Ralph Steinman, cientista canadense laureado com o Prêmio Nobel de Medicina

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Ralph Steinman, cientista canadense de 68 anos, que foi anunciado dia 3 de outubro de 2011 como um dos vencedores do Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho pioneiro sobre o sistema imunológico faleceu na última sexta-feira (30/09), vítima de um câncer de pâncreas.
“Steinman faleceu em 30 de setembro”, anunciou a Universidade Rockefeller, nos EUA, em um comunicado. “Ele foi diagnosticado com câncer de pâncreas há quatro anos, e a vida dele se prolongou graças à aplicação de uma imunoterapia à base de células dendríticas que ele mesmo criou”.
A universidade acrescentou que estava orgulhosa pela Fundação Nobel ter reconhecido o trabalho do pesquisador e disse que a notícia era boa e ruim. Os parentes de Steinman notificaram a morte do pesquisador dias antes, depois dele ter enfrentado uma longa batalha contra o câncer. “Nossos pensamentos estão com a mulher, os filhos e a família dele.”
Steinman dividiria o prêmio de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,8 milhões) com o norte-americano Bruce Beutler e o biólogo francês Jules Hoffman, que estudaram os primeiros estágios da reação imunológica a um ataque.
O nome de Steinman como um dos vencedores da maior premiação em ciência foi anunciada hoje pela Fundação Nobel. Como o reconhecimento é atribuído a pessoas vivas, ainda não se sabe como ficará a lista.
Beutler, 53, trabalha no Instituto de Pesquisas Scripps, de La Jolla, na Califórnia. Hoffman, 70, nascido em Luxemburgo, realizou grande parte do seu trabalho em Estrasburgo. Os dois dividiriam a metade do prêmio em dinheiro. A outra metade iria para Steinman.
Beutler e Hoffman descobriram na década de 1990 os receptores de proteínas que reconhecem bactérias e outros micro-organismos agressores, e que ativam a “imunidade inata”, a primeira linha de defesa do do sistema imunológico do organismo.
Steinman foi premiado por sua descoberta de duas décadas atrás sobre células dendríticas, que ajudam a regular a imunidade adaptativa, um estágio posterior da reação imunológica, em que os micro-organismos são eliminados do corpo.
Os trabalhos deles foram cruciais no desenvolvimento de novas vacinas contra doenças infecciosas, e de novas abordagens na luta contra o câncer — o que inclui as chamadas “vacinas terapêuticas”, que estimulam o sistema imunológico a destruir tumores.
O prêmio de Medicina ou Fisiologia costuma ser o primeiro Nobel anunciado a cada ano. O Nobel é entregue desde 1901 a personalidades de destaque nas áreas de ciências, literatura e paz, conforme estipulado no testamento do empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite.
O prêmio da categoria do ano passado foi dado ao britânico Robert Edwards por suas pesquisas sobre a fecundação in vitro, iniciadas nos anos 50, em parceria com Patrick Steptoe, morto em 1988. Ele desenvolveu a técnica em que óvulos são fertilizados fora do corpo humano e implantados no útero.
Edwards não compareu à entrega do prêmio por estar, à época, com problemas de saúde.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ciência – DA FRANCE PRESSE – 3/10/11)

Trio de pesquisadores do sistema imunológico vence Nobel de Medicina
Três cientistas que desvendaram segredos do sistema imunológico, abrindo caminho para novas vacinas e tratamentos contra o câncer, foram anunciados nesta segunda-feira como vencedores do Prêmio Nobel de Medicina –ou Fisiologia– de 2011.
O norte-americano Bruce Beutler e o biólogo francês Jules Hoffman, que estudaram os primeiros estágios da reação imunológica a um ataque, dividiriam o prêmio de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,8 milhões) com Ralph Steinman, canadense radicado nos EUA que descobriu as células dendríticas, cruciais para a compreensão dos estágios posteriores.
Mas, nesta mesma segunda-feira, a Universidade Rockefeller, onde Steinnam trabalhava, emitiu um comunicado sobre a morte do pesquisador, que ocorreu três dias antes dele ser anunciado como um dos vencedores do Nobel de Medicina.
A nota diz: “Steinman faleceu em 30 de setembro. Ele foi diagnosticado com câncer de pâncreas há quatro anos, e a vida dele se prolongou graças à aplicação de uma imunoterapia à base de células dendríticas que ele mesmo criou.”
A universidade acrescentou que estava orgulhosa pela Fundação Nobel ter reconhecido o trabalho do pesquisador e disse que a notícia era boa e ruim. Os parentes de Steinman notificaram a morte do pesquisador poucos dias antes, depois dele ter enfrentado uma longa batalha contra o câncer. “Nossos pensamentos estão com a mulher, os filhos e a família dele.”
O nome de Steinman como um dos vencedores da maior premiação em ciência foi anunciada hoje pela Fundação Nobel. Como o reconhecimento é atribuído a pessoas vivas, ainda não se sabe como ficará a lista.
RECONHECIMENTO
“Os laureados com o Nobel deste mês revolucionaram nossa compreensão do sistema imunológico, ao descobrir os princípios-chave da sua ativação”, disse em nota a comissão encarregada da premiação, ligada ao Instituto Karolinska, de Estocolmo.
Lars Klareskog, presidente da Fundação Nobel, disse à Reuters que as descobertas podem levar a novas vacinas contra micróbios. Segundo Klareskog, os estudos são muito necessários agora com o aumento da resistência contra antibióticos e podem levar ao desenvolvimento de uma técnica de combate ao câncer a partir do sistema imunológico.
Annika Scheynius, professora de pesquisas em alergias clínicas e integrante da comissão, acrescentou que as descobertas premiadas podem melhorar a saúde de pacientes com câncer, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e asma.
Beutler, 53, trabalha no Instituto de Pesquisas Scripps, de La Jolla, na Califórnia. Hoffman, 70, nascido em Luxemburgo, realizou grande parte do seu trabalho em Estrasburgo.
Beutler e Hoffman descobriram na década de 1990 os receptores de proteínas que reconhecem bactérias e outros micro-organismos agressores, e que ativam a “imunidade inata”, a primeira linha de defesa do do sistema imunológico do organismo.
Steinman foi premiado por sua descoberta de duas décadas atrás sobre células dendríticas, que ajudam a regular a imunidade adaptativa, um estágio posterior da reação imunológica, em que os micro-organismos são eliminados do corpo.
Os trabalhos deles foram cruciais no desenvolvimento de novas vacinas contra doenças infecciosas, e de novas abordagens na luta contra o câncer — o que inclui as chamadas “vacinas terapêuticas”, que estimulam o sistema imunológico a destruir tumores.
O prêmio de Medicina ou Fisiologia costuma ser o primeiro Nobel anunciado a cada ano. O Nobel é entregue desde 1901 a personalidades de destaque nas áreas de ciências, literatura e paz, conforme estipulado no testamento do empresário Alfred Nobel, inventor da dinamite.
O prêmio da categoria do ano passado foi dado ao britânico Robert Edwards por suas pesquisas sobre a fecundação in vitro, iniciadas nos anos 50, em parceria com Patrick Steptoe, morto em 1988. Ele desenvolveu a técnica em que óvulos são fertilizados fora do corpo humano e implantados no útero.
Edwards não compareu à entrega do prêmio por estar, à época, com problemas de saúde.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ciência – DA FRANCE PRESSE – 3/10/11)

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