Rosa Parks, uma das principais responsáveis pelo movimento pela igualdade pelos direitos civis

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Pioneira pela igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos

A ativista Rosa Parks, ganhou do Congresso o apelido de “primeira dama dos direitos civis” por sua luta contra o racismo.

Rosa Parks (Tuskegee, Alabama, 4 de fevereiro de 1913 -– Detroit, 24 de outubro de 2005), costureira norte-americana, considerada uma das principais responsáveis pelo movimento pela igualdade pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Há cinqüenta anos, Parks ficou famosa e ganhou o título de “mãe do movimento pelos direitos civis” ao se negar a ceder seu lugar para um passageiro branco em um ônibus em Montgomery, no Estado do Alabama. Na época, leis de segregação racial eram permitidas nos Estados Unidos. Era permitido, por exemplo, a separação entre negros e brancos em transportes e acomodações públicas ou restaurantes.

Ao recusar a ordem do passageiro branco, apesar das leis que a obrigavam a ceder sua vaga, Parks foi presa e multada, o que provocou a reação da comunidade negra local.

Durante uma entrevista em 1992, Parks tentou explicar seu ato: “Meus pés estavam doendo, e eu não sei bem a causa pela qual me recusei a levantar. Mas creio que a verdadeira razão foi que eu senti que tinha o direito de ser tratada de forma igual a qualquer outro passageiro. Nós já havíamos suportado aquele tipo de tratamento durante muito tempo”.

Sua prisão provocou um boicote de 381 dias contra as companhias de ônibus locais, liderado por um então desconhecido pastor, o Reverendo Martin Luther King, que nos anos seguintes liderou o movimento pela igualdade de direitos civis.

O boicote, que ocorreu um ano depois do fim da segregação racial em escolas, marcou o início do movimento pela igualdade dos direitos civis, e que atingiu o auge em 1964, com a Lei Federal dos Direitos Civis, que baniu discriminação racial em todos os estabelecimentos públicos.

Em 1965, os 500 participantes de uma marcha pacífica rumo a Montgomery foram bombardeados com gás lacrimogêneo e depois violentamente espancados pela polícia.

Três semanas depois, Luther King conseguiu juntar 25 mil pessoas em uma nova marcha rumo à capital do Estado, pedindo o direito ao voto. Quatro meses depois, o presidente Lyndon Johnson assinou uma lei garantindo que os negros não fossem impedidos de se inscrever nas listas eleitorais.

Mudanças

Após ser solta, Parks teve dificuldade para encontrar trabalho no Alabama, e se mudou para Detroit em 1957, onde se tornou uma figura reverenciada pela população local.

Em 1999, durante o governo do democrata Bill Clinton, ela recebeu a Medalha de Ouro do Congresso, considerada a maior homenagem oficial do governo dos EUA concedida a civis, entre outras diversas honrarias.

O Museu Rosa Parks, inaugurado em novembro de 2000, lembra a briga desta mulher, com atrações como o ônibus de assentos “reservados para brancos” na parte central. Os visitantes também podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo – da Folha Online – 25/10/2005)

 

 

 

 

Em 1º de dezembro de 1955, em Montgomery, no Estado do Alabama, a costureira negra americana Rosa Parks recusa-se a ceder lugar num ônibus a um branco e gera um conflito que seria o início da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.

(Fonte: Correio do Povo – ANO 121 – Nº 62 – 1º de dezembro de 2015 – CRONOLOGIA/ Por Dirceu Chirivino – Pág: 16)

 

 

 

 

Rosa Parks, pioneira dos direitos civis

Rosa Parks (Tuskegee, Alabama, 4 de fevereiro de 1913 – Detroit, 24 de outubro de 2005), a costureira negra cuja recusa de dar o seu lugar em um ônibus para um homem branco, em Montgomery, no Alabama, causou uma revolução nas relações raciais norte-americanas.

Nascida em Tuskegee, no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos, Rosa era filha de James e Leona McCauley, e cresceu em uma fazenda. Devido a problemas de saúde na família, foi obrigada a interromper os seus estudos e começou a trabalhar como costureira.

Parks era uma costureira de 42 anos de uma loja de departamentos de Montgomery quando tomou um ônibus no centro da cidade em 1o. de dezembro de 1955.

Três pontos depois de ela ter entrado no veículo, um homem branco embarcou e teve que ficar em pé. Para providenciar um assento vazio a ele, como as regras mandavam, o motorista James Blake disse a Parks e a três outros negros: “É melhor que vocês todos facilitem para vocês mesmos e deixem-me ter esses assentos.”

Os outros passageiros aceitaram, mas Parks, não.

“Não. Estou cansada de ser tratada como uma cidadã de segunda classe”, respondeu ela a Blake. O motorista chamou a polícia, que perguntou a Parks por que ela não havia se retirado do lugar. “Eu não achei que deveria. Eu paguei a passagem como todos os outros.”

Parks não foi a primeira pessoa negra que tomou um ônibus em Montgomery a ser presa por não ceder seu assento, mas foi a primeira a desafiar a lei. Por anos antes da prisão, Parks e seu marido atuavam em um grupo de direitos civis que procurava um caso para estabelecer um precedente a fim de combater as leis de segregação racial da cidade.

Parks recebeu em 1996 a maior honra civil norte-americana, a Medalha Presidencial da Liberdade, e, em 1999, a Medalha de Ouro da Honra do Congresso.

Rosa Parks morreu dia 24 de outubro de 2005, estava com 92 anos.

Shirley Kaigler, a advogada de Parks, afirmou que ela morreu enquanto cochilava na noite de segunda-feira, cercada por um pequeno grupo de amigos e membros de sua família. “Ela apenas dormiu e não acordou mais”, disse Kaigler.

A causa da morte ainda não é conhecida. Registros médicos divulgados neste ano, como parte de uma longa disputa legal sobre o uso do nome de Parks em uma música do grupo de hip-hop OutKast, revelaram que ela sofria de demência progressiva. Nos últimos anos, Parks raramente aparecia em público.

Kaigler contou que Parks estava em casa, em um prédio perto do rio Detroit e da fronteira com Ontário, no Canadá, quando morreu.

O líder de direitos civis Jesse Jackson lamentou a morte, mas afirmou que “nos alegramos por seu legado, que nunca morrerá”. Segundo ele, “em muitas maneiras, a história está marcada em antes e depois de Rosa Parks”.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias- MUNDO – 25 de outubro de 2005)
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