Stefan Zweig, celebridade internacional, um dos maiores escritores do século 20.

0
Powered by Rock Convert

Stefan Zweig (Viena, Áustria, em 28 de novembro de 1881 – Petrópolis (RJ), 23 de fevereiro de 1942), novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta e biógrafo austríaco, celebridade internacional, um dos maiores escritores do século 20. Zweig nasceu em Viena, Áustria, em 28 de novembro de 1881. Doutorou-se em História na Universidade de Viena. Com ascendência judaica, fugiu da perseguição nazista na Europa, refugiando-se em Petrópolis (RJ), em 1940. Dois anos depois, ele a mulher se suicidaram em sua casa na cidade fluminense.

Quatro anos depois de passar alguns dias no Brasil, Zweig e a mulher, Lotte, fixaram residência em Petrópolis numa pequena casa, onde moraram até fevereiro de 1942, quando se suicidaram. Uma celebridade internacional desembarcou do navio RMS Alcântara no porto do Rio de Janeiro em agosto de 1936. Vários jornalistas se amontoaram para registrar as palavras e as primeiras imagens de um dos maiores escritores do século 20 em solo brasileiro.

Apesar da febre que provocou no Brasil, muitos reconhecem e repetem o sobrenome que Zweig deu ao Brasil em livro, sem saber que é dele a autoria: “um país do futuro”. Outros dois volumes fizeram sucesso: “Mundo Insone”, coletânea de ensaios de Zweig, alguns inéditos, e “Três Novelas Femininas”, que traz “Cartas de uma Desconhecida”, “Medo”, “24 Horas na Vida de uma Mulher”. Os principais livros de Zweig foram “Maria Antonieta”, “O Mundo que Eu Vi – Minhas Memórias” e “Brasil, um País do Futuro”.

Em 1941, Zweig publicou “Brasil, um País do Futuro”. Por causa da obra, um retrato um tanto ingênuo e otimista do Brasil, foi execrado e taxado de simpatizante de Getúlio Vargas e do Estado Novo (1937-1945). “O governo brasileiro soube tirar proveito (do livro). Os opositores do governo atacaram Zweig porque não tinham coragem de enfrentar Vargas ou porque faziam negócios com ele”. “Não foi esse massacre público”, porém, “que fez com que Zweig e Lotte se matassem. Foi a chegada da guerra ao Brasil (o rompimento com o Eixo).”

Zweig, judeu que deixou seu país natal por causa do conflito, era um pacifista nato. Queria estar longe da Europa para ficar distante da guerra. Não queria nem falar sobre ela. O suicídio de Zweig era inevitável, mas a data foi precipitada. O fator determinante para o suicídio do casal foi o afundamento do navio brasileiro Buarque na costa americana, dias depois do Carnaval de 1942.

Zweig foi ao Rio de Janeiro no Carnaval e ficou hospedado na casa do (editor Abrahão) Koogan. Na terça, voltou a Petrópolis. E, na sexta (após o naufrágio do Buarque), avisou ao editor que queria encontra-lo para tratar de negócios, quando passou os direitos de sua obra para Koogan. Foi algo planejado.

Traduzido para diversas línguas e com inúmeros filmes baseados em sua obra (mais de 40, pelas contas), Stefan Zweig foi o principal autor a escrever biografias e novelas pelo viés da psicanálise. Zweig é um escritor que poucas pessoas leram. Na França, a popularidade dele é enorme. O suicídio de Zweig, fez dele uma “pessoa um pouco patética”. Zweig é um escritor que ainda pode encantar muitas gerações.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1262370- LITERATURA/ Por Guilherme Brendler/ Alberto Dines – São Paulo – 15 de abril de 2013)

Powered by Rock Convert
Share.