Rochus Misch, o último guarda-costas de Adolf Hitler

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A última testemunha do suicídio de Hitler e Eva Braun

Rochus Misch, guarda-costas, mensageiro e telefonista, o último guarda-costas de Adolf Hitler, homem considerado como a única testemunha viva dos últimos dias do ditador nazista.

Misch era a última pessoa que foi testemunha do suicídio do ditador e de sua esposa, Eva Braun, em seu bunker da capital alemã.

Pintor de parede, Rochus Misch se juntou muito jovem a SS. Ele foi, aos 27 anos, um dos últimos a deixar em 2 de maio de 1945 o bunker do Führer em uma Berlim em ruínas que acabava de ser conquistada pelo Exército Vermelho. Desta forma, ele foi um dos únicos a ver o corpo de Hitler após seu suicídio.

“Hitler, sentando em uma poltrona, estava caído em sua mesa e Eva Braun estava deitada ao seu lado. Eu o vi com os meus próprios olhos”, declarou Misch em uma entrevista em 2005.

Aprisionado pelos russos, Misch passou oito anos em campos no Cazaquistão e na Sibéria antes de retornar a Berlim em 1953 e retomar seu trabalho como pintor. Ele nunca se afastou verdadeiramente do nacional-socialismo, e continuava a descrever Hitler, a serviço do qual esteve a partir de 1940, como alguém “amável” e “gentil”.

Em 2009 ainda concedeu uma entrevista à revista alemã “P.M History”, na qual ratificava sua fidelidade ao “Fürher” como soldado, embora condenasse os “terríveis e cruéis” crimes contra a humanidade do nazismo.

Misch, membro do pessoal destinado a serviço de Hitler na década de 1940, lembrava já com falhas a cena que viveu em 30 de abril de 1945.

Dias antes, em 22 de abril, o ditador nazista tinha anunciado ao seu pessoal que a guerra estava perdida, comunicou sua decisão de permanecer em Berlim e deu permissão para que abandonassem o edifício, mas Misch ficou até o final.

“Permaneci como fiel servidor de meu chefe no bunker”, lembrava Misch, que não deixou o local até Josef Goebbels, o ministro de Propaganda nazista, dizer em 2 de maio que já não precisava mais dele e que podia partir.

Sargento da unidade especial das SS do “Führer”, Misch não era capaz de recriminar Hitler por seus crimes – “superaria meu cumprimento do dever como soldado” – e assegurava que nunca se falou da existência de campos de concentração em seu círculo íntimo.

Tempos depois, ficou sabendo sobre a existência desses campos. “Agora estou bem informado – disse em 2009. Está claro que aconteceram coisas horríveis. Não há desculpa possível, houve campos de concentração. Isso não é possível negar”.

Após a morte de Hitler, Misch foi capturado pelas tropas soviéticas e passou nove anos em uma prisão russa, até que retornou para Berlim em 1953.

No setor oeste da capital alemã, Misch trabalhou em uma loja de pintura até sua aposentadoria.

Michael Stehle é detentor dos direitos de um livro publicado em 2007, no qual Misch descreveu seus anos ao lado de Hitler.

A obra, que foi bem vendida na Alemanha, foi publicada em inglês, e Misch, que gozava de suas plenas faculdades mentais, redigiu em pessoa o seu prefácio recentemente, segundo Stehle.

Rochus Misch faleceu em 5 de setembro de 2013, em Berlim de complicações de um acidente cardiovascular, aos 96 anos.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa – NOTÍCIAS – MUNDO – EUROPA- 06 de Setembro de 2013)
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