Snow, foi o ocidental com maior autoridade sobre assuntos da China após Marco Pólo

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Snow (Kansas City, Missouri, 17 de julho de 1906 – Eysins, Suíça, 15 de fevereiro de 1972), jornalista e escritor americano. Segundo historiadores estadunidenses, Edgar Snow foi o ocidental com maior autoridade sobre assuntos da China após Marco Pólo e o único cidadão dos Estados Unidos em que os líderes chineses confiavam logo depois da fundação da Nova China. Como um jornalista e escritor, Edgar Snow mostrava aos povos de todo mundo a verdadeira vida do povo chinês e como evoluía a revolução chinesa liderada pelo Partido Comunista da China (PCC).

“C”, de China, significou durante muitos anos nos arquivos de jornalistas e estudiosos a necessidade de saltar para “S”, de Snow, o americano que desde 1936 conhecia Mao Tsé-tung e que forneceu ao ocidente amais preciosa carga de informações sobre o continente vermelho isolado do resto do mundo. No dia 15 de fevereiro, quando Edgar Snow morreu de câncer em Eysins, Suíça, aos 65 anos de idade, o continente que ele, antes de todos, ajudou a tornar conhecido estava prestes a ser vasculhado pela comitiva do presidente Richard Nixon e pelas câmaras de dezenas de jornalistas. O “encontro do século”, entre Nixon e Mao, seria a grande reportagem de Edgar Snow, que desde dezembro de 1970 antecipava que ele seria inevitável: voltando de mais uma de suas viagens à China, ele anunciou então que Pequim estava disposta a receber o presidente americano.

Edgar Snow dedicou praticamente toda a sua vida ao estudo dos costumes e da política da China, que visitou pela primeira vez em 1928. Como jornalista, foi o primeiro a entrevistar Mao, quando ele ainda estava escondido nas montanhas de Ienan, e depois da vitória comunista publicou livros – “Estrela vermelha sobre a China” e “O Outro Lado do Rio: a China hoje”, entre outros – onde já pressentia a aproximação entre americanos e chineses. Provavelmente foi Snow, antes de qualquer outro, o agente secreto de Nixon para a viagem que em fevereiro ele começou a fazer pela China. Os manuscritos, não terminado, dois médicos e duas enfermeiras mandados por Mao Tsé-tung, sua terceira mulher e alguns médicos suíços estavam ao seu lado no dia em que morreu. Nesse mesmo dia, Mao enviou uma mensagem de pêsames à viúva, agradecendo os esforços de Snow na aproximação sino-americana e anunaciando: “Ele viverá para sempre no coração do povo chinês”.

(Fonte: Veja, 23 de fevereiro de 1972 – Edição n° 181 – Datas – Pág; 69)
(Fonte: www. portuguese.cri.cn)

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