Sergio Amaral, diplomata, ex-embaixador e ex-ministro, tendo sido embaixador do Brasil em Londres (1999-2001), Paris (2003-2005) e o mais recente deles, Washington (2016-2019)

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Sergio Amaral, ex-embaixador e ex-ministro

Foi um dos diplomatas mais importantes do Brasil

Sérgio Amaral em imagem de novembro de 1997 — Foto: Ed Ferreira/Estadão Conteúdo/Arquivo

Sérgio Amaral em imagem de novembro de 1997 — (Foto: Ed Ferreira/Estadão Conteúdo/Arquivo)

 

Sergio Amaral ocupou postos de destaque na diplomacia brasileira, tendo sido embaixador do Brasil em Londres, Paris e o mais recente deles, Washington.

(Foto: Divulgação/Ministério das Relações Exteriores / Estadão)

 

Sergio Amaral, era considerado um dos diplomatas mais importantes da história brasileira, foi ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos e ex-ministro da Indústria e Comércio, era considerado um expoente do estilo tradicional do Itamaraty, que defendia o pragmatismo do Brasil nas relações com outros países.

Amaral nasceu na capital paulista em 1944. Ele se formou em direito pela USP (Universidade de São Paulo) e concluiu pós-graduação em ciência política pela Universidade Sorbonne, em Paris. Ainda na área acadêmica, foi professor assistente de relações internacionais na Universidade de Brasília.

Amaral ocupou postos de destaque na diplomacia brasileira, tendo sido embaixador do Brasil em Londres (1999-2001), Paris (2003-2005) e o mais recente deles, Washington (2016-2019).

Foi também ministro da Indústria e Comércio, além de porta-voz da Presidência da República durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, com quem manteve amizade ao longo das últimas décadas.

Nascido em junho de 1944, Sergio Amaral estudou direito na Universidade de São Paulo e fez pós-graduação em Ciência Política (DESS) pela Universidade Paris-Sorbonne. Foi negociador da dívida externa brasileira e ocupou uma série de cargos no governo, como o de secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Secretário de Comunicação de FHC, presidente dos Conselhos da Camex e do BNDES.

Foi durante seu período à frente da embaixada do Brasil nos Estados Unidos que os dois países celebraram o histórico acordo de salvaguardas tecnológicas que permite o uso da base de Alcântara, no Maranhão, após anos de negociação.

O diplomata foi negociador da dívida externa brasileira e ocupou uma série de cargos no governo, entre os quais o de secretário executivo do ministério do Meio Ambiente e secretário de Comunicação da Presidência no governo FHC, além de presidente dos conselhos da Camex (Câmara de Comércio Exterior) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

No setor privado, presidiu o Conselho Empresarial Brasil-China e integrou o conselho da WWF Brasil, assim como das empresas francesas Total, Plastic Omnium e de várias outras companhias brasileiras. Também foi membro do conselho estratégico da Fiesp (Federação das Indústrias do Estados de São Paulo).

Amaral era considerado um expoente do estilo tradicional do Itamaraty, que defendia o pragmatismo do Brasil nas relações com outros países. Sobre os EUA, por exemplo, costumava dizer que a relação entre as duas nações era pendular – ora de mais proximidade, ora de afastamento, a depender dos temas e interesses em jogo.

Amaral voltou ao Brasil após o período como embaixador em Washington, em 2019. Passou a viver em São Paulo e dedicou-se a atividades no setor privado, além das participações em palestras e entrevistas à imprensa. Ele presidiu o Conselho Empresarial Brasil-China e integrou o Conselho da WWF Brasil e de empresas brasileiras. Estava associado ao escritório Felsberg e Advogados, era membro do Conselho Estratégico da Fiesp e conselheiro do Cebri.

Na campanha eleitoral de 2022, Amaral engrossou a lista de tucanos históricos que declararam voto no presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno, citando a defesa da democracia e dos valores tradicionais da diplomacia brasileira. “Todos aqueles que comungam das ideias do PSDB encontram no Lula uma pessoa que tem algumas ideias semelhantes. O PSDB historicamente é a social democracia e teve uma trajetória comum (à do PT) no combate à ditadura, disse ao Estadão o ex-embaixador, na ocasião.

O diplomata Sergio Amaral faleceu na noite da quinta-feira, 13, em São Paulo, aos 79 anos.

Em nota, o Itamaraty manifestou pesar. “O ministro Mauro Vieira, em nome de toda a Casa, estende suas condolências e expressa seu reconhecimento por uma trajetória de relevantes serviços prestados ao Ministério das Relações Exteriores e ao Brasil”, diz trecho do comunicado.

O ex-ministro e ex-chanceler Aloysio Nunes afirmou que Amaral foi “um dos mais brilhantes diplomatas” do País.

Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) lamentou o falecimento do embaixador Sergio Amaral. Além de um valioso colega de carreira, eu perdi um amigo de 50 anos, com o qual tive uma convivência rica e estimulante. O debate público brasileiro certamente se ressentirá da ausência das contribuições e observações argutas de Sergio Amaral, que deixará saudades em todos os que tiveram o privilégio de se relacionar com ele”, afirmou o presidente do conselho, Luiz Augusto de Castro Neves.

“Em nome dos diretores, dos associados e da equipe do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), eu lamento profundamente o falecimento do Embaixador Sergio Amaral, que deu uma contribuição ímpar à vida pública brasileira, à nossa política externa e ao aprimoramento das relações Brasil-China. Presidente Emérito do CEBC e integrante de seu Comitê Consultivo, Sergio Amaral ocupou a Presidência da instituição de 2010 a 2015 e desempenhou um papel crucial para seu fortalecimento. Desde então, continuou a contribuir para a reflexão sobre o relacionamento bilateral, com propostas e insights originais. Em novembro, realizou a meu lado o encerramento da Conferência Anual do CEBC de 2022?, acrescentou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)Josué Gomes da Silva, afirmou que a morte do embaixador é “uma grande perda para a diplomacia do Brasil e do mundo”. “Servidor público ético, capaz e dedicado, contribuiu efetivamente para as relações internacionais brasileiras como embaixador, ministro da Indústria e Comércio e porta-voz da Presidência da República de nosso País. Foi ainda um intelectual brilhante, professor universitário e autor de artigos”, disse.

“Sergio Amaral também teve destacada atuação no setor privado e integrou o Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP. Lembrado por todos nós como uma pessoa educada, elegante e generosa, orientou muitos jovens na carreira em que se tornou um exemplo de cidadão e profissional. Nosso respeito e carinho à família e a todos os seus amigos e admiradores, entre os quais nos incluímos”, completou Josué.

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, destacou o “brilhantismo intelectual de Amaral. “Registro, com imenso pesar, o falecimento do Embaixador Sérgio Amaral. A dimensão singular de sua trajetória profissional, testemunho de seu brilhantismo intelectual, configura contribuição ímpar à diplomacia brasileira. Contribuição essa que alcançou também as relações entre União Europeia e Brasil. Neste momento de reverência à sua memória por todos aqueles que tiveram o privilégio de seu convívio, manifesto solidariedade e condolências à família e aos amigos.”

(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – ISTOÉ DINHEIRO/ NOTÍCIAS/ BRASIL – 14 jul 2023) 

(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Folha de S.Paulo/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 14 jul 2023) 

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/07/14 – SÃO PAULO/ NOTÍCIA/ Por g1 — São Paulo – 

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