Rui D’Espiney, fundou, com Francisco Martins Rodrigues e João Pulido Valente, o primeiro movimento maoista português

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Rui D’Espiney, figura de referência da luta antifascista

Rui D'Espiney em 2001 MOV. ASSOCIATIVISMO E DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Rui D’Espiney em 2001 MOV. ASSOCIATIVISMO E DEMOCRACIA PARTICIPATIVA

Rui d’Espiney (Moçambique, 1927 – Lisboa, em 28 de abril de 2016), militante antifascista e cofundador de dois movimentos comunistas maoista, de cisão no PCP, em 1964

Nascido em Moçambique, foi um dos fundadores, em 1964, da Frente de Acção Popular (FAP) e do Comité Marxista-Leninista Português (CM-LP), que resultou de uma cisão no PCP e que defendia a luta armada contra a ditadura.

Rui d’Espiney foi militante do PCP até 1962, tendo abandonado o partido na mesma altura em que Francisco Martins Rodrigues, no centro da primeira cisão maoista no movimento comunista português.

Quando se deu o 25 de abril, que derrubou a ditadura em 1974, Rui d’Espiney e Francisco Martins Rodrigues estavam presos, desde 1965, sendo torturado pela PIDE, a polícia política.

Fundou, com Francisco Martins Rodrigues (1927-2008) e João Pulido Valente, o primeiro movimento maoista português, no ano de 1964.

Eram três. Queriam derrubar o regime do Estado Novo pela luta armada. Passaram anos exilados em França e na Argélia. Juntaram-se, em 1964, para criar o primeiro movimento maoista português, Comité Marxista-Leninista Português/ Frente de Ação Popular (CMLP/FAP). O único que ainda estava vivo, Rui D’Espiney,

Francisco Martins Rodrigues, João Pulido Valente e Rui D’Espiney foram os heróis de uma geração. Começaram a desenhar a sua solução alternativa para libertar os portugueses do fascismo a partir de França, mas uma vez regressados a Portugal, em junho de 1965, acabaram presos em menos de um ano.

O primeiro deles foi João Pulido Valente, detido na sequência de informações recolhidas por Mário Mateus, um informador da PIDE que acreditavam ter-se infiltrado no movimento e que foi por este executado a 26 de novembro de 1965. Seguiram-se as prisões de Chico Martins Rodrigues e Rui D’Espiney, também torturados e espancados.

Só oito anos mais tarde, já depois do 25 de abril de 1974, os três amigos haviam de sair da prisão de Peniche. Mais recentemente, em entrevista à RTP, D’ Espiney havia de dizer que a forma violenta como o grupo apareceu foi “precipitada” porque não tinha “uma estrutura orgânica capaz de suportar a repressão que se viria a abater” sobre ele.

Rui D’Espiney, sociólogo, coordenou diversos projetos de desenvolvimento educativo e comunitário. Fundou e foi diretor executivo do Instituto das Comunidades Educativas. Presidiu também à ADELE-Associação para o Desenvolvimento Educativo Local na Europa.

Rui D’Espiney morreu em Lisboa, em 28 de abril de 2016, aos 73 anos, vítima de um enfisema pulmonar.

(Fonte: https://www.publico.pt/politica/noticia – POLÍTICA – NOTÍCIA – PÚBLICO – 28/04/2016)

(Fonte: http://www.jn.pt/nacional – JORNAL DE NOTÍCIAS – NACIONAL – 28/04/2016)

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