Vittorio Taviani, cineasta italiano, famoso pela parceria com seu irmão Paolo ao assinar alguns dos grandes filmes do cinema italiano

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Vittorio Taviani, indissociável de seu irmão Paolo

 

Vittorio Taviani

Entre os filmes realizados por Vittorio está “Padre Padrone”, Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1977 | (Foto: Gerard Julien / AFP / CP)

 

 

Vittorio Taviani (San Miniato, na Toscana, 20 de setembro de 1929 – Roma, 15 de abril de 2018), diretor de cinema que, escreveu com seu irmão Paolo algumas das páginas mais belas do cinema italiano, em uma obra atípica que mistura história, análise psicológica e poesia.

O cineasta Vittorio Taviani, que, junto com seu irmão Paolo, assinou alguns dos grandes filmes do cinema italiano, realizou com seu irmão quinze longas-metragens, sendo o mais famoso “Padre Padrone”, Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1977.

Vittorio era dois anos mais velho que seu irmão Paolo, com quem formou um dueto quase único na história da sétima arte. Fortemente inspirados pelo mestre do neo-realismo Roberto Rosselini, os dois irmãos, filhos de um advogado antifascista, interessaram-se desde o início de suas carreiras, na década de 1960, por tratar de questões sociais. Seu cinema atípico, marcado por um estilo muito literário, mistura história, psicanálise e poesia.

Junto com Paolo, Taviani produziu 15 longas-metragens durante sua carreira. Entre os mais famosos estão “Padre Padrone”, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1977, e “La notte di San Lorenzo”, Urso de Ouro em Berlim em 1982.

 

 

O cineasta italiano Vittorio Taviani no Festival de Cinema de Berlim em 2012 (Foto: Tobias Schwarz/Reuters/File Photo)

 

 

Nascido em 20 de setembro de 1929, em San Miniato, na Toscana, Taviani e Paolo são considerados um das duplas mais impressionantes na história do cinema. Os dois, filhos de um advogado antifascista, eram inspirados pelo neorrealismo e tratavam de questões sociais desde 1960.

Indissociável de seu irmão Paolo, dois anos mais velho que ele, os dois falavam sempre em uma só voz e escreviam a quatro mãos sobre suas indignações e iras, mas também sobre seu amor pela arte e beleza.

“Não sabemos como poderíamos trabalhar um sem o outro (…) Enquanto pudermos respirar misteriosamente no mesmo ritmo, faremos filmes juntos”, afirmavam os cineastas que, em 1977, se comparavam ao café com leite: “é impossível dizer onde termina o café e onde começa o leite!”.

Muito inspirados pelo mestre do neorrealismo, Roberto Rosselini (1906-1977), mas também por Vittorio De Sica (1901-1974), os dois irmãos se interessaram desde o início, nos anos 1960, pelos temas sociais.

E seu cinema se diferenciou rapidamente por um estilo singular.

Após uma série de documentários, os irmãos Taviani realizaram seu primeiro longa-metragem, “Un uomo da bruciare” (1962), que conta a história de um sindicalista socialista marxista que luta contra a máfia siciliana.

Foi em 1974, com “Allonsanfan”, uma evocação da Itália pós-napoleônica e o fracasso dos movimentos revolucionários que explodiram na época, que obtiveram seu primeiro sucesso internacional.

Grande parte de seus filmes são inspirados em obras literárias. Com “As afinidades eletivas” adaptaram Goethe, e em “Pai patrão” se basearam em um romance de Gavino Ledda.

“Pai patrão”, que fala do duro destino de um menino sardenho criado por um pastor, venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes, onde suscitou uma polêmica por sua dureza.

“O cinema é a minha vida porque, se não, seria só um fantasma e todas as relações com os demais de dissolveriam na confusão”, dizia Vittorio Taviani.

O tema da infância também está presente em “A noite de São Lourenço” (1982), Grande Prêmio especial do Júri de Cannes.

Vittorio Taviani morreu em Roma aos 88 anos, em 15 de abril de 2018.

A marca registrada dos dois irmãos era a produção de um cinema atípico, com estilo literário, misturando história, psicanálise e poesia. “A parceria frutífera, humana e artística com seu irmão Paolo produzindo obras de arte inesquecíveis, que a marca estilística vai do extremo requinte a alta poesia, sempre foi combinada com um forte senso de paixão”, acrescentou Mattarella, expressando suas condolências à família.

“É um dia triste para a cultura, um dos maiores mestres do nosso cinema se vai”, declarou em comunicado o ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini.

“Dom, bondade, humildade. Classe. O homem da boina que o diferenciava de Paolo. Posso dizer como Scola ‘nos amamos tanto’. ‘A noite de São Lourenço’ é sua obra-prima”, reagiu no Twitter Gilles Jacob, ex-presidente do Festival de Cannes.

(Fonte: http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2018/04/15 – Jornal do Brasil – INTERNACIONAL – 15/04/2018)

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2521 – CULTURA / POR Ansa – 15/04/18)

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 19.064 – 17 de abril de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 31)

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Gente/2018/04 – Arte & Agenda – Variedades – Gente – 15/04/2018)

 

 

 

 

Padre, Padrone, dos italianos Paolo e Vittorio Taviani, ganhou em 27 de maio de 1977 a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes.

(Fonte: Zero Hora – ANO 44 – Nº 15.248 – 28 DE MAIO DE 2007 – HÁ 30 ANOS EM ZH / AS NOTÍCIAS FORAM PUBLICADAS NA EDIÇÃO DE SÁBADO, 28 DE MAIO DE 1977 – OUTROS DESTAQUES – Pág: 35)

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