A primeira mulher eleita presidente, na história da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

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Advogada Patrícia Vanzolini é a primeira mulher presidente da OAB-SP

 

A advogada criminalista venceu de virada a eleição para a presidência da OAB-SP

 

A criminalista Patricia Vanzolini, de 49 anos, foi eleita em 25 de novembro presidente da seccional São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o mandato de três anos (2022-2024).

Ela é a primeira mulher, na história da instituição, criada em 1932, a ser eleita presidente.

Em 2018, ela concorreu à vice-presidência da OAB-SP.

A advogada criminalista Maria Patrícia Vanzolini venceu de virada a eleição para a presidência da OAB-SP. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo da maior seccional da Ordem dos Advogados do país. Ela é fundadora do Movimento 133 e concorreu na eleição passada como vice-presidente do candidato Leonardo Sica – desta vez ele é o vice. Patrícia vai comandar uma OAB que representa 350 mil advogados, no período de 2022 a 2024.

Patrícia é formada em Direito pela PUC-SP, com mestrado e doutorado pela mesma universidade. Ela também atua como professora no Damásio Educacional – escola que oferece cursos para passar na OAB, entre outros – e autora do “Manual de Direito Penal”, pela editora Saraiva, e de “Teoria da Pena: Sacrifício, Vingança e Direito Penal”, pela Tirant Brasil. Ela já foi vice-presidente da Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo e é sócia do escritório Brito e Vanzolini Advogados Associados.

Patrícia possui graduação, mestrado e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP.

Foi vice-presidente da Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo – ABRACRIM-SP e é sócia do Escritório Brito e Vanzolini Advogados Associados.

É também professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e do Damásio Educacional, cursinho preparatório para o exame da Ordem.

Autora de obras como “Manual de Direito Penal”, pela editora Saraiva, e de “Teoria da Pena: Sacrifício, Vingança e Direito Penal”, publicado pela editora Tirant Brasil, entre outros.

“Mais do que representar a primeira mulher no comando da maior seccional do país, reconheço o peso da responsabilidade que é reconstruir a OAB com meu compromisso de atuar na defesa intransigente das prerrogativas de todos os advogados e da valorização da profissão, do primeiro ao último dia de meu mandato. O momento é de união e responsabilidade, com o compromisso de atuar para todos os advogados, independentemente da chapa que eles defenderam neste pleito”, disse ela, em nota, após vencer a disputa.

Voto a voto

 

A eleição de 2021foi marcada pela equidade de gênero nas chapas eleitoras: se no ano passado as cotas para mulheres eram de 30%, este ano elas subiram para 50%, passando a valer não somente para a chapa, mas também os cargos de diretoria.

Em disputa acirrada, Patrícia venceu o atual presidente da entidade, Caio Augusto Silva dos Santos, candidato a reeleição.

Ela obteve 64.207 votos (35,80%), Caio Augusto Silva dos Santos, 58.821 votos (32,79%); e Dora Cavalcanti, 18.351 votos (10,23%).

Cinco chapas disputavam a presidência da seccional São Paulo.

No Brasil, a categoria possui mais de 1,3 milhão de filiados. Só em São Paulo, a maior seccional do país, estavam aptos a votar 350 mil advogados e advogadas com inscrição profissional definitiva e válida para trabalhar no estado.

A OAB é uma entidade federal independente, não subordinada a nenhum órgão estatal e possui previsão na Constituição Federal como indispensável para a democracia e à função jurisdicional do estado.

entidade teve um papel de destaque durante o processo de redemocratização do país e o combate à tortura e aos abusos durante o regime militar nas décadas de 60 e 70.

O presidente nacional da OAB pode impetrar processos no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outros órgãos federais, como ação direta de inconstitucionalidade, em que é possível questionar a legalidade e a validade de leis ou normas federais ou estaduais.

A atual presidente recebeu mais de 60 mil votos (cerca de 36%). Junto com ela, concorreram ao cargo a advogada criminalista Dora Cavalcanti – que recebeu 10% dos votos – e o atual presidente da OAB-SP Caio Augusto Silva dos Santos, que ficou em segundo lugar.

A eleição

O voto é obrigatório para todos os integrantes da categoria, sob pena de multa de 20% do valor da anuidade paga pelo advogado. Parcela da categoria é contrária à cobrança, que chega a superar R$ 1 mil em alguns estados.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já possui decisões de que profissionais que não quitaram a anuidade ou que estiverem com a anuidade atrasada não podem ser proibidos de exercer a profissão, o que seria contra o direito ao trabalho previsto na Constituição.

A participação do advogado é indispensável no andamento de processos criminais e cíveis, pois apenas o advogado pode se apresentar judicialmente como representante de pessoas físicas e jurídicas no Judiciário.

A profissão possui uma série de prerrogativas – como a autorização para conversar pessoal e sigilosamente com seus clientes, mesmo presos – e cela privativa em caso de prisão.

Nesta semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), criticou a realização de provas para ingresso na OAB.

“Eu não consigo entender que uma pessoa faz cinco anos de Direito e depois tem que fazer uma prova para poder trabalhar. Imagine comigo isso. Eu faço quatro anos de Academia das Agulhas Negras e depois tenho que fazer uma prova para saber se eu posso ou não ser oficial do Exército, assim como para todas as profissões”, afirmou Bolsonaro.

A disputa pela presidência da seccional é feita em cada estado separadamente. Em 2022, será realizada a votação para presidente nacional da OAB.

Com mudanças em leis e determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a paridade de gênero em eleições em diversos âmbitos privados, valendo, inclusive, para entidades internas de partidos, o Conselho Federal da OAB determinou que pelo menos 50% das chapas fossem compostas por mulheres. Neste ano, duas concorreram à presidência da OAB-SP.

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/11/26 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / Por g1 SP — São Paulo – 

(Fonte: https://delas.ig.com.br/2021-11-26 – DELAS / Por  Luciana Teixeira Morais – 26/11/2021)

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