Artistas famosos em peças famosas.

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Adolph Zukor (Riose, Húngria, 7 de janeiro de 1873 – 10 de junho de 1976), magnata e pioneiro do cinema. Fundou em maio de 1912 os estúdios da Paramount Pictures, um dos principais estúdios de cinema do mundo.
Seria difícil esquecê-lo pelo menos por dois motivos: foi Zukor quem fundou a Paramount e, e ele foi dos grandes pioneiros da indústria cinematográfica, o primeiro a chegar aos 100 anos.
Filho de judeus pobres (nasceu na pequena cidade húngara de Riose, a 7 de janeiro de 1873), Zukor emigrou para os Estados Unidos aos quinze anos com 40 dólares escondidos no colete. Estabeleceu-se como peleteiro em Nova York e, em quatro anos, ficou rico e descobriu o show business – mais exatamente a indústria das Penny Arcades (Galerias de Vintém). Associado a outro comerciante de peles, Marcus Loew, investiu o que tinha nessas salas de espetáculo, criando uma rede poderosa de galerias em Newark, Filadélfia e Boston. Em pouco tempo deixou seu nome gravado na história do cinema. Graças à sua teimosia, os americanos descobriram que o futuro da indústria estava nas produções de longa duração e nos elencos lotados de grandes atores. Para mostrar como o público reagiria bem aos filmes com mais de um rolo. Adolph Zukor importou e distribuiu “La Reine Elizabeth”, filmado em quatro rolos, com Sarah Bernhardt.
Para provar que um bom elenco era fundamental, fundou, em 1912, uma produtora, a Famous Players, cujo slogan dizia “Artistas famosos em peças famosas”. Quatro anos mais tarde, aliou-se a Jesse L. Lasky, Samuel Goldwin (outro pioneiro) e Cecil B. de Mille, formando o que seria o embrião da Paramount Pictures, estúdio onde, ao longo de cinco décadas, lançou astros como Mary Pickford, Tyrone Power, Mae West, Clara Bow, Gary Cooper, Gloria Swanson, Pola Negri.
Peripatético, autoritário e baixinho, Zukor foi comparado diversas vezes a Napoleão. Em seus tempos de atividade, como chefão do estúdio, fazia a vigilância dos palcos de filmagens todas as manhãs, pensando, anadando e falando sozinho. Caminhava a passos miúdos, sem fazer barulho, como se receasse perturbar os outros. Quando uma estrela se aproximava para cumprimentá-lo, ele sorria e dizia: “Agora volte ao trabalho”. Nos últimos anos, Zukor viveu em Nova York, afastado da indústria e das salas de projeção – “Minha vista está ruim e não posso mais ir ao cinema”.
(Fonte: Veja, 17 de janeiro de 1973 – Edição n° 228 – DATAS – Pág; 12/13)

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