Wilson Figueiredo, foi jornalista e escritor, se tornou uma das vozes mais respeitadas da imprensa, foi por 45 anos comentarista político no Jornal do Brasil

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Wilson Figueiredo, jornalista e escritor, foi um dos expoentes da imprensa brasileira

 

 

Wilson Figueiredo no Jornal do Brasil — Foto: Arquivo pessoal

Wilson Figueiredo no Jornal do Brasil — Foto: Arquivo pessoal

 

Figueiredo trabalhou por 45 anos no Jornal do Brasil, onde se consolidou profissionalmente

Ele atuou em diversos veículos de imprensa por mais de 50 anos.

 

 

 

Wilson Figueiredo (nasceu em 1924,  em Castelo, no Espírito Santo – faleceu em 20 de abril de 2025, no Leblon, no Rio de Janeiro), jornalista, poeta e escritor.

Wilson atuou em prol do jornalismo e literatura do país. Ele começou a carreira em Belo Horizonte e conviveu com nomes como Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Ele foi redator e tradutor na Agência Meridional, então do Estado de Minas. Também atuou na Folha de Minas.

O jornalista e escritor se mudou para o Rio de Janeiro na década de 1950. Passou pelos jornais Última Hora e O Jornal, além de atuar por quase 50 anos no Jornal do Brasil, onde foi editorialista, redator, colunista e comentarista político.

Ele também colaborou com a Revista Manchete e Mundo Ilustrado. Aos 80 anos, ainda ativo, trabalhou na agência FSB Comunicação.

Wilson Figueiredo é autor do livro de poesias “A Mecânica do Azul” e obras como “1964: o último ato” e “De Lula a Lula”.

Origem e carreira
Ainda na infância foi morar em Minas Gerais. Queria estudar medicina, mas não chegou a prestar vestibular, e começou a cursar letras neolatinas -mas não concluiu o curso.

Jornalista trabalhou como redator e tradutor na Agência Meridional, que era do Estado de Minas. Ele também foi secretário na Folha de Minas e um dos idealizadores da revista Edifício.

Figueiredo começou a escrever poesia encorajado pelo amigo Mário de Andrade (1893-1945), o que motivou a publicação dos livros “Mecânica do azul” (1946) e “Poemas narrativos” (1948). As obras, no entanto, foram renegadas pelo escritor, que decidiu recolher os exemplares.

Carreira na imprensa ganhou força em 1957, com a mudança para o Rio de Janeiro. Ele passou por veículos como Última Hora, O Jornal e Jornal do Brasil.

 

Com uma trajetória marcante no jornalismo nacional, Figueiredo foi por 45 anos comentarista político no Jornal do Brasil, onde se tornou uma das vozes mais respeitadas da imprensa.

 

Nascido em Castelo, no interior do Espírito Santo, Figueiredo foi criado em Minas Gerais, o que o inseriu no grupo de intelectuais mineiros que se destacou na cena cultural e jornalística brasileira do século XX. Era amigo íntimo de nomes como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Otto Lara Resende, com quem dividiu a juventude em Belo Horizonte. Essa convivência marcou profundamente sua formação literária e jornalística.

Radicado no Rio de Janeiro desde a década de 1950, consolidou-se como jornalista, escritor e também poeta. Atuou ainda na Agência Meridional e no extinto O Jornal, mas foi no Jornal do Brasil que construiu sua carreira mais sólida e duradoura.

 

Lá, participou de momentos históricos da imprensa brasileira, como a reforma gráfica do jornal, nos anos 1950, ao lado de Odilo Costa Filho e Reynaldo Jardim. A reestruturação transformou o JB em referência de modernização no jornalismo impresso do país.

Além do trabalho como jornalista, Figueiredo dedicou-se à literatura. Publicou seis livros, sendo dois de poesia — A Mecânica do Azul (1946) e Poemas Narrativos (1947). Sua escrita sensível e refinada chamou a atenção de grandes nomes da época, como Nelson Rodrigues, que o descreveu como “sempre um poeta”.

Após se aposentar do Jornal do Brasil aos 81 anos, Figueiredo continuou colaborando com a comunicação. Trabalhou na FSB Comunicações, uma das principais agências de comunicação do país, onde atuou presencialmente até 2020, já próximo dos 96 anos.

 

Wilson Figueiredo morreu no domingo, no Rio de Janeiro, aos 100 anos. Ele faleceu de causas naturais em seu apartamento no Leblon. A informação foi confirmada pela família ao g1.

Ele havia completado o centenário em julho de 2024 e seguia lúcido e atuante até os últimos anos de vida. Deixa quatro filhos.

A morte de Wilson Figueiredo representa o fim de um capítulo importante do jornalismo brasileiro. Um profissional cuja trajetória se confunde com a própria história da imprensa no Brasil, e cuja voz, lúcida e poética, deixa um legado que atravessa gerações.

Aos 88 anos, lançou sua biografia “E a vida continua: a trajetória profissional de Wilson Figueiredo”. Na ocasião, brincou sobre o longo tempo na profissão:

— Evito pensar que possa ser o mais antigo jornalista em atividade no País. Há de haver outro desgraçado, e ainda mais velho, por aí.

Imprensa lamenta

Nomes da imprensa nacional lamentaram a morte de Wilson Figueiredo. O também jornalista e escritor, Afonso Borges, disse estar em luto. Já o crítico de cinema Amir Labaki afirmou que Figueiredo foi um dos maiores jornalistas do país.

“Poeta bissexto elogiado por Mário de Andrade e Alceu de Amoroso Lima, foi fino analista político e retratista de mão cheia. Leiam-no em “1964: O Último Ato”, “De Lula a Lula”, “Os Mineiros – Modernistas, Sucessores & Avulsos”, “E A Vida Continua”. R. I. P., Figueiró, e muito obrigado”, escreveu Labaki.

(Créditos autorais reservados: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/04/21 – SPLASH/ NOTÍCIAS/ De Splash, em São Paulo
21/04/2025)

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