Executiva se torna primeira mulher na diretoria de BC japonês em 138 anos
Tokiko Shimizu conseguiu um feito histórico ao ser nomeada em 11 de maio para a direção executiva do Banco Central japonês. Ao assumir a função, a profissional de 55 anos se torna a primeira mulher a ocupar um cargo na diretoria do Banco do Japão em seus 138 anos de história. Tokiko está na instituição desde 1987.
A indicação da executiva faz parte de uma ampla reforma institucional promovida no banco. A nomeação de Tokiko, que agora fará parte de uma equipe de seis executivos responsáveis pela administração das operações diárias, vai de encontro com a necessidade de ter mais mulheres nos cargos principais da instituição.
O Banco do Japão tem quase metade do seu corpo de funcionários formada por mulheres, que representam 47% do total. No entanto, apenas 13% dos cargos de gerência são ocupados por elas. A presença feminina em áreas importantes, como especialistas em assuntos jurídicos e sistemas de pagamento e notas bancárias também é baixa, de apenas 20%.
A trajetória de mais de 30 anos de Tokiko no banco foi marcada mais recentemente por ser a gerente geral da Europa e representante da instituição em Londres, entre 2016 e 2018. Antes, a executiva já havia ocupado cargos no departamento de mercados financeiros e em operações de câmbio.
A pouca representatividade feminina nos cargos de direção não é exclusividade do Banco Central japonês no país oriental. Recentemente, o número crescente de japonesas que completam o ensino superior tem ajudado a mudar esse cenário de poucas oportunidades em cargos importantes para mulheres.
O Japão é o país com maior desigualdade de gênero entre as nações do G7, que reúne os sete países mais industrializados do mundo. Já segundo dados do Banco Mundial, o país nipônico aparece em 121 num ranking com 153 nações sobre desigualdade de gênero, em que as posições mais altas são das nações com menor diferença.
Ainda na comparação internacional, a nomeação da Tokiko é significativa porque o Banco do Japão nunca tinha tido uma mulher entre os seus líderes, diferente do Banco Central dos Estados Unidos e da Europa, por exemplo.
(Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/05/11 – UNIVERSA / CARREIRA E FINANÇAS / De Universa, em São Paulo – 11/05/2020)
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