Samuel Dashiell Hammett, considerado o inventor das modernas histórias de detetive.

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Dashiell Hammett (St. Mary, Maryland, 27 de maio de 1894 – Nova York, 10 de janeiro de 1961), é um dos marcos da literatura policial, transformou as histórias policiais de uma vez por todas. Há duas grandes escolas no gênero: a inglesa, mais cerebral, e a americana, mais barra pesada. Hammett foi o grande criador da escola americana. Ele escrevia sobre o trabalho de detetive de cátedra – afinal, antes de sentar-se {a máquina de escrever, entre uma bebedeira e outra, fora detetive particular. Maldição em Família não tem a mesma estatura de O Falcão Maltês, seu mais notável romance. Mas Hammett é Hammett, e é sempre um prazer acompanhar sua prosa nervosa, inteligente e sanguinolenta. Em Maldição em Família, um investigador trabalha num caso de roubo de diamantes e acaba num corpo-a-corpo com seitas sinistras.
(Fonte: Veja, 28 de outubro de 1987 – Edição n° 999 – LIVROS/ Roberto Pompeu de Toledo – Pág; 135)

Samuel Dashiell Hammett (1894-1961) abandonou a escola aos catorze anos e, depois de fazer diversos serviços temporários (foi estivador, por exemplo), conseguiu emprego numa agência de detetives particulares em San Francisco. Começou a escrever nos anos 1920. Serviu como sargento nas duas grandes guerras, foi roteirista de Hollywood e em 1951, durante o macarthismo, foi preso pela Comissão de Atividades Antiamericanas. Viveu trinta anos com a escritora Lilian Hellman (1905-84). Considerado o inventor das modernas histórias de detetive, escreveu cinco romances e cerca de oitenta contos, sete deles reunidos em Continental Op.

O FALCÃO MALTÊS

O enredo do romance policial mais famoso do século XX gira em torno de uma relíquia medieval valiosíssima – a estatueta de um falcão – que é levada em sigilo desde o Oriente até a cidade de San Francisco, na Califórnia. Em seu rastro seguem aventureiros gananciosos que fazem de tudo para possuí-la. O detetive particular Sam Spade entra nessa batalha quando seu sócio é assassinado depois de se envolver com uma jovem sedutora e esperta. Imune a ilusões sentimentais, habituado a lidar com gângsteres e policiais corruptos, Spade arma um jogo sutil de alianças e traições, decidido a sair vencedor. Preserva noções elementares de justiça, mas está disposto a ir até o limite.

Ao publicar O falcão maltês (1932), Dashiell Hammett transformou as histórias policiais de uma vez por todas. Com um estilo que já foi comparado ao de Hemingway, Hammett jogou os personagens nas ruas de uma cidade turbulenta, deu à trama um ritmo acelerado, usou a linguagem crua do dia-a-dia e adotou um realismo que o gênero policial até então desconhecia. Esse realismo se relaciona diretamente com a biografia do autor: Hammett abandonou a escola aos catorze anos e, depois de diversos trabalhos temporários (foi estivador, por exemplo), conseguiu emprego numa agência de investigações. Não se destacou como detetive, mas os oito anos em que exerceu a profissão lhe deram a matéria-prima de sua literatura.
Em 1941, John Huston transformou O falcão maltês num filme igualmente célebre: Relíquia macabra, que consagrou Humphrey Bogart no papel de Sam Spade.
(Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br)

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