Herbert Read, célebre crítico de arte e de literatura britânico, expoente a partir de 1930.

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Sir Herbert Read, crítico; Primeiro campeão de Arte Abstrata

Poeta e ensaísta literário explorou o efeito da sociedade industrial sobre os valores estéticos

 

 

Sir Herbert Edward Read (North Yorkshire, 4 de dezembro de 1893 – North Yorkshire, 12 de junho de 1968), célebre crítico de arte e de literatura britânico, expoente a partir de 1930, na Inglaterra, justamente como o principal advogado e intérprete de suas formas. É autor de “História da Pintura Moderna”, inicialmente publicada em 1958, onde Read sustenta os argumentos que fazem de um quadrado de 1,50 metro de lado, absolutamente negro, uma manifestação artística, ou explicam por que o retrato não precisa ser parecido com o modelo para se ter uma obra-prima.

As galerias de arte, primeiro na Europa e depois no resto do mundo, tornaram-se palco das mais desencontradas reações por parte do grande público. Suscitando reações que vão da admiração ao desprezo absoluto, a pintura moderna continua sendo incompreendida pela maioria das pessoas que insistem em julgá-la como resultado da incompetência dos artistas em retratar o real. Ninguém melhor para demovê-las e explicar a pintura que se fez no século 20 que Read.

Read aceitou a tarefa que a maioria dos grandes críticos prefere refugar: narrar de forma ordenada como se dá o processo histórico de um ciclo da arte. E ensina os admiradores que a arte, ao contrário dos exércitos, não avança com lógica ou linearidade. Fiel a uma narrativa simples, conseguiu seu objetivo. Não apenas ajuda a entender como Picasso, Paul Klee e Marc Rothscko chegaram onde chegaram, a partir das inquietações de Cézanne e Matisse, mas também compõe um mural no qual se aprende ao mesmo tempo quem eram como eram.

Mostra como Van Gogh, Kandinski e Modigliani não pretendiam pontificar como gênios, mas buscavam apenas a mais absoluta originalidade plástica. A obra fala da seriedade com que tais artistas assumiram a tarefa de abandonar a cômoda retratação da natureza. E nada mais fácil para entender essa decisão que a leitura da obsessiva carta que o pintor austríaco Oskar Kokoshka (1886-1980) enviou a uma costureira encomendando uma boneca de pano, em tamanho natural, que viria a ser modelo de uma série infindável de desenhos.

Tão sério e desapaixonado é o critério de seleção de ilustrações que um Jackson Pllock ocupa mais espaço que um Salvador Dali. Essa edição conta com o raro requinte do índice onomástico, permite ao brasileiro ler sobre pintura moderna sem qter que fazer um curso de línguas.

(Fonte: Veja, 29 de outubro de 1980 – Edição 634 – Livros/ Por Milton Rodrigues Alves – Pág; 95)

 

 

 

 

 

Sir Herbert Read, crítico; Primeiro vencedor da arte abstrata;

Poeta e ensaísta literário explorou o efeito da sociedade industrial sobre os valores estéticos

(Fonte: https://www.nytimes.com/1968/06/13/archives – New York Times Company / ARQUIVOS / por Os arquivos do New York Times – 13 de junho de 1968)

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