Vittorio Emanuele di Saboia, filho de Umberto II, último rei da Itália, que governou apenas um mês em 1946 após a abdicação de seu pai, Vittorio Emanuele III (1900- 1946), monarca que apoiou a ascensão do ditador fascista Benito Mussolini ao poder

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Vittorio Emanuele di Saboia, filho do último rei da Itália

 

 

Vittorio Emanuele di Saboia (nasceu em 12 de fevereiro de 1937, em Nápoles – faleceu em 3 de fevereiro de 2024, em Genebra, na Suíça), príncipe filho de Umberto II, último rei da Itália.

O herdeiro é filho do último monarca do país, Umberto II, que governou apenas um mês em 1946 após a abdicação de seu pai, Vittorio Emanuele III (1900- 1946), monarca que apoiou a ascensão do ditador fascista Benito Mussolini ao poder.

A casa de Saboia governou a Itália desde a unificação em 1861 até 1946, quando os italianos votaram em um referendo institucional em 2 de junho para abolir a monarquia e criar a República.

Insultado por muitos italiano por colaborar com o fascismo antes e durante a Segunda Guerra Mundial e por fugir de Roma em 1943 para evitar o Exército invasor alemão, Umberto II e sua família foram para o exílio na Suíça.

A realeza viveu no exílio até março de 2003, quando foi cancelada a XIII disposição que proibia o retorno dos herdeiros do sexo masculino para a Itália e ele então pôde retornar ao país.

Nascido em 12 de fevereiro de 1937, em Nápoles, Vittorio Emanuele de Savoia, foi o patriarca da Casa dos Saboia, que reinou na Itália unificada de 1861 a 1946, e filho do último monarca, Umberto II, que ocupou o trono entre maio e junho de 1946, quando a Itália se tornou uma República.

O aristocrata deixou o país aos nove anos, desterrado junto com todos os descendentes homens da casa real pela Constituição de 1946, como sanção pela colaboração de seu avô, Vittorio Emanuele III, com o regime fascista e pela assinatura de duas leis raciais.

Retornou ao país em dezembro de 2002, após o levantamento do exílio votado pelo Parlamento italiano. Para obtê-lo, teve de jurar lealdade à República, gesto que rejeitou durante muito tempo.

A vida do príncipe foi marcada por escândalos e polêmicas.

Em 1978, foi acusado de matar a tiros o jovem turista alemão Dirk Hamer, no sul da Córsega. Após um longo processo, o príncipe, que alegou inocência, foi absolvido em 1991.

A Netflix narra esse acontecimento na série “O príncipe que nunca foi rei”, exibida na plataforma desde julho de 2023.

Em 2006, ele se viu envolvido em um caso de proxenetismo e caça-níqueis que lhe custou uma semana de prisão e um mês de prisão domiciliar.

Ao longo dos anos, Vittorio Emanuele acumulou uma série de polêmicas, incluindo escândalos de corrupção e assassinato.

Em 2023, esta história também esteve no centro da série “O príncipe que nunca foi rei”, da Netflix, desenvolvida e dirigida por Beatrice Borromeo Casiraghi. A produção, porém, foi alvo de críticas de seu filho, Emanuele Filiberto, que definiu o documentário sobre o assassinato como “uma desculpa para notícias falsas”.

Em 2017, o Supremo Tribunal de Cassação estabeleceu que “o fato de os juízes franceses, em 1991, terem absolvido Vittorio Emanuele di Saboia da acusação de homicídio voluntário do alemão Dirk Hamer, de 19 anos”, não significa, no entanto, “que o ‘príncipe’ estava isento de qualquer responsabilidade, pois ainda assume importância do ponto de vista civil e também ético que aquela morte ocorreu durante um tiroteio em que Saboia participou, fora de qualquer hipótese de legítima defesa”.

O monarca se casou em 1970, em uma união civil, com a herdeira de uma rica família de industriais suíços de origem italiana, Marina Recolfi-Doria, campeã de esqui aquático.

Como Umberto II era contrário ao casamento, a cerimônia religiosa foi realizada um ano depois, em privacidade, e tendo o xá do Irã como testemunha.

Emanuele di Saboia faleceu no sábado (3) em Genebra, na Suíça, aos 86 anos, após um longo exílio, onde a sua família se exilou no pós-guerra, aos 86 anos, anunciou um comunicado emitido pela antiga casa real de Saboia disse à AFP seu advogado, Sergio Orlandi, confirmando informações da imprensa local.

“Sua alteza real Vittorio Emanuele, duque de Savoia e príncipe de Nápoles, faleceu pacificamente em Genebra rodeado por sua família”, anuncia um breve comunicado da Casa Real dos Saboia, citado pela imprensa italiana.

“Às 7h05 da manhã (horário local), Sua Alteza Real Vittorio Emanuele faleceu pacificamente, rodeado pela sua família”, diz a nota da casa real.

A morte de Vittorio Emanuele ocorre poucos meses depois de, em 2023, ele e sua esposa, Marina Doria, venderem sua mansão nos arredores de Genebra e leiloarem alguns dos objetos mais exclusivos presentes na residência.

(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo – IstoÉ/ NOTÍCIAS/ MUNDO/ por (ANSA) – História de admin3 – 03/02/2024)

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