Willi Baumeister, foi professor da escola Bauhaus, fechada por Hitler em 1933.

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Montaru, de Baumeister: a abstração explode, depois de condenada por Hitler

Willi Baumeister (Stuttgart, 22 de janeiro de 1889 – Stuttgart, 3 de agosto de 1955), artista plástico alemão, foi professor da escola Bauhaus, fechada por Hitler em 1933. Baumeister defendia a ideia de que as mesmas ousadias que um pintor comete diante da tela podem ser transpostas para o papel. O desafio era vencer a técnica, algo que conseguiu de maneira magistral. Baumeister participou da exposição montada no Museu de Arte de São Paulo, Masp em janeiro até 3 de fevereiro de 1991 (Arte Gráfica dos Anos 50 e 60/ República Federal da Alemanha), com dez trabalhos dos anos 50, inclusive a belíssima série Montaru, onde lançou mão da mesma liberdade disponível nas telas, com massas de tinta compactas.
(Fonte: Veja, 16 de janeiro de 1991 –- Edição 1165 -– ANO 24 -– Nº 3 – ARTE –- Pág; 74/75)

 

 

 

À margem da estética Expressionista, que influenciou vários artistas germânicos, Baumeister desenvolveu um trabalho artístico, caracterizado por uma visão holística no campo das artes, que não esteve restrita aos elementos da cultura européia, mas na confluência das primitivas artes africana e americana, além de laços com o Neoplasticismo e Construtivismo.
Estudante da Academia de Belas Artes de Stuttgart, teve aulas com Adolf Holzar, além do convívio junto a Otto Mayer Amden e Oscar Schlemmer, professor da Bauhaus, e posteriormente em Paris, com Fernand Léger, Joan Miró e Le Corbusier.

Em 1912, expõe pela primeira vez em Paris, recebendo profundas influências do Cubismo e Neo-Impressionismo, concebendo em sua obra formas cubistas simplificadas, buscando em seus trabalhos a ponderação entre a pintura e a arquitetura.

A década de 20, confirma o estilo impar de Willi Baumeister na criação plástica, inaugurando novas técnicas que seriam classificadas de Mauerbilder (Pintura Mural).

A partir de 1928, passa a lecionar na “Kunst Scule de Frankfurt”/Academia de Frankfurt e posteriormente na Escola de Bauhaus.
Junto a Jean Arp, Sophie Tauerber Arp, entre outros participa nas criações dos Grupo “Cercle et Carre”/Círculo-Quadrado e “Abstraction-Criation”/Abstração-Criação, nos anos 30.
Com a ascensão dos nazistas ao poder, na Alemanha, em 1933, e o início do período de perseguições, muitas das obras de Baumeister seriam queimadas ou confiscadas dos museus, além da perda de seu cargo na Escola de Frankfurt.

A partir dos anos 40 volta a lecionar na Escola de Belas Artes de Stuttgart, tendo grande influência no renascimento artístico alemão, sendo precursor do Abstracionismo nesse país. A utilização de signos pictóricos gerados a partir do inconsciente, assume um lugar de destaque em sua pintura, estando análoga às experimentações de Paul Klee, Juan Miró e Pablo Picasso.

No início da década de 50, apresenta uma série de pinturas, onde se destacam as grande superfícies negras, chamadas de Motaru, e posteriormente as grande superfícies brancas, batizadas de Montari.

A obra de Willi Baumeister, esteve próxima a de outros artistas de sua época, mas com características particulares: não assumiu métodos sistemáticos de composição nos seus trabalhos, flexibilizou os elementos “novos” e “velhos”, representando constante evolução, criatividade e originalidade em sua obra.

(Fonte: http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo1/construtivismo/bauhaus/baumeister)

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