Roger Boisjoly, foi o engenheiro que tentou impedir lançamento da Challenger, na qual explodiu matando todos os tripulantes e a professora Christa McAulliffe, primeira civil a participar de um voo espacial

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Engenheiro de terceirizada da Nasa e quatro colegas tentaram adiar lançamento

 

Explosão do Challenger é considerada a maior tragédia da história do programa espacial americano (Foto: Mark Wilson/Getty Images)

Explosão do Challenger é considerada a maior tragédia da história do programa espacial americano (Foto: Mark Wilson/Getty Images)

 

Roger Mark Boisjoly (nasceu em Lowell, Massachusetts, em 25 de abril de 1938 – faleceu em Utah,  em 6 de janeiro de 2012), engenheiro mecânico que tentou impedir lançamento da Challenger.

Ele ficou famoso em meados da década de 80 por ter tentando, em vão, impedir o lançamento do Challenger. O ônibus espacial explodiu matando todos os tripulantes e a professora Christa McAulliffe, primeira civil a participar de um voo espacial.

 

 

Os sete mortos na explosão do ônibus espacial Challenger. À esquerda na imagem, a americana Christa McAuliffe, a primeira civil a integrar uma missão, escolhida entre 11 mil candidatos - (Foto: Divulgação/Nasa)

Os sete mortos na explosão do ônibus espacial Challenger. À esquerda na imagem, a americana Christa McAuliffe, a primeira civil a integrar uma missão, escolhida entre 11 mil candidatos – (Foto: Divulgação/Nasa)

 

O engenheiro que trabalhava na empresa Morton Thiokol, contratada pela Nasa — junto com quatro colegas — mostrou para os responsáveis pelo ônibus espacial Challenger que, em caso de frio extremo, as juntas de borracha “O-rings” do tanque de combustível endureceriam e não vedariam corretamente a estrutura. Como a temperatura na plataforma estava muito baixa — abaixo de zero —, eles recomendaram à Nasa que adiasse o lançamento na esperança de que o tempo esquentasse e o risco diminuísse. Mas os executivos da empresa e da agência espacial americana disseram que não.

A causa principal do acidente foi o rompimento dos anéis usados na vedação do tanque de combustível do ônibus espacial por conta da baixa temperatura registrada na época. Boisjoly sabia da fragilidade das peças e alertou, em inúmeras ocasiões, que elas não resistiriam ao lançamento.

Na véspera do triste episódio, ele e uma equipe de engenheiros espaciais passaram a noite em claro tentando convencer a NASA a cancelar o lançamento do que seria a décima missão do Challenger. Pouco mais de um minuto depois do lançamento, realizado no dia 28 de janeiro de 1986, o ônibus espacial explodiu e virou uma gigante bola de fogo, ao vivo e a cores, na frente de espectadores e famílias dos astronautas.

A tragédia se confirmou como a maior de toda a história do programa espacial americano e foi particularmente um fardo para Boisjoly. De acordo com o Los Angeles Times, o engenheiro tinha o costume de cortar lenha com um machado para aliviar raiva e a culpa que o acompanharam até o fim dos seus dias.

Nascido em abril de 1938, em Lowell, Massachusetts, o engenheiro deixou os holofotes depois da tragédia e virou engenheiro forense e professor de ética para engenharia.

Challenger sendo lançada no Kennedy Space Center em 28 de janeiro de 1986, 73 segundos antes da explosão que matou as sete pessoas de sua tripulação - (Bob Pearson / AFP)

Challenger sendo lançada no Kennedy Space Center em 28 de janeiro de 1986, 73 segundos antes da explosão que matou as sete pessoas de sua tripulação – (Bob Pearson / AFP)

Challenger (ônibus espacial)

Challenger foi um ônibus espacial da NASA. Foi o terceiro a ser fabricado, após o Enterprise e o Columbia . Foi a primeira vez ao espaço em 4 de abril de 1983. Em 28 de Janeiro de 1986, na STS-51-L (sua décima missão), um defeito na anilha(espécime de borracha que vedava o propulsor) de um dos propulsores provocou um incêndio repentino no tanque externo de combustível causando a explosão da Challenger, a anilha se endureceu com a baixa temperatura do dia 28, e não ficou flexível suficiente, matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar de um voo espacial.

Este desastre paralisou o programa espacial estadunidense durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da espaçonave, a anilha. A investigação sobre o acidente com o ônibus espacial foi liderada pelo renomado físico novaiorquino Richard Philips Feynman (1918-1988), que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C (ou 32°F). Feynman foi a público explanar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração em rede nacional e ao vivo.

Roger Boisjoly morreu em sua casa no interior do estado de Utah, em 6 de janeiro de 2012, aos 73 anos, de câncer, na companhia da família.

(Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias – TECNOLOGIA/ NOTICIAS/ por Gabriela Ruic – São Paulo – 08/02/2012)

 

 

O Acidente com o Ônibus Espacial Challenger

O acidente do ônibus espacial Challenger ocorreu no dia 28 de janeiro de 1986, durante a fase de decolagem do ônibus espacial Challenger, em apenas 73 segundos após seu lançamento da missão STS-51-L, causando a explosão da nave e consequentemente, a morte dos sete tripulantes que estavam a bordo. A nave se desintegrou sobre o Oceano Atlântico ao longo da costa da Flórida, às 16:38 UTC. Sua desintegração total começou quando o O-ring de vedação do lado direito do foguete de combustível sólido (SRB) falhou em pleno ar. A falha do O-ring causou uma quebra do selamento do foguete, permitindo que o gás quente sob pressão de dentro do motor do foguete sólido alcançasse a parte externa e invadisse o anexo das ferragens adjacentes do SRB e do tanque de combustível externo, levando à separação do anexo do lado direito do SRB e a falha estrutural do tanque externo.

Forças aerodinâmicas rapidamente destruíram a nave por completo. O desastre resultou na pausa por 32 meses do programa de ônibus espaciais e da criação da Comissão Rogers, uma comissão especial nomeado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, para investigar o acidente. A Comissão Rogers investigou a agência espacial da NASA, descobrindo vários processos decisivos que tinham sido fundamentais para a contribuição do acidente. Os administradores da NASA sabiam que a empresa produtora de motores de foguetes, Morton Thiokol, continha uma possível falha produtiva nos O-rings desde 1977, porém, não conseguiram resolver o problema corretamente. Eles também ignoraram os avisos dos engenheiros sobre os perigos de lançamento devido às baixas temperaturas daquela mesma manhã, não informando estes riscos e preocupações técnicas aos superiores.

(Fonte: http://www.oarquivo.com.br/temas-polemicos/historia – 29 Junho 2015)

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