 1963.

Wiesel escreveu muito durante o seu cativeiro nos campos de concentração nazistas e, em 1986, foi premiado com o Prêmio Nobel da Paz.

Wiesel e sua família foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz em 1944, quando a Hungria foi invadida pela Alemanha. Sua mãe e sua irmã mais nova foram mortas nas câmaras de gás, enquanto Elie foi mandado para outro campo, de Buchenwald, junto com seu pai, que acabou morrendo de fome.

Considerado “um filho do genocídio”, Elie tinha 15 anos quando foi deportado, juntamente com sua família, para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, onde morreram a mãe e a irmã mais nova. Posteriormente, esteve no campo de Buchenwald, no leste da Alemanha, onde morreu o pai.

Quando terminou a II Guerra Mundial (1939-1945), foi estudar para a Universidade de Paris, tendo chegado a trabalhar como jornalista. A partir de 1976, deu aulas na Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

Defensor dos direitos humanos, Wiesel denunciou o racismo e a violência em todo o mundo.

Entre as suas publicações mais conhecidas encontra-se “Trilogia da Noite”, que escreveu a propósito das suas experiências nos campos de concentração, e que inclui “Noite” (1958), “Amanhecer” (1960) e “Dia” (1961).

Aos 17 anos, Wiesel foi retirado com vida do local por soldados americanos. Ele e duas irmãs mais velhas sobreviveram e, uma vez libertados do campo de Buchenwald, foram a Paris estudar na Universidade de Sorbona. Depois de formado, atuou algum tempo como jornalista.

Além do Nobel da Paz, Elie Wiesel foi agraciado com a Medalha Presidencial da Liberdade, concedida pelo Presidente dos EUA, com a Medalha de Ouro do Congresso norte-americano e com a Grã-Cruz da Ordem Nacional da Legião de Honra francesa.

Com a sua mulher, Marion Rose, criou a Fundação Elie Wiesel para a Humanidade.

Seus trabalhos em defesa do povo judeu e do Estado de Israel o tornaram merecedor de reconhecimento neste país, que em 2014 ventilou a possibilidade de lhe oferecer o cargo de chefe do Estado israelense, convite que, aparentemente, ele recusou.

Em maio de 2014, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanhayu, propôs o seu nome para suceder a Shimon Peres como Presidente do Estado de Israel, mas Wiesel não tinha nacionalidade israelita para poder ocupar o cargo.

Amigo do ex-Presidente francês François Mitterrand, escreveu as memórias deste, em 1995, sob o título “Memória a duas vozes”.

Elie Wiesel morreu em 2 de julho de 2016 aos 87 anos, na sua residência em Nova Iorque.

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/07 – MUNDO – Do G1, com agências internacionais – 02/07/2016)

(Fonte: http://www.jn.pt/mundo – JORNAL DE NOTÍCIAS – MUNDO – 2 Julho 2016)

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