William Peter Blatty, autor de uma obra composta a longo prazo O Exorcista

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“O Exorcista” ocupou durante 57 semanas a lista de mais vendidos do The New York Times. Tanto o livro quanto o filme são considerados clássicos do terror.

William Peter Blatty, Linda Blair e William Friedkin - (Foto: Dave Allocca / AP)

William Peter Blatty, Linda Blair e William Friedkin – (Foto: Dave Allocca / AP)

 

William Peter Blatty (Nova York, 7 de janeiro de 1928 – Bethesda, Maryland, 12 de janeiro de 2017), escritor e roteirista, autor de uma obra composta a longo prazo ““O Exorcista””, tornando-se um fenômeno de vendas.

Blatty ganhou ainda dois Globos de Ouro de melhor roteiro, com O Exorcista e com A Nona Configuração (1980), que ele também dirigiu. Foi diretor também de O Exorcista III (1990). No livro que o fez famoso, ele narra a história de um padre convocado para expulsar o demônio do corpo de uma menina. 

O escritor e cineasta William Peter Blatty, autor do best-seller “O exorcista”, de 1971, escreveu e dirigiu “O exorcista III”, de 1990, bem como outras histórias de terror, como “A nona configuração”, também adaptado por ele para o cinema, e que lhe valeu seu segundo Globo de Ouro.

O escritor nasceu no dia 7 de de janeiro de 1928, em Nova York, nos EUA. Ele ficou conhecido por ter escrito o livro “O Exorcista” e também escreveu o roteiro do filme lançado em 1973, que o deu o Oscar de roteiro adaptado.

William Friedkin, foi o diretor da famosa adaptação para o cinema, que deu a Blatty o Oscar e o Globo de Ouro de melhor roteiro adaptado, em 1974.

No cinema, Blatty ainda manteve uma longa parceria com Blake Edwards, tendo escrito os roteiros de filmes como “Um Tiro no Escuro” (1964), estrelado por Peter Sellers, e “Lili, minha adorável espiã”, com Julie Andrews e Rock Hudson (1970).

 

A famosa cena da levitação em 'O exorcista' (Foto: Divulgação)

A famosa cena da levitação em ‘O exorcista’ (Foto: Divulgação)

 

Fantasmas barulhentos -– Em 1949 Blatty se impressionou com sumárias notícias publicadas pelo Washington Post a respeito de um caso de endemoninhamento ocorrido na cidade americana de Mount Rainier e das incríveis experiências de um padre católico para libertar um menino de 14 anos possesso por satanás. Leu todos os artigos e passou a escrever um romance sobre o tema. E “O Exorcista”, tornou-se um fenômeno.

“Do romance ao filme”, editado em 1974, vem a ser o respaldo do enorme sucesso. Com revelações diabólicas, anedóticas e até alucinantes. Para o cinema, Blatty escreveu e reescreveu seu roteiro.

E teve que furtar o script final do departamento de cópias da Warner Brothers, produtora do filme – a fim de que não o desfigurassem inteiramente.

Enfim, viveu sobressaltado – pelos barulhentos fantasmas de Hollywood – até conseguir ver sua obra nas telas dos cinemas. O livro é interessante, pormenorizado, empolgante.

A carreira cinematográfica de Blatty começou como corroteirista em “Um Tiro no Escuro” (1964), de Blake Edwards, e continuou com uma revisão do roteiro de “A Última Esperança na Terra”, adaptação do romance de ficção científica “Eu Sou a Lenda”, escrito por Richard Matheson, e que também baseou o filme de mesmo nome em 2007.

Blatty também escreveu e dirigiu o clássico “A Nona Configuração”. O escritor também foi responsável pela direção de “O Exorcista III” (1990), baseado em seu livro “Legion”.

Em novembro de 2015, o escritor participou na capital de uma cerimônia de instalação de uma placa comemorativa de homenagem ao filme perto da escada onde morre o padre Damien Karras na história.

Os 75 degraus estão há mais de um século no histórico bairro de Georgetown, mas, até dois anos atrás, não tinham a mínima indicação de sua importância cinematográfica.

“O Exorcista”, considerado uma das melhores obras de terror de todos os tempos, se baseava no romance escrito pelo próprio Blatty. O filme foi indicado a dez estatuetas, vencendo apenas o de melhor roteiro adaptado, que ficou com o próprio escritor, e melhor som.

William Peter Blatty morreu em 12 de janeiro de 2017, cinco dias após completar 89 anos. O escritor sofria de mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue, e estava internado em um hospital em Bethesda, Maryland (EUA).

O anúncio da morte foi feito sexta-feira pelo diretor do filme “O Exorcista” (1973), William Friedkin, no Twitter. Friedkin descreveu Blatty como um “querido amigo e irmão”.

A causa da morte foi um mieloma múltiplo, um tipo de câncer de medula óssea, explicou a mulher do escritor, Julie Witbrodt Blatty, ao jornal “The Washington Post”.

(Fonte: Veja, 29 de janeiro de 1975 -– Edição 334 –- LITERATURA/ Por Ronaldo Brandão –- Pág; 90)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/livros  – CULTURA – LIVROS/ POR O GLOBO – 13/01/2017)

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