Stephen Jay Gould, paleontólogo renomado, foi professor da universidade americana Harvard

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O BIÓLOGO DA HISTÓRIA

Gould: ciência para leigos

Em 1982, o paleontólogo americano Stephen Jay Gould soube que tinha desenvolvido um câncer raro no abdome e imediatamente buscou refúgio na biblioteca da Universidade Harvard, onde lecionava. Estudou o que pôde sobre o assunto e optou por um tratamento experimental, que se revelou eficaz. Ganhou duas décadas, até ser definitivamente derrotado pelo câncer, em outra variante, na última segunda-feira, em Nova York, aos 60 anos.

Gould, ficou célebre pelos livros e artigos em que tratava a ciência de forma simples. De tão conhecido nos Estados Unidos, chegou a ser retratado em um episódio do desenho animado Os Simpsons.

Sua tese mais famosa, a do “equilíbrio pontuado”, foi desenvolvida ainda na universidade em parceria com um colega, Niles Eldredge. Na análise de fósseis, eles identificaram fases em que as espécies estudadas apresentavam evoluções repentinas – para os padrões geológicos, claro – alternadas com períodos de mudanças muito mais lentas.

A dupla concluiu que a evolução não é um processo gradual e regular, como as teorias de Charles Darwin faziam supor, abrindo uma polêmica que não se encerra com a morte de Gould.
(Fonte: Veja, 29 de maio, 2002 – ANO 35 – N° 31 – Edição n° 1753 – LUPA – Pág; 111)

O narcisismo da ciência
Stephen Jay Gould (Nova York, 10 de setembro de 1941 – Nova York, 20 de maio de 2002), naturalista que foi mais do que um divulgador de ciência. Paleontólogo renomado, foi professor da universidade americana Harvard e autor de uma teoria que talvez seja a mais significativa pesquisa neodarwinista do mundo – a tese do “equilíbrio interrompido”, segundo a qual a evolução não é um processo contínuo, mas ocorre aos saltos.

Ele se tornou tão conhecido nos Estados Unidos que foi até personagem de um episódio da série Os Simpsons. Gould popularizou, mas não banalizou, a ciência. Em seus livros, jamais recorreu a metáforas fáceis. Gould teve câncer pela primeira vez em 1982, aos 40 anos. Na ocasião, foi à biblioteca da Universidade Harvard, aprendeu tudo sobre o assunto e optou por um tratamento experimental, que se revelou eficaz. Ganhou duas décadas de vida. Professor de Biologia, Zoologia e História da Ciência na Universidade Harvard, Gould fez-se extremamente popular nos Estados Unidos e na Europa. Ele ultrapassou em consistência e qualidade de produção Isaac Asimov e Carl Sagan.

Autor de uma teoria que talvez seja a mais significativa pesquisa neodarwinista em curso no mundo, Gould defendeu a tese de que a evolução se processa aos saltos. A teoria, o chamado “Equilíbrio Interrompido”, sugere que as espécies passam milhões de anos imutáveis e se transformam abruptamente em novas espécies num átimo da escala geológica. “Não existe gradualismo na natureza”, diz Gould.

(Fonte: www.veja.abril.com.br – O narcisismo da ciência – 24/9/03)
(Fonte: www.metropolis.livrespensadores.org – Eurípedes Alcântara)

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