José Manuel Castello Lopes, herdou do pai a Filmes Castello-Lopes e cofundou o Cinema Londres

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O fim de uma era do cinema

Herdeiro da distribuidora Filmes Castello Lopes, fundou com o irmão, em 1972, o Cinema Londres, uma sala histórica de Lisboa.

 

José Manuel Castello Lopes – Foi distinguido com um Prémios Sophia de Carreira em 2013
(Foto: Arquivo / Global Imagens)

 

Responsável pela exibição de filmes como ‘O Feiticeiro de Oz’ e ‘2001, Odisseia no Espaço’

José Manuel Castello Lopes (1931-2017), antigo distribuidor, que herdou do pai a Filmes Castello-Lopes e cofundou o cinema Londres, foi responsável pela exibição em Portugal de clássicos como “O feiticeiro de Oz”, “E tudo o vento levou”, e “2001, Odisseia no Espaço”.

Distribuidor de cinema, herdou do pai a Filmes Castello Lopes e, em 1972, fundou, juntamente com o irmão Gérard, o Cinema Londres, em Lisboa, sala emblemática que fechou portas em 2013.

José Manuel Castello Lopes era um dos nomes históricos da distribuição e exibição do cinema em Portugal, que geriu a Filmes Castello Lopes – fundada há cem anos por seu pai -, o cinema Condes e fundou com o irmão, o fotógrafo Gérard Castello Lopes, o cinema Londres, em Lisboa.

Castello Lopes assumiu os comandos da empresa do pai na década de 1950, atravessou tempos de ditadura e de liberdade, da época das grandes salas ao aparecimento dos multiplex, e fez da empresa familiar, durante décadas, a mais relevante distribuidora cinematográfica em Portugal, representando o cinema da MGM e da Twentieth Century Fox.

Foi responsável pela exibição em Portugal, por exemplo, dos filmes “O feiticeiro de Oz” e “E tudo o vento levou”, ambos de Victor Fleming, “Roma, cidade aberta”, de Roberto Rossellini, ou “2002, Odisseia no espaço”, de Stanley Kubrick.

Em 1968 esteve preso durante dois dois dias, nos calabouços da PIDE, a polícia política da ditadura, por causa da exibição do filme “O samurai”, de Jean-Pierre Melville.

Em 2014, em entrevista ao semanário Expresso, José Manuel Castello Lopes dizia que o momento mais feliz para o cinema foi o fim da censura – com a Revolução de abril de 1974 – e a adesão maciça, no ano seguinte, de portugueses ao cinema.

José Manuel Castello Lopes presidiu à Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas e chegou a deter uma extensa rede de salas de cinema pelo país, mas atualmente a marca Castello Lopes Cinemas esteja associada apenas a seis espaços de exibição.

Membro honorário da Academia Portuguesa de Cinema, foi distinguido com um Prémio Sophia de Carreira em 2013.

José Manuel Castello Lopes morreu em 26 de maio de 2017 aos 86 anos.

(Fonte: http://www.jn.pt/nacional – JORNAL DE NOTÍCIAS – NACIONAL – 26/05/2017)

(Fonte: https://www.publico.pt/2017/05/26/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON / Por SÉRGIO C. ANDRADE e JOANA AMARAL CARDOSO – 26 de Maio de 2017)

PÚBLICO Comunicação Social SA

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