Aloysio Faria, fundador do Banco Real e liderava o Conglomerado Alfa, era integrante mais antigo da lista Forbes

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Aloysio de Andrade Faria, fundador do Banco Real – o Real foi, por exemplo, a primeira instituição financeira brasileira a abrir uma agência na 5ª Avenida, em Nova York.

Banqueiro modernizou setor financeiro, também liderava o Conglomerado Alfa, com empresas de diversos setores

Segundo Conglomerado Alfa, do qual era acionista controlador, ele era integrante mais antigo da lista Forbes.

 

Aloysio de Andrade Faria (Belo Horizonte, 9 de novembro de 1920 – Jaguariúna (SP), 15 de setembro de 2020), banqueiro fundador do Banco Real e dono do Banco Alfa, do Conglomerado Alfa, do qual ele era acionista controlador, ele era o integrante mais antigo da lista Forbes de mais ricos do país e tinha patrimônio estimado em R$ 8,32 bilhões, segundo ranking publicado pela revista.

O empresário foi controlador do Banco Real até os anos 1990 e fundou o Conglomerado Alfa, que tem empresas nos ramos financeiro, hoteleiro, alimentício, agronegócio, aéreo e de mídia. No mundo dos negócios, era considerado um homem discreto. O comportamento lhe rendeu o apelido de “banqueiro invisível”. Médico gastroenterologista de formação, herdou aos 28 anos o Banco da Lavoura, fundado em 1925 pelo pai, Clemente Faria, junto com o irmão Gilberto Faria. Aloysio dirigiu a instituição a partir dos anos 1940. Em 1972, o banco passou a se chamar Real.

Durante o período em que Faria comandou o Banco Real, a instituição financeira se tornou a quarta maior do segmento no país. Em 1998, o banqueiro vendeu o Real ao holandês ABN Anro por cerca de US$ 2,1 bilhões. O banco foi incorporado pelo Santander em 2007.

Proprietário de um império financeiro formado pelo Banco Alfa, Banco Alfa de Investimentos, Alfa Seguradora e Alfa Previdência, o bilionário mineiro, que aparece na 55ª posição dos homens mais ricos do país do ranking de 2020 da Forbes, também tinha negócios em hotelaria, comunicação, alimentos, materiais de construção, água mineral e agronegócio.

O conglomerado é um grupo composto por empresas atuantes em diversos segmentos corporativos, como o financeiro, agronegócios, alimentos, materiais de construção, comunicação e cultura, indústria de couros e hoteleiro.

Aloysio herdou de seu pai o Banco das Lavoura de Minas Gerais. Posteriormente, transformou a instituição no Banco Real, que foi vendido para o ABN Amro em 1998. Na sequência, o banco foi comprado pelo Santander.

Aloysio de Andrade Faria foi fundador e dono do Grupo Alfa, conglomerado que atua nos segmentos: financeiro, agronegócios, alimentos, materiais de construção, comunicação e cultura. No geral suas empresas frequentam o mercado primário da bolsa de valores. Aloysio também foi conhecido por ser o fundador do Banco Real, instituição financeira que foi conhecida como uma das maiores do Brasil.

O Banco Real teve como seu embrião o Banco da Lavoura de Minas Gerais, organização fundada pelo pai de Aloysio, Clemente Faria, e que ele e seu irmão, Gilberto Faria, começaram a administrar após a morte do pai.

E que foi vendido ao grupo neerlandês ABN AMRO, em 1998, por mais de 2 bilhões de dólares. E se tornou parte do Grupo Santander em 2008.

Entre os bens do bancário, as fazendas de Aloysio de Andrade Faria periodicamente ganharam notas na mídia pelos seus cavalos pura raça.

O bancário também tinha notoriedade por ser o bilionário mais velho do Brasil, que completou quase um século de vida, além de figurar na lista das pessoas mais ricas da Forbes.

Perfil

De acordo com publicação feita pela Forbes, o bilionário que nasceu em Belo Horizonte (MG) aparece na 55ª posição da lista dos mais ricos do país no ranking 2020, que será divulgado na próxima edição da revista. Formado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele exerceu a profissão durante dois anos e, em seguida, iniciou a carreira empresarial no ramo bancário e se tornou diretor-presidente do Banco da Lavoura de Minas Gerais, fundado pelo pai.

Em 1971, a instituição adotou o nome Banco Real, expandiu as atividades para o exterior e se tornou um dos principais conglomerados bancários do país. Depois de transferir o controle acionário do Banco Real, Faria continuou no ramo financeiro, na direção do Conglomerado Alfa.

Além do Banco Alfa, o conglomerado comandado pelo banqueiro também inclui a rede de hotéis Transamérica, a produtora de óleos Agropalma, a varejista de produtos para construção C&C, a empresa de bebidas Águas Prata, entre outros.

De acordo com o ranking de bilionários de 2018 da revista Forbes, Aloysio de Andrade Faria era a 965ª pessoa mais rica do mundo e 16ª do Brasil, com uma fortuna estimada de 2,5 bilhões de dólares.

Biografia Aloysio de Andrade Faria

Aloysio de Andrade Faria nasceu na capital do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte, em 1920.

Filho de banqueiro, Aloysio inicialmente seguiu caminho distinto do pai. Se formou como médico, na Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e fez sua pós-graduação na Northwestern University, de Chicago.

Porém, pouco atuou no ramo. Seu pai faleceu na década de 40 por pneumonia – dois anos após sua formação -, fazendo com que ele e seu irmão herdassem o Banco Lavoura de Minas Gerais.

Acontecimento que fez com que ele trocasse a área da saúde pelo mundo dos negócios.

Aloysio foi agente direto por alterações de dogmas no banco da família e um dos principais responsáveis pelo crescimento econômico dos negócios.

Uma dessas foi a mudança de sede, quando a empresa saiu de Minas Gerais e mudou para a cidade de São Paulo no ano de 1978.

Também nessa época a instituição tem seu nome alterado. Nascia assim o Banco Real.

Empreendimento que o bilionário foi dono até 1998, quando o ABN AMRO, banco dos países baixos, adquiriu o empreendimento.

Durante nove anos foi a administradora do Banco Real, quando em 2007 o consórcio Barclays – conglomerado que inclui nomes como: RBS, Fortes e Santander – adquire 86% das ações do ABN AMRO.

Resultando na incorporação do Banco Real pelo Santander, processo que durou três anos. Em 2010 a marca deixou de existir individualmente, sendo completamente incorporada ao Santander.

Com o dinheiro adquirido no negócio, Aloysio montou o conglomerado Alfa.

Empresa responsável pelas marcas: Transamerica Expo Center, Banco Alfa, C&C Casa e Construção, a rede de Hotéis Transamérica e a rede de sorveterias La Basque, e a indústria Agropalma.

O Banco Alfa atua em diversas áreas do setor econômico e é um dos empreendimentos que mais dá retorno ao bilionário, ainda assim ele trata o setor como “hobby”.

Já a rede de sorvetes é um negócio que o bilionário investiu por gostar da sobremesa e por considerar que não haviam bons sorvetes em terra nacional.

Em 2015, o bilionário acrescentou em seu patrimônio um jato particular avaliado em 95 milhões de reais.

Reconhecimento

Faria foi membro do Comitê de Investimentos das Nações Unidas e recebeu a Comenda da Ordem do Rio Branco, uma condecoração oferecida pelo governo federal.

Mesmo com todos seus negócios, uma das principais paixões de Aloysio de Andrade Faria sempre foram suas fazendas. Em especial no aprimoramento de seus cavalos da raça pura Pampa. Ainda que o custo de produção que envolve a manutenção de seu negócio não apresente retorno financeiro positivo, como o próprio declarou em entrevista concedida para revista ISTOÉ Dinheiro.

Aloysio Faria faleceu aos 99 anos em uma fazenda de Jaguariúna (SP), em 15 de setembro de 2020.

“É com imenso pesar que nós, do Conglomerado Alfa, comunicamos o falecimento do nosso acionista controlador, Dr. Aloysio de Andrade Faria, ocorrido hoje em sua fazenda na região de Campinas (SP), aos 99 anos, de causas naturais”, diz nota da assessoria.

O presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, lembrou o caráter visionário do banqueiro – o Real foi, por exemplo, a primeira instituição financeira brasileira a abrir uma agência na 5ª Avenida, em Nova York.

“Em seus 100 anos de vida e trabalho, Aloysio Faria jamais buscou cultuar sua própria personalidade, preferindo valorizar as marcas que criava. De Delfim Netto, que o considerava um dos financistas mais sofisticados do País, ganhou o apelido de ‘banqueiro invisível’. Com essa postura, amealhou admiradores e seguidores. Com tantos feitos, destacava, da vida, a importância da simplicidade”, disse Trabuco Cappi, em nota.

Na visão do presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher, Faria é um dos responsáveis “pela modernização do setor bancário no Brasil”.

“Aloysio Faria é um daqueles brasileiros que serão sempre lembrados por terem dedicado sua vida a empreender, a construir algo relevante, o que fez com êxito em diferentes áreas e negócios. Era uma referência e nos impressionou a todos que tivemos a oportunidade de conhecê-lo e acompanhar sua trajetória”, disse o executivo, em nota.

“O Brasil perdeu hoje um dos seus grandes empreendedores. Vai fazer falta no agronegócio, no setor financeiro e no processo de internacionalização do Brasil. Aloysio Faria é um exemplo de como fazer negócios de forma republicana no Brasil”, afirma Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que trabalhou por 23 anos na Agropalma.

Executivos do grupo

Uma das características de Faria era o investimento de longo prazo nos talentos de seu conglomerado de empresas. O Estadão conversou com três dos principais executivos do grupo.

O presidente do conselho de administração, Christophe Cadier, atuou ao lado do banqueiro ao longo dos últimos 27 anos. Ele foi convidado pelo próprio Faria no início deste ano para assumir seu atual cargo. “Dr. Aloysio tinha valores extremamente fortes em termos de ética, responsabilidade e confiança. Não é à toa que os executivos que estão no comando hoje são pessoas que trabalham com ele há décadas. Como empresário, era um visionário, um homem muito à frente de seu tempo.”

Para Fabio Amorosino, presidente do conglomerado financeiro Alfa, que também atua há duas décadas no grupo, ensinou a toda sua equipe a “fazer as coisas de maneira simples”. “Ele sempre dizia que o ser humano tem a tendência de complicar as coisas e que cabe a cada um torná-las mais simples”, lembra. “Além disso, deixa um exemplo de altruísmo, discrição, simplicidade e empreendedorismo.”

Já Beny Fiterman, presidente das empresas não financeiras do conglomerado Alfa, conta que teve a oportunidade de trabalhar em diferentes empresas do grupo ao longo dos últimos 27 anos, tendo uma carreira variada dentro de um mesma holding. “Ele deixa um exemplo de perseverança, força de vontade, foco, valorização do trabalho e da capacitação da equipe. É uma grande inspiração para quem trabalhou diretamente com ele e também para os demais funcionários.”

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/09/15 – CAMPINAS E REGIÃO / NOTÍCIA / Por G1 Campinas e Região – 15/09/2020)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/09 – MERCADO / por Isabela Bolzani – 15.set.2020)

(Fonte: https://www.sunoresearch.com.br – Perfis » Aloysio de Andrade faria)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS / BRASIL / por Estadão – 15/09/2020)

(Fonte: https://valor.globo.com/financas/noticia/2020/09/16 – FINANÇAS / NOTÍCIA / Por Álvaro Campos, Talita Moreira e Mauro Arbex* — De São Paulo – 15/09/2020)

 

 

 

 

Fortuna de R$ 9 bilhões foi deixada por banqueiro a herdeiras que venderam terreno na Barra da Tijuca por R$ 370 milhões

Área de 30 mil metros quadrados na praia deve abrigar condomínio residencial de altíssimo padrão

O banqueiro Aloysio de Andrade Faria, que era dono do terreno na Praia da Barra da Tijuca vendido pelas herdeiras por R$ 370 milhões, deixou para as cinco filhas uma fortuna avaliada em US$ 1,7 bilhão (equivalente a cerca de R$ 9 bilhões). Faria, que morreu em 2020 aos 99 anos era o mais velho da lista da revista Forbes e o terceiro mais idoso entre todos os bilionários. O montante arrecadado com o negócio, considerado o maior das duas últimas décadas no mercado imobiliário carioca, conforme noticiou no domingo o colunista do GLOBO Lauro Jardim, equivale a menos de meio por cento do que a família possui.

A área vendida pelas herdeiras foi comprada em 1989 pelo banqueiro para, originalmente, erguer ali um hotel da rede Transamérica. Cláudio Castro, da Sérgio Castro Imobiliária, informou que a intenção de vender o terreno foi manifestada inicialmente em 2012, quando o banqueiro Aloysio Faria ainda era vivo. O local deverá abrigar “um empreendimento residencial de altíssimo padrão”.

O terreno faz esquina com a Avenida Peregrino Júnior, e fica próximo a um supermercado e ao Marina Barra Bella, um apart-hotel. A matrícula do registro de imóveis informa que a compra foi efetivada em abril deste ano, pela TGSJ, formada pela Tegra Incorporadora e pela Construtora São José.

O discreto Faria sempre fez questão manter a família distante dos negócios e preferiu que a gestão das empresas fosse profissionalizada. Suas herdeiras Lucia, Junia, Flavia, Claudia e Eliana, cada uma com 20% dos negócios, inteiraram-se dos ativos do conglomerado antes de qualquer movimentação de investimento ou venda de empresas.

Lúcia de Campos Faria e Junia de Campos Faria Ziegelmeyer moram em São Paulo, Flávia Faria de Vasconcellos, no Rio de Janeiro, Cláudia Faria, em Nova York, e Eliana Faria, em Londres.

A caçula, Lúcia de Campos Faria era dona do restaurante Alucci Alucci, que fechou as portas em julho de 2017, depois de 14 anos de funcionamento. Também é autora dos livros de culinária “Banquete dos sentidos”. Ela foi casada com o economista Carlos Nascimento, que trabalhou no conglomerado por 20 anos.

Flávia Faria de Vasconcellos mora no Rio de Janeiro, onde fundou a loja Babuska, que era a versão carioca da marca de sorvetes do grupo, o La Basque. É autora do livro “Babuska: um sonho de sorvete”.

(Créditos autorais: https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2023/12/05 – RIO/ NOTÍCIA/ Por O Globo — Rio de Janeiro – 05/12/2023)

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