Robert Jordan, escritor da série A Roda do Tempo

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Robert Jordan, escritor da série A Roda do Tempo

Robert Jordan, escritor da série A Roda do Tempo

 

 

Robert Jordan (Charleston, na Carolina do Sul, 17 de outubro de 1948 – 16 de setembro de 2007), escritor norte-americano da série A Roda do Tempo

Com mais de 80 milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro, A Roda do Tempo está não apenas entre as sagas contemporâneas mais famosas, mas também entre as mais elaboradas e consistentes obras da literatura fantástica, que consagrou Robert Jordan como referência absoluta do gênero.

Personagens fortes, um universo rico

A genialidade de Jordan está emm ter criado uma obra artística que, como O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, alia personagens fortes e profundos a um rico universo fantástico. Por trás da simplicidade desse enredo inicial se desdobra pouco a pouco uma realidade bem mais complexa, na qual se misturam magia, guerras e intrigas políticas. Emergem da narrativa reinos, nizações com interesses conflitantes, enquanto os próprios personagens evoluem, afirmando com vigor sua personalidade.

 

 

 

 

 

Robert Jordan morreu em 16 de setembro de 2007, aos 58 anos, de uma doença cardíaca.

 

Uma entrevista realizada em setembro de 2000, durante uma convenção de literatura de fantasia na Rússia, na qual o autor fala um pouco sobre a série A Roda do Tempo, o amor pela literatura e a Guerra do Vietnã.

TAHIR VELIMEEV: Quantos pseudônimos tem o multifacetado James Oliver Rigney Jr?

ROBERT JORDAN: Não muitos, mas também não são poucos. Publiquei os romances históricos The Fallon BloodThe Fallon Legacy e The Fallon Pride sob o pseudônimo de Reagan O’Neal. Esses livros têm como cenário a Guerra Civil Americana, nos arredores de Charleston, minha cidade natal. Usei o nome Jackson O’Reilly no faroeste Cheyenne Raiders.  Assino minhas críticas de teatro e dança como Chang Lung. E publiquei os romances das séries Conan, o Bárbaro e A Roda do Tempo como Robert Jordan.

TV: James, por favor, nos fale um pouco sobre você.

RJ: Nasci em 1948, em Charleston, na Carolina do Sul, onde vivo até hoje numa casa construída em 1797. Minha cidade natal é famosa por causa da Batalha do Fort Sumter, na baía de Charleston, durante a Guerra Civil Americana. Graças ao meu irmão, doze anos mais velho que eu, aprendi a amar os livros. Quando meus pais o deixavam de babá, ele lia para mim, mas não os livros de crianças e sim aqueles que o interessavam – Mark Twain, HG. Wells, Júlio Verne. Entre meus autores favoritos estão Louis Lamour, Charles Dickens, John W. McDonald, além do próprio Twain. Entre 1968 e 1970, servi ao Exército.

TV: Pelo que sei, suas duas passagens pelo Exército ocorreram durante a Guerra do Vietnã. Em que postos você lutou?

RJServi como fuzileiro em helicópteros. Depois me tornei sargento e treinei recrutas.

TV: E por que [escolheu escrever]fantasia? Por que não escrever sobre a Guerra do Vietnã?

RJ: Na minha opinião, o gênero fantasia nos permite criar novas culturas, fazer experimentações com elas e pôr em prática uma liberdade que seria impossível no mundo real. A fantasia permite uma descrição mais clara e brilhante do conflito entre o bem e o mal, nos permite discorrer mais livremente sobre o certo e o errado, e ninguém pode dizer que sua opinião não se encaixa no que é socialmente aceito. Acho que um dos pilares da fantasia é a crença de que qualquer obstáculo pode ser superado e que, se as coisas não deram certo hoje, com certeza vão melhorar amanhã. Além disso, no mundo de hoje, a fantasia preocupa-se com a apresentação de mitos, nos mostrando camadas mais profundas da alma humana e nos ensinando a acreditar em milagres. A popularidade do gênero deve-se em grande parte às aspirações humanas por justiça.

Agora, em relação aos livros de guerra, eu gostaria de contar sobre a Guerra do Vietnã, sobre meus companheiros, e espero que Deus me dê essa oportunidade. Decidi que, se escrever esse livro, vou lançá-lo sob meu nome verdadeiro: James Oliver Rigney Jr.

TV: O livro O Olho do Mundo foi publicado em 1990 e lhe rendeu fama internacional. Um ano depois veio a continuação, A Grande Caçada. Desde então, os leitores tem aguardado ansiosamente o lançamento de novos volumes dessa magnífica fantasia épica. Posso dizer sem exagero que todos os fãs da sua série são atormentados pela mesma dúvida: quantos livros A Roda do Tempo terá?

RJ: Para ser sincero, não sei. Quando comecei a trabalhar na série, quinze anos atrás, achei que seriam quatro ou cinco livros. Desde então, compreendi que não conseguiria contar tudo o que gostaria dentro desses limites.

TV: Vi em um site que a série A Roda do Tempo terá dez livros.

RJ: Bem, isso não é totalmente verdade. Acho que serão mais. Sabe, cada livro é dedicado a alguns eventos que ocorrem com Rand e outros heróis da série. O enredo tem sofrido mudanças em comparação ao planejado, de modo que, às vezes, é necessário sacrificar algumas coisas. Leitores atentos podem ter notado que Rand, depois de aparecer no início dos romances, só retorna ao primeiro plano ao final de cada livro. Acho que, para completar a história, preciso escrever três ou quatro volumes a mais. No verão de 2000, completei e mandei para editora americana o nono livro da série, intitulado Winter’s Heart, que será lançado em 7 de novembro. Vamos torcer para que ele ganhe logo uma tradução para o russo.

TV: Uma das perguntas mais frequentes é: como a série vai terminar? Aliás, será que o próprio autor sabe como será o final dessa incrível saga de fantasia?

RJ: Faz quinze anos que sei como a saga vai acabar – sei disso desde o momento em que comecei a escrever o primeiro livro, O Olho do Mundo. Mas não vou revelar nada, nem contar detalhes com antecedência.

 

(Fonte: http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2013/11/fa-resgata-entrevista-de-robert-jordan/ – BLOG DAS SÉRIES – 1º / NOVEMBRO / 2013)

 

 

 

 

 

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