Vladimir Komarov, foi agraciado duas vezes com a Ordem de Lênin e com o título de Herói da URSS.

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Vladimir Komarov (Moscou, 16 de março de 1927 – Oblast de Oremburgo, 24 de abril de 1967), coronel do Exército russo, o primeiro soviético escalado para voar duas vezes ao espaço, foi particular, embora sua memória seja cultuada publicamente com estardalhaço em seu país.

Komarov era piloto de testes da Força Aérea, engenheiro aeroespacial e se tornou cosmonauta em 1960, no primeiro grupo de homens selecionados para o programa espacial soviético, junto com Yuri Gagarin e Gherman Titov, os dois primeiros homens em órbita da Terra.

No dia 23 de abril de 1967, o astronauta soviético Vladimir Komarov ficou sabendo ainda em órbita que estava condenado. O pára-quedas da nave danificara-se no lançamento.

A Soyuz 1 subiu ao cosmo com Komarov no comando, sozinho, em abril de 1967. Dezoito órbitas depois, o coronel foi informado pelo comando em Terra que algo ia mal. Problemas no lançamento haviam danificado os mecanismos de reentrada na atmosfera e dificilmente ele teria chances de chegar ao solo a salvo. A A Soyuz 1 espatifou-se no chão do deserto e Komarov foi retirado irreconhecível dos destroços, para ser cremado e enterrado com glórias em Moscou. Um agente da National Security Agency, a grande central de espionagem eletrônica dos Estados Unidos, gravou da Turquia os diálogos de Komarov com a Terra. São momentos terríveis. O som dos soluços do comandante, da mulher e do premier Alexei Kossigen tomam conta da fita – e as palavras de adeus de ambas as partes são apenas murmuradas. A agência de espionagem americana jamais admitiu oficialmente ter interceptado a conversa, que circulou entre astronautas americanos em 1973.
(Fonte: Veja, 5 de fevereiro de 1986 – Edição n° 909 – ESPAÇO – Pág; 42/46)

Komarov podia ser visto como mais um soldado, mas não era um soldado qualquer. Nenhum soldado qualquer é agraciado duas vezes com a Ordem de Lênin e com o título de Herói da União Soviética, a mais alta honraria da antiga URSS. Seus pouquíssimos restos mortais foram sepultados no Kremlin, em Moscou, ao lado de outros heróis da antiga União Soviética (muitos dos quais são uma vergonha para os heróis de verdade daquele país) e com toda a pompa e circunstância que ele merecia. Os astronautas da Apollo 15 deixaram uma placa em uma cratera na Lua honrando todos aqueles que morreram durante a exploração espacial e o nome do Coronel Komarov não foi, nem podia ser, esquecido. Até mesmo uma cratera lunar foi batizada com o seu nome e o asteroide 1836 Komarov está lá em cima, zelando por todos os que amam o Espaço Sideral.

(Fonte: http://ceticismo.net/2011/04/09 – Vladmir Komarov, o maior dos herois russos)

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