Wangari Maathai, primeira mulher africana a receber o Nobel da Paz

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Wangari Maathai prêmio Nobel da Paz, ícone popular e mundial

 

Wangari Maathai (Nyeri, 1° de abril de 1940 – Nairobi, 25 de setembro de 2011), política e ativista queniana, primeira mulher africana a receber o Nobel da Paz.

Em 2004, a militante foi recompensada com o prêmio pelo trabalho do Movimento Greenbelt.

A queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz em 2004 por seu compromisso com o meio ambiente, faleceu dia 25 de setembro de 2011, aos 71 anos vítima de um câncer, anunciou o movimento Greenbelt, fundado pela ativista.

“Com imensa tristeza, a família de Wangari Maathai anuncia seu falecimiento, ocorrido em 25 de setembro de 2011 depois de um longo e corajoso combate contra o câncer”, anuncia o movimento em sua página na internet.

Em 2004, a militante foi recompensada com o Nobel pelo trabalho do Movimento Greenbelt (Cinturão Verde), fundado em 1977, e foi a primeira mulher africana a receber o prêmio.

Principal projeto de plantação de árvores na África, o movimento busca promover a biodiversidade e, ao mesmo tempo, criar empregos para as mulheres e realçar sua imagem.
Desde 1977, a organização plantou quase 40 milhões de árvores na África.

Maathai foi a primeira mulher a completar o doutorado na África central e oriental. Ela comandou a Cruz Vermelha queniana nos anos 70 e foi secretária Estado para o Meio Ambiente entre 2003 e 2005.

Em sua autobiografia publicada em 2006, com o título “Com a cabeça bem alta”, contou como, em consequência das mudanças climáticas especialmente, o meio ambiente se degradou em sua região natal, o monte Quênia.

Além do país natal, Wangari Maathai ampliou o combate ecológico a toda África. Nos últimos anos, a militante se dedicou à proteção da selva da bacia do Congo na África central, segundo maior maciço florestal tropical do mundo.

No combate a favor do meio ambiente no Quênia, país pobre da África oriental, a militante enfrentou a corrupção e a repressão policial. Ela foi detida várias vezes.

Algumas declarações polêmicas sobre a Aids em 2003 – que ela retificou depois – provocaram dúvidas sobre ela, sobretudo por parte de Washington.
Maathai tinha três filhos – Waweru, Wanjira e Muta – e uma neta, Ruth Wangari.
(Fonte: zerohora.clicrbs.com.br – Plantão/Mundo – 26/09/2011)

 

 

 

 

Morre a vencedora do prêmio Nobel, a queniana Wangari Maathai
Wangari se destacou pela luta para promover o desenvolvimento ecológico, que seja viável socialmente, economicamente e culturalmente
A ativista queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 2004, morreu por causa de um câncer, anunciou nesta segunda-feira o movimento que ela fundou, o Cinto Verde.

Maathai morreu no domingo, aos 71 anos, no hospital de Nairóbi após uma valente e prolongada luta contra o câncer, acompanhada de parentes, informou o organismo em seu site.

“A morte de Maathai é uma grande perda para todos os que a conheciam e para quem admirava sua determinação para fazer um mundo mais pacífico, mais saudável e um lugar melhor”, acrescentou.

Maathai, que tinha três filhos e uma neta, foi uma das primeiras mulheres de África Ocidental com uma cátedra universitária, com um doutorado em Biologia.

Em 1977 fundou o Movimento Cinto Verde, um dos programas de mais sucesso de proteção do meio ambiente, graças ao qual se plantaram no Quênia 20 milhões de árvores, sobretudo por mulheres.

Em 2004, quando o Comitê Nobel de Oslo anunciou a concessão do prêmio a Maathai destacou sua posição “à frente da luta para promover um desenvolvimento ecológico, que seja viável socialmente, economicamente e culturalmente, no Quênia e na África”.

O organismo ressaltou que Maathai teve uma aproximação global ao desenvolvimento sustentável que “abraça a democracia, os direitos humanos e em particular os direitos da mulher”.
(Fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br/mundo – EFE – 26/09/2011)

 

 

 

 

Wangari Maathai nasceu em abril de 1940 em Nyeri, no centro do Quênia, tendo sido das poucas crianças naquela época a beneficiar do acesso à educação por insistência do seu irmão mais velho que a inscreveu numa escola católica. Nos anos 60 conseguiu uma bolsa norte-americana que lhe permitiu estudar Biologia no Kansas, tendo depois regressado ao seu país onde foi militante do Conselho Nacional de Mulheres do Quênia na luta pelos direitos das suas concidadãs e onde incitou à plantação de árvores para satisfação das necessidades internas sem danificar mais o Ambiente.

 

Foi em 1977 que nasceu o seu Green Belt Movement, no âmbito do qual as comunidades locais criam viveiros e plantam árvores em terrenos públicos, zonas florestais degradadas ou em propriedades privadas. Este movimento já plantou mais de 45 milhões de árvores no Quênia para aumentar o coberto florestal do país e restaurar ecossistemas vitais. “Como as florestas têm vindo a desaparecer, as comunidades têm vindo a sofrer de falta de água potável e de quebras nas culturas agrícolas”, explica o movimento, no seu site. Assim, o Green Belt pretende “apoiar os esforços de plantação de árvores, ajudando as mulheres e as suas famílias a satisfazer as necessidades básicas, a nível local”.

Em 1987, a ideia já tinha ultrapassado as fronteiras do Quênia, através da Pan African Green Belt Network que se estende por países como a Tanzânia, Uganda, Etiópia, Zimbabwe, Lesoto.

Não se pode proteger o Ambiente sem dar poder às pessoas, informá-las e ajudá-las a compreender que estes recursos [naturais]são delas e que elas os devem proteger”, disse Maathai, citada no site do Green Belt Movement.

Maathai dirigiu, ainda, a Cruz Vermelha queniana nos anos 70 e dedicou-se igualmente a combater o regime autoritário do presidente do Quénia naquela época, Daniel Arap Moi – um percurso que fez com que tivesse tido vários incidentes com as forças de segurança e algumas passagens pela prisão. Com a eleição de Mwai Kibaki em 2002, assumiu a pasta de secretária de Estado do Ambiente entre 2003 e 2005.

(Fonte: www.ecosfera.publico.pt/noticia – 26.09.2011 – PÚBLICO, com agências)

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