Sarah Vaughan, símbolo do jazz, ficou conhecida pelo público tanto como divina quanto como desbocada

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

Sarah Vaughan (Newark, 27 de março de 1924 – Los Angeles, 3 de abril de 1990), símbolo do jazz

A afinação perfeita de Sarah Vaughan ajudou a elevar o papel de vocalista ao mesmo nível de importância do instrumentista de jazz.

Em uma noite de outubro de 1942, ao cantar “Body and Soul”, uma jovem de 18 anos calou o mítico Teatro Apollo, no Harlem, palco do melhor da música negra do século 20.

A moça se chamava Sarah Vaughan e seu destino, a partir dali, estaria ligado à história da música americana.

Ao longo de sua carreira, Vaughan ficou conhecida pelo público tanto como “divina” quanto como “desbocada”, apelidos que refletiam seu senso de humor e a sensualidade que emprestou a seu repertório.

Vaughan nasceu em março de 1924, na cidade de Newark. Ela contribuiu para a propagação do jazz ao lado de nomes como Dinah Washington.

Durante anos, a crítica dividiu o posto de rainha do jazz entre Vaughan, Billie Holliday e Ella Fitzgerald.

“Há uma categoria para mim. Apenas me identifiquem como uma cantora de boas músicas”, costumava dizer ela.

 

VOZINHA FINA – A partir dos anos 50, o posto de grande diva da música negra americana passou a ser disputado lance a lance por duas cantoras bem mais conhecidas do público: Sarah Vaughan, morta em 1990, aos 66 anos, e Ella Fitzgerald (1917-1996). Ambas gravaram mais de uma centena de LPs, e todo ano novas coletãneas de suas músicas chegavam às lojas.

Sarah tinha um vozeirão de cantora de ópera. Ella, em seu auge, uma vozinha fina que às vezes soava à de uma criança. Em compensação, Ella conseguia passear com muito maior desenvoltura pelos graves e agudos. Sarah, por sua vez, era mais versátil: conseguia dar interpretações inovadoras a canções de autores tão diferentes como os Beatles, Ivan Lins e Michel Legrand.

Ella, em contrapartida, reinventou os vocais jazzísticos com uma qualidade semelhante à de Billie Holiday. Cantava como quem tocava um instrumento – concorria com a orquestra em seus improvisos, os scats.

Tanto Sarah quanto Ella passearam pelo jazz, pelo blues, pela bossa nova e pelos standars da música americana. Ella & Louis, uma histórica gravação de 1956 que junta Ella Fitzgerald ao trompetista Louis Armstrong em músicas como April in Paris, Tenderly e Cheek to Cheek.

 

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/agendafolha/1148955-colecao-relembra-grandes-sucessos- DE SÃO PAULO – COLEÇÃO FOLHA GRANDES VOZES – 6 de setembro de 2012)

(Fonte: Veja, 8 de janeiro de 1992 – ANO 25 – N° 2 – Edição 1216 – MÚSICA/ Por OKKY DE SOUZA – Pág: 78/79)

 

 

Powered by Rock Convert
Share.